À procura da
VERDADE nos livros Proféticos
ISAÍAS – 15/17
- “Todos vós que tendes sede, vinde buscar água.
Vinde
também vós que não tendes dinheiro: comprai e bebei sem
dinheiro e bebei
vinho e leite sem pagar. (…) Ouvi-Me com
atenção (…) Dai-Me ouvidos, vinde a Mim,
escutai-Me e
vivereis.” (Is 55,1-3)
- As palavras são… bonitas! O sonho de ter água,
vinho e leite,
ali, em dádiva, é gostoso! Faz lembrar o sonho de um
Paraíso de
delícias que sempre povoou as fantasias dos
humanos. Mas… onde a realidade? Que
palavras de vida eterna
tem Javé que nos serenem as nossas dúvidas, pois
certezas só
continuamos a ter as palpáveis, neste tempo e neste espaço, tão
exíguo um e tão fugaz o outro? “… e vivereis.” Viveremos onde?
Como? Na Terra
ou no Céu? No corpo ou no espírito? E…
que Terra? Que Céu? Com que rosto? Com o
nosso ou com o de
outrem, no eterno retorno do mesmo ao mesmo através das
diversas conexões de átomos e moléculas, gerando
eternamente seres animados ou
inanimados diferentes,
acabando-se a nossa individualidade ali com a morte? Sem
deixar rasto? Então, onde a VIDA que nos propões, Javé?
Onde? Tudo poesia! Tudo
emoção sem qualquer suporte na
realidade que somos…
- “Assim diz Javé: Observai o direito e praticai a
justiça,
porque a minha salvação está para chegar e a minha justiça
vai
manifestar-se. (…) Aos estrangeiros que aderiram a Javé
para Lhe prestar culto,
para amar a Javé e serem seus servos,
que observam o sábado sem o profanar e
ficam firmes na
minha aliança, Eu levá-los-ei para a minha montanha santa,
vou
fazê-los felizes (…)” (Is 56)
- Também aqui se comenta: “É o Terceiro Isaías,
profeta
anónimo que actuou em Jerusalém, nas primeiras e difíceis
décadas após
o fim do exílio (entre 537 e 520), enfrentando
o desânimo da esperança, devido
ao atraso da reconstrução, o
culto dos ídolos, a divisão entre irmãos (judeus)
e a presença
de estrangeiros. (…) O exílio mostrou que Javé não está ligado
exclusivamente a uma terra e a uma nação. (…) Essa abertura
ultrapassa as
restrições previstas pela Lei (Dt 23,2-9) e começa
a quebrar um nacionalismo
fechado.” (ibidem) E nós apenas
perguntamos: 1 - Como sabemos que este anónimo é…
“profeta” e… “inspirado”? 2 - O universalismo de Deus
levou tantos séculos de
Bíblia e de intervenção de Javé a
chegar? E não é um universalismo tíbio onde
impera
a Lei do sábado?
As grandes palavras de Javé parecem ser o DIREITO e
a
JUSTIÇA. Mas chegarão ao Céu e à eternidade quem praticar
o direito e a
justiça? Ou ficar-se-ão, como todo o mortal, por
esta vida, por esta Terra? E não tinham as civilizações vizinhas,
apesar dos seus deuses todos de pedra,
barro, madeira ou metal,
os seus códigos de honra, direito e justiça? Acaso
poderiam
viver em sociedade de outro modo? Onde a novidade de um
Javé? Bem
quiséramos que a novidade fosse o alcançar da
VIDA, a vida eterna. Mas essa
fica na penumbra dos sonhos e
da fantasia…
- “Aproximai-vos, vós, filhos de feiticeira,
descendência de
adúltera e de prostituta. De quem escarneceis vós (…)?
Porventura
não sois filhos ilegítimos, geração bastarda? Não sois vós que
buscais
a ardência do sexo ao pé dos carvalhos ou debaixo de
qualquer árvore frondosa?
Sacrificais crianças à beira dos rios e
nas fendas das rochas. (…) Colocaste a
tua cama numa colina
alta e elevada e subiste para lá para oferecer
sacrifícios. E ainda
achas que Me agradas com essas coisas?” (Is 57,3-7)
- Tanto quanto os ídolos, parece condenar-se aqui as
diabruras do
sexo, o adultério, a prostituição, os amantes… É! Talvez estes
reais vícios, revelando o seu lado mais “animal”, não dignifiquem
muito a raça
humana. Ontem como hoje! No entanto, o maior
pecado do Homem não é o da
luxúria, mas o da insensibilidade
perante a dor e o sofrimento do seu irmão. E
desse pecado está
o mundo cheio…, um mundo que, infelizmente – a História
antiga
e recente é disso um tremendo manifesto! – sempre foi governado
por
psicopatas que se impuseram pelo poder, pelo terror, pelo
dinheiro, não
procurando a fraternidade universal, dialogando, mas
privilegiando a guerra, o
saque, o abuso, a escravatura, o… sofrimento!
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