A realidade que somos e em que nos movemos
(Texto fundamental sobre a VERDADE DO HOMEM)
1 – Esqueçamos tudo o
que dizem as religiões acerca do Homem
para nos debruçarmos sobre o que ensina
a Ciência, pois só a Ciência
nos torna sábios e conhecedores da REALIDADE. As
religiões, com os
seus deuses antropomórficos, i. é, criados à imagem e
semelhança do
Homem (os seus céus, infernos, eternidades…), não merecem
qualquer
credibilidade, sendo as “verdades” que afirmam e apregoam, fruto apenas
da fantasia e da emoção, nada tendo de racional.
2 – A VERDADE é que, quando
nos olhamos e sentimos, facilmente nos
apercebemos de que:
2.1 – somos um ser vivo
composto por biliões de partículas de matéria e
de energia;
2.2 – aparecemos num
dado momento do Tempo, vindos do Nada, com a
certeza absoluta do
desaparecimento em um momento posterior,
regressando ao mesmo Nada;
2.3 – partilhamos o
nosso estar aqui e agora com biliões de outros
seres – os inanimados (dos átomos
às estrelas) transformando-se muito
lentamente, e os animados sujeitos ao mesmo
imperativo rápido, o mesmo
ciclo inexorável do nascimento, vida e morte;
2.4 – tudo o que nos
diz respeito se passa num pequeno astro – a
Terra – astro que pertence ao TODO
ONDE TUDO SE INTEGRA E SE
TRANSFORMA, incluindo o UNIVERSO;
2.5 – não conseguimos
percepcionar nem as distâncias, nem a
grandiosidade do Universo conhecido;
2.6 – ignoramos
completamente se o TODO EXISTENTE É OU NÃO
INFINITO E ETERNO, numa total
incapacidade de conceber o infinito
(sem contornos e limites) e o eterno (sem
princípio nem fim) – exactamente
porque pertencemos ao Tempo e ao Espaço,
perguntando-nos:
“Se tudo teve um princípio, o que houve antes desse princípio?
Se tudo
tem um fim, o que há para lá do fim?”. Sob um ponto de vista
matemático,
poderemos dizes que tudo se move dentro do infinito. É que, se
considerarmos
um ponto e fizermos passar por ele, uma linha recta
imaginária,essa linha
perde-se no infinito; aliás, não só uma, mas um
número infinito delas…
2.7 – Deus só tem
sentido se se considerar ser esse TODO ETERNO E
INFINITO ONDE TUDO SE INTEGRA, SE
MOVE E SE TRANSFORMA;
nós também, obviamente.
3 – A Ciência já pôs ao
nosso dispor:
A – a HISTÓRIA deste
Universo – o único conhecido; B – as DISTÂNCIAS
nele observáveis, desde as
infra-atómicas às inter-galácticas.
A – HISTÓRIA
C. 13,5 mil milhões de
anos – nasce, com o Big Bang, este Universo, o
único conhecido,
C. 5 mil milhões de
anos – nasce o sistema solar,
C. 4,5 mil milhões de
anos – nasce o Planeta Terra,
C. 3,5 mil milhões de
anos – aparece a VIDA na Terra,
C. 200 milhões de anos – aparecem os
dinossauros,
C. 65 milhões de anos – desaparecem os
dinossauros,
C. 5 milhões de anos – aparecem os hominídeos,
C. 50 mil anos – aparece o sapiens sapiens do qual somos nós os
descendentes.
C. 10 mil anos – aparecem
as religiões panteístas e politeístas
C. 3 mil anos – aparece
a religião monoteísta judaica, seguida da
cristã (c. 2 mil anos) e da muçulmana
(c. 1400 anos)
B – DISTÂNCIAS
1 - Imperceptíveis,
quando falamos de nano ou infra-atómicas – inimagináveis
2 - Detectáveis e
mensuráveis microscopicamente, quando entre átomos ou
moléculas – imagináveis
3 - Facilmente
mensuráveis, no domínio do material quotidiano, do insecto, ao
Homem, aos
objectos pequenos ou grandes que nos rodeiam – mensuráveis
4 - Mensuráveis mas
difíceis, quando não impossíveis de imaginar:
4.1 - Diâmetro da Terra
– c. 12.700 kms
4.2 - Diâmetro do Sol –
c. 1.400.000 Kms
4.3 - Diâmetro do
Sistema solar – c. 5.000.000.000 kms
4.4 - Diâmetro da
Galáxia Via Láctea – c. 100.000 anos-luz
4.5 - Diâmetro deste
Universo - desconhecido
4.6 - Distância à
estrela mais próxima (Próxima Centauri) – c. 4 anos-luz
4.7 - Distância da Via
Láctea à Galáxia mais próxima,
Andrómeda – c. 2 milhões anos-luz
4.8 - Distâncias
inter-galácticas (milhares de milhões de
galáxias!) – desconhecidas
4. 9 - Dimensões das
muitas nebulosas conhecidas e buracos
negros – desconhecidas
4.10 - Distância deste
Universo a outros Universos hipoteticamente
existentes – totalmente
desconhecidas
Esta a nossa realidade,
este o nosso mistério que, afinal, não é mistério
nenhum. Tudo está muito claro:
somos um SER INEXORAVELMENTE
A PRAZO, tendo vindo à vida na imparável voragem em
que se movem
matéria e energia, num aparente caos ou numa harmonia perfeita, sendo
fruto da contínua transformação em que tudo se move no TODO
INFINITO E ETERNO!
No próximo texto, debruçar-nos-emos sobre as conclusões que, em lógica racional, deveremos ter em conta, dada a realidade que nos assiste.
ResponderEliminar