À procura da
VERDADE nos livros Proféticos
ISAÍAS – 14/17
- “Desprezado e rejeitado pelos homens, homem do
sofrimento
e experimentado na dor (…) Todavia eram as nossas doenças que
ele
carregava, eram as nossas dores que ele levava às costas (…)
ele estava a ser
trespassado, por causa das nossas revoltas, esmagado
pelos nossos crimes. Caiu
sobre ele o castigo que nos dá a paz; e
pelas suas feridas é que fomos curados.
(…) Foi oprimido e
humilhado mas não abriu a boca; tal como o cordeiro, ele foi
levado
para o matadouro (...). Foi preso, julgado injustamente; e quem se
preocupou com a vida dele? Pois foi suprimido da terra dos vivos
e ferido de
morte por causa da revolta do meu povo (…) embora
nunca tivesse cometido
injustiça e nunca a mentira estivesse na sua
boca. No entanto, Javé queria
esmagá-lo com o sofrimento: se ele
entrega a sua vida em reparação pelos
pecados, então conhecerá os
seus descendentes, prolongará a sua existência e,
por meio dele, o
projecto de Javé triunfará.” (Is 53)
- O texto é fundamental para o Cristianismo. E
comenta-se: “É o
quarto Cântico do servo
de Javé (…) e, com ele, atingimos o cume da
obra de Isaías. (…) Ao narrar a
paixão de Jesus, os evangelistas
tiveram presente este cântico; muitos dos seus
pormenores parecem
cumpridos na vida e morte de Jesus.” (ibidem) Talvez ou…
certamente!
Aliás, Jesus parece ter sido fadado para cumprir estas velhas
Escrituras.
No entanto, ficamo-nos pelo “parece”, pelo “talvez”! O problema é o
mistério da Redenção querida por Javé e “imposta” ao seu servo.
Como poderemos
esquecer o grito de Cristo: “Pai, se é possível,
afasta de mim este cálice…”?
Ou então, aquele, na cruz, em
estertores de morte: “Meu Deus, meu Deus, porque
me abandonaste”?
Não era o mesmo Jesus? O Jesus dos milagres? O Jesus divino?
Ou
então, era homem umas vezes e Deus, ou Filho de Deus, outras?
Admite-se que
um Filho de Deus descido à Terra, tenha dois
comportamentos para nos confundir?
Finalmente: Que projecto de
Javé enfim triunfará?!… E onde? Na Terra, neste
minúsculo Planeta
que vagueia no espaço, ou no Céu de todos os espaços e da
inefável
eternidade? (Quando, no NT, falarmos de Jesus, havemos de
constatar
que a invenção da sua divindade redentora, a partir da
qual nasceu a religião
cristã, é totalmente desprovida de senso e,
mesmo, de humanidade: como admitir
que um Deus tenha um filho,
o envie à Terra e o faça sofrer uma morte e morte
de cruz para salvar
um ser vivo, por acaso racional, chamado Homem?...) A
apologia do
sofrimento – ao longo dos séculos apanágio da doutrina da Igreja –
é
de uma irracionalidade total!
- “Por um instante te abandonei, mas com imensa
compaixão, torno a
chamar-te. Num ímpeto de ira, por um momento escondi de ti o
meu
rosto; agora, com amor eterno, volto a compadecer-Me de ti, diz Javé,
teu
redentor.” (Is 54,7-8)
- Que Javé é este que claramente se diverte com este
jogo de ora
abandona ora torna a chamar, ora tem ímpetos de ira e esconde o
rosto
ora se compadece em amor eterno? Que eternidade? Que redenção?
Que
pecado? Que vida? As perguntas repetem-se em catadupa, sem
qualquer hipótese de
resposta… E um Deus sem respostas – como
são todos os deuses de todas as
religiões conhecidas, pois todos
inventados pelo Homem – obviamente, não é
Deus!
Perguntaram-me há tempos: "Afinal, para que viemos à vida?" Respondi, crua mas realisticamente: "Para nada!". Hoje, acrescentaria: "Viemos para no deliciarmos com o BELO que nos rodeia, do átomo às estrelas, ao Universo... Mas por um pequeno lapso de tempo, tempo que não podemos perder. Será uma perca para sempre! É que, agora, somos mas, muito em breve, seremos apenas poeira integrada nesse BELO que nos rodeia e nos delicia, e do qual fazemos parte, por toda a eternidade...".
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