Pelo Sul da Ásia...
Macau – Parte antiga: muita poluição,
pobreza manifesta nas coberturas das varandas, todas ferrugentas e vergadas
pelas intempéries. Parte nova: faustosa, superando por vezes Las Vegas, casinos
cheios: 100 milhões de dólares por dia, dos quais, 40 milhões para o governador
e seu governo. Ex-libris: ruínas da igreja de S. Paulo. Turistas às centenas
fotografando, fotografando-se.
Kuala Lumpur, capital Malásia – Ex-libris: as
Torres Petronas, centro de negócios do petróleo. Arranha-céus crescendo como
cogumelos. Uma poluição quase insuportável.
Malaca (Malásia) – Ruínas de uma igreja do tempo dos portugueses, dentro de uma fortificação destruída pelos holandeses que roubaram àqueles o controle do mar local. Poluição e muito calor.
Singapura (cidade-estado, sul Malásia) –
Parte antiga: alguns templos hindus, pequenas mesquitas, poucas igrejas, China
town. Menos limpa do que há anos atrás. Parte nova: arranha-céus, bancos (os
novos “templos” ao deus dinheiro!), hotéis, centro financeiro de lavagem de
dinheiro. Luxo por todo o lado. Pena de morte para traficantes de droga:
excelente! De lamentar que não haja a mesma pena para os traficantes de
dinheiro…
Super luxuoso hotel, o Bay Sands
Super luxuoso hotel, o Bay Sands
Bali (Indonésia) – Ilha de cultura
quase totalmente hindu, por oposição ao resto do país, colonizado culturalmente
pelos muçulmanos. Águas quentes permitindo luxuosos resorts que dão emprego a
milhares de ex-agricultores pobres.
À frente de cada habitação, mesmo a mais pobre, um requintado mini-templo. Imagens de divindades, às centenas. Ainda outros templos ocupando enormes áreas em zonas privilegiadas, na montanha ou à beira-mar. Culto doentio às imagens, aos pés das quais colocam diariamente oferendas, invocando a sua protecção para tudo: pode não haver dinheiro para comer, mas para os deuses nada pode faltar…
À frente de cada habitação, mesmo a mais pobre, um requintado mini-templo. Imagens de divindades, às centenas. Ainda outros templos ocupando enormes áreas em zonas privilegiadas, na montanha ou à beira-mar. Culto doentio às imagens, aos pés das quais colocam diariamente oferendas, invocando a sua protecção para tudo: pode não haver dinheiro para comer, mas para os deuses nada pode faltar…
Fumo e fogo - Desmatação, por queima sistemática,
nas ilhas de Sumatra e Bornéo (Indonésia). Razões de tal crime ambiental:
plantação de palmeiras para a produção de óleo de palma. Durava tal queima
havia vários meses. Impacto potenciando a poluição local: o fumo estendia-se
por toda a Malásia indo até Macau: só vimos o Sol e as estrelas, quando chegámos
a Bali. Uma vergonha para a humanidade, calada nos Media europeus e americanos.
CONCLUSÕES:
CONCLUSÕES:
1 – Observa-se,
naquelas paragens, um mundo totalmente em transformação, onde se acentua a
disparidade entre a grande riqueza e a grande pobreza. Para quando um
equilíbrio?
2 – A
religião continua a ser o apanágio dos pobres. Os ricos para que é que a
querem? Melhor: querem-na de vez em quando, em cerimónias oficiais, para
continuarem a explorar os primeiros…
3 - O
império dos negócios comanda o mundo, arruinando o habitat de todos nós, já não
falando nos animais e na flora que os alimenta.
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