À procura da VERDADE
nos LIVROS
SAPIENCIAIS e POÉTICOS
- Finalmente! Finalmente, eis-nos chegados - parece-nos! - a livros
onde
o dedo de Deus é… visível! “(…) Reflexões (...) sobre a
busca do caminho da
realização e da felicidade, (…) sentenças que
ajudam a encontrar uma saída nas
diversas situações encontradas pelo
Homem. (…) O sentido da vida humana, a
morte, a justiça, o mal, a
natureza da sabedoria, (…) o amor humano, (…) orações
que reflectem
as mais diversas situações da vida (…)” - refere-se na
Introdução. (ibidem)
- E ainda: “Estes livros apresentam a sabedoria e a espiritualidade
de
Israel. (…)” (ibidem) Nós perguntaríamos: São por isso de inspiração
divina? –
Obviamente, se são de Israel, não são de Deus…
- Eis os livros sapienciais e poéticos do AT: Job, Salmos, Cântico dos
Cânticos,
Provérbios, Eclesiastes, Sabedoria e Eclesiástico. Cada um
mais belo e mais
dramático do que o outro. Comecemos por Job.
Livro de JOB 1/6
- Diz-se na Introdução: “O povo de Israel concebia a relação com Deus
através do dogma da retribuição: Deus retribui o bem com o bem, o mal
com o
mal. Ao justo, Deus concede saúde, prosperidade e felicidade; ao
injusto,
castiga-o com desgraças e sofrimentos. (…) Contra isso, o autor
mostra que a
religião verdadeira é mistério de fé e graça (…).”, ibidem)
Mas, reconhecendo-se
tal facto, porque se continuam a considerar livros
sagrados, livros onde Deus
se apresenta como retributivo? E porque o
“outro lado” é a verdadeira religião?
Está a verdadeira religião no
sofrimento e na fé nesse sofrimento para alcançar
a salvação? Não
deveria, ao contrário, considerar-se deturpações de Deus ou da
religião,
como aliás faz Job ou o seu autor?
- Também se referem datas: “O livro provavelmente foi redigido na sua
maior parte, durante o exílio, no séc. VI a.C. Como Job, o povo de
Judá tinha
perdido tudo: família, propriedades e a própria liberdade. Ora
tudo isso era
garantido por uma concepção teológica vigente até esse
tempo. E aqui entra a
pergunta crucial feita por Satã: É possível ter uma
relação gratuita com Deus,
despojada de qualquer interesse? Podemos
dizer que todo o livro é uma busca
para responder a esta questão.” (ibidem)
- O exílio era propício a estas meditações. E nós sentimo-nos um pouco
na
pele de Satã, ao questionarmos também toda esta Bíblia e estas
“certezas-incertezas” teológicas que se apregoa de ter mas que não
descortinamos. Por isso… vamos à descoberta! Lendo apenas comentários
exegéticos, o apetite de devorar a história é imenso. Job aparece com
uma força
questionadora de Deus que espanta. Que VERDADE nos
será revelada?
- “Era uma vez um homem chamado Job (…)” (Job 1,1)
Bonito começo para linda história. Quase novela: da grande felicidade ao
grande sofrimento e, de
novo, a uma ainda maior felicidade!
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