À pergunta existencial: “Afinal, o que faço eu aqui?”, pode facilmente responder-se: “Vivo para me divertir.”
A VIDA – essa força misteriosa da Natureza que explodiu, neste planeta TERRA, há cerca de 3.5 mil milhões de anos e que, de evolução em evolução, “viu” aparecer muitas espécies e desaparecer muitas outras, chegando ao estado actual em que uma espécie evoluiu de tal modo que desenvolveu um cérebro capaz de raciocínios abstractos, espécie a que se deu o nome de Homem e que partilha o Planeta com milhares de milhões de outras, animais, plantas, fungos, bactérias, vírus – a VIDA deverá encher de alegria os incontáveis universos (que não só o “nosso”), espalhados pelo ESPAÇO infinito onde toda a realidade se desenrola.
Aliás, o ESPAÇO infinito vai ser por muitos milhares de anos, o MISTÉRIO DOS MISTÉRIOS para a Ciência,
dadas as limitações profundas das capacidades intelectuais dos humanos. É que
ficamos “aterrorizados” ao constatarmos as colossais distâncias em que os
astros – planetas, estrelas, cometas, galáxias, nebulosas, enfim, todos os
astros – se movimentam e se atraem e se repelem, movidos por uma não menos misteriosa Força Gravítica, apesar dessas colossais
distâncias. E num ESPAÇO que tudo leva a crer que seja infinito, logo eterno!
Tal como DEUS, ou o próprio DEUS!
O
HOMEM! Nós!
Tivemos
a sorte de termos vindo à VIDA. Aparecemos no Tempo – categoria metafísica
existente apenas para quem ou o que alguma vez começa – com a única certeza
absoluta de que vamos desaparecer no Tempo, após um certo tempo: com sorte, uma
centena de anos!
E
voltamos à pergunta-chave da nossa existência: “Para quê, se aparecemos e,
inexoravelmente, desaparecemos e… para sempre? E sem deixar rasto ou se
deixarmos será sempre por um brevíssimo espaço de tempo, dado o Tempo
Universal”?
Olhando
à nossa volta – mesmo para dentro de nós, ser complexo que somos no corpo e na
alma – vemos que há muitos humanos que, por factores vários, uns de ordem
pessoal e hormonal ou intelectual, outros por má sorte, levam vidas
desgraçadas, com sofrimentos inauditos, limitações que lhes tornam amarga a
mesma vida, desejando muitas vezes não ter nascido.
No
entanto, a maior parte é feliz, no corpo e na alma, e tenta ou luta diariamente
por manter essa “felicidade”. Mas a felicidade consigo próprio, no ambiente
familiar, no social de amigos e colegas de emprego, com ou não projecção
mundial, não é fácil e depende da capacidade de cada um de se adaptar a si
próprio, ao meio que o rodeia e ainda às circunstâncias que se lhe deparam no
dia-a-dia.
Uma
“regra” que vem no ADN: fugir ao sofrimento, fugir à morte, ao mesmo tempo que
se procura o prazer!
Então,
qual será a resposta à pergunta “Para quê?”. Não há dúvida que o melhor da vida
é o divertimento/prazer, divertimento físico e intelectual. Divertimento, no sentir-se
bem consigo, sentir-se bem em ambiente familiar, depois no ambiente social e
laboral e em todas as actividades, mais ou menos difíceis e desafiantes, mas
que, aproveitadas com inteligência, não geram angústia nem stress, mas o tal
prazer, prazer que até se pode encontrar nessa angústia perante o desconhecido ou
nesse stress, perante a competitividade desenfreada, tal é a saga das sociedades
em que vivemos.
Aqui,
constatamos que há muitos que, por falta de inteligência ou vítimas de um
ADN desfavorável quanto à assertividade com que reagem a pessoas e circunstâncias, são infelizes e sofredores e fazem sofrer os outros tornando-lhes a vida negra e
sufocante, chegando ao suicídio e ao assassínio, como acontece nas guerras
entre vizinhos ou na violência doméstica levada ao extremo.
Mas
é assim que temos o Mundo e o Homem dentro dele. Sempre evoluindo, porque na
Natureza e no Universo, tudo está em contínuo movimento, nada se perdendo mas
tudo se transformando, indo do mesmo ao mesmo através do DIVERSO. Nós, agora,
somos o Diverso de qualquer coisa que já foi e que se seguirá a nós…
Realidade
trágica ou… fantástica, porque tivemos a sorte de ter vindo à VIDA e conhecer esta realidade? – Eu
prefiro o FANTÁSTICO!
E
não me preocupo nada com a monótona e implacável sincronia do Tempo,
envelhecendo-me a cada momento que passa, por nada poder fazer contra ela.
Quando
chegar a minha hora de partir, espero poder dizer: valeu a pena ter vindo à VIDA!
Ou,
mais contundente: EU VALI A PENA!
Aproveitei ao máximo o tempo que me foi dado, divertindo-me e divertindo.
E… com um grande
grito de “VIVA A VIDA!”, outro ainda maior: “DIVIRTA E DIVIRTA-SE, CARAMBA”!
Sem comentários:
Enviar um comentário