quarta-feira, 3 de abril de 2024

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 400/?

 À procura da Verdade nas Cartas de Paulo

 Primeira Carta aos Coríntios - 8

 – “Cristo morreu pelos nossos pecados… foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras… e apareceu a Pedro, aos doze, a mais de quinhentos irmãos, a Tiago, aos apóstolos e também a mim… Aqui está o que nós pregamos…” (15,3-11)

– Analisemos:

Primeiro, Cristo morreu mas não para redimir qualquer pecado. Isto é pura invenção. Aliás, que pecados? O dito pecado original, não, porque simplesmente não existiu já que os seus supostos autores, Adão e Eva, também não existiram. Depois, ter ressuscitado e ter aparecido a muitos dos seus, também não pode ter sido verdade. Apenas suposições incongruentes. Já explicámos lá mais atrás, aquando da análise dos evangelhos, que a ressurreição é impossível ao ser humano e que, no caso de Jesus, as várias narrativas não são coincidentes e, em alguns trechos, contraditórias. E, já o dissemos, se Cristo pretendia que acreditassem nele e na sua ressurreição, não aparecia aos seus ou não aparecia só aos seus mas também aos seus algozes e aos que o condenaram e a todo o povo. Era o mínimo que se exigia de uma pessoa inteligente para atingir os seus objectivos. Então porque não o fez?

Depois, aquele “conforme as Escrituras” também não colhe já que as Escrituras não têm qualquer valor em termos de credibilidade histórica, como já provámos por variadíssimas vezes. Nem muito menos são de inspiração divina: Deus teria ficado muito mal ao inspirar tanta narrativa de guerra, tanta história infantil que nada tem a ver com a realidade que a Ciência vai descortinando, enfim, tanta ignorância…

A Paulo, acreditando no que vai dizendo, aceita-se que diga: “Aqui está o que nós pregamos.” Mas o que é falso não se torna verdadeiro por se acreditar nele, seja qual for o crente, Paulo ou o Papa ou o próprio Jesus a quem chamaram de Cristo. Por isso, nós dizemos que o que ele prega é falso e sem conteúdo que corresponda à Verdade.

Eis a VERDADE: 1 – Jesus não foi concebido por obra e graça do Divino Espírito Santo no seio de Maria Virgem; 2 – Não era filho de Deus; 3 – Não morreu para redimir o Homem do pecado; 4 – Não ressuscitou e não subiu aos Céus, céus que não existem...

Enfim, Jesus pregou um Céu inventado, com um Deus-Pai inventado, uma vida eterna impossível a qualquer ser vivo que aparece no Tempo e ao Tempo pertence, corpo e alma, seja animal seja planta, alimentando-se da Terra onde nasce e onde morre… Esta a VERDADE de qualquer ser vivo!

O que os inventores do Cristianismo quiseram fazer foi simplesmente “dar voz” aos anseios de eternidade que calam fundo no coração do Homem, embora sabendo racionalmente que um ser que começa no Tempo, tem forçosamente de acabar no Tempo e… para sempre! Realmente, o Homem não é mais do que um bocado de matéria energizada, que, sendo NADA, começou em duas moléculas – uma masculina e outra feminina – formou-se num ser, desenvolveu-se, viveu, morreu, voltando ao NADA donde veio, num fantástico processo em que nada se perdeu, mas tudo se foi transformando, indo do mesmo ao mesmo através do diverso, ficando átomos e moléculas que o compuseram disponíveis para novas “aventuras”. 

Fantástico e… REAL!

1 comentário:

  1. Chegámos ao texto 400! Sempre lutando pela VERDADE da Vida e a Verdade da Vida humana. Vamos até ao fim e, depois, certamente, regressaremos. Se nos perguntarem para que serve tanto trabalho, diríamos: "Porque amamos a Verdade." O que é certo é que, incongruentemente, também nós gostaríamos de ser eternos e de ir para um Céu lindo como o descrito às crianças no catecismo...

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