À procura da
Verdade nas Cartas de Paulo
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“Se nós pregamos que Cisto ressuscitou dos mortos, como é que alguns entre vós
dizem que não há ressurreição dos mortos?” (15,12)
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Não se percebe, como é óbvio, a admiração de Paulo. Então, ele acha que é por
pregar a ressurreição de Cristo que essa ressurreição aconteceu mesmo e que daí
todos os mortos ressuscitam? Não vê que é um sofisma sem qualquer possibilidade
de aceitação? E, agora, vêm as célebres frases (frases que contêm em si a prova
daquela impossibilidade):
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“Se não há ressurreição dos mortos, então Cristo também não ressuscitou e se
Cristo não ressuscitou a nossa pregação é vazia e também vazia é a fé que
tendes. Se os mortos não ressuscitam então somos testemunhas falsas de Deus…”
(15,13-15)
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E continua, repetindo-se e argumentando na mesma linha, o que não leva a
conclusão alguma provada, mas apenas à confirmação de que, pelo facto de ele
acreditar e pregar a ressurreição de Cristo, em nada prova a sua verdade ou
credibilidade.
E
aqui concluímos com Paulo que é bem verdade que se Cristo não ressuscitou, é vã
a sua pregação e é vã a fé dos fiéis porque pregam uns outros acreditam em
supostos factos ou factos falsos. E como Cristo não ressuscitou, nenhum morto
ressuscitará. Nem ressuscitou desde que o Homem apareceu à face da Terra, há
apenas uns 4 milhões de anos, encimando actualmente a linha dos primatas, não
se sabendo até quando, tudo dependendo da evolução da vida na Terra, Terra que
ainda terá mais uns 4,5 mil milhões de anos de vida… Mas Paulo ainda tenta mais
uma explicação:
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“O corpo é semeado (compara com a semente que se deita à terra: “Aquilo que
semeias não volta à vida a não ser que morra.”) corruptível, mas ressuscita
incorruptível…, glorioso…, cheio de força…, espiritual.” (15,36-44)
Depois,
continua, às vezes delirando:
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“Nem todos morremos, mas todos seremos transformados, num instante, ao som da
trombeta final. A trombeta tocará e os mortos ressuscitarão incorruptíveis. De
facto é necessário que este ser corruptível seja revestido de
incorruptibilidade…” (15,51-53)
Comentaremos
no próximo texto de análise crítica.
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