À procura da
Verdade nas Cartas de Paulo
As
línguas cessarão, a ciência também desaparecerá.
Pois
o nosso conhecimento é limitado
Limitada
é também a nossa profecia.
Mas
quando vier a perfeição, desaparecerá o que é limitado.” (13, 8-10)
–
Paulo torna-se confuso, pois a que profecias se referia, se não há profetas nem
profecias mas apenas suposições a partir de factos ou de experiências? Depois,
a ciência não desaparece por o conhecimento ser limitado; pelo contrário:
investiga e esforça-se por encontrar a Verdade. Mais: a perfeição nunca se
alcançará, pois o Homem é, por sua própria natureza, um ser imperfeito porque
limitadíssimo, no corpo e na alma, face ao Tempo, ao Universo, ao Espaço
Infinito... Este excerto que ainda pertence ao poema sobre o Amor, Paulo perdeu a inspiração e a... lógica.
–
“Quando eu era criança, pensava como criança, falava como criança, raciocinava
como criança. Agora que me tornei adulto, deixei o que era próprio de criança.”
(13, 11-12)
–
Óbvio! Também uma frase sem qualquer interesse.
–
“Agora vemos como em espelho e de maneira confusa; mas depois, veremos face a
face.
Agora,
o meu conhecimento é limitado, mas, depois, conhecerei como sou conhecido.
Agora,
portanto, permanecem estas três coisas: a fé, a esperança, e o amor.
A
maior delas, porém é o AMOR!” (13, 12-13)
–
Mais uma fantasia de Paulo. Primeiro, o meu conhecimento será sempre limitado. Depois, veremos face a face o quê? E o que é isso de “ver como
sou conhecido”? Que o AMOR seja maior que a fé e a esperança não temos dúvidas.
De
qualquer modo, parabéns a Paulo por este belo poema!
–
“Eu desejo que todos vós faleis línguas, mas prefiro que profetizeis.” (14,5)
“Que
as mulheres fiquem caladas nas assembleias… Devem ficar submissas… Se desejam
instruir-se, perguntem aos maridos em casa…” (14,34-36)
–
Não se percebe bem o que é para Paulo profetizar e mesmo falar línguas. Dá
impressão de querer valorizar algumas capacidades dos que se iam juntando ao
rol dos cristãos. Mas passemos à frente e ao facto de querer que as mulheres
estejam caladas nas assembleias e que perguntem aos homens o que não
perceberam. Há pouco, era o véu obrigatório, agora é o não poderem falar e
questionar. Enfim, era a mentalidade da época e da cultura judaica e este
“rebaixar” a mulher e sujeitá-la ao homem irá manter-se até aos nossos dias, na
maior parte das culturas, com o exagero aberrante do uso da burca na cultura
muçulmana.
Aproxima-se a Páscoa, festa maior da Cristandade. "Se Ele não ressuscitou é vã a nossa fé." dirá Paulo, em breve, nesta sua carta aos Coríntios. Como já dissertámos muitas vezes, por esta época, sobre a impossibilidade da ressurreição humana, iremos repetir um desses textos, na próxima semana. Mas... vivam as festas pascais! Festas são festas e são uma das coisas boas que nos acontecem na Vida...
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