À procura da Verdade nas Cartas de Paulo
– Ora mais uma vez temos
Paulo a referir as Escrituras, com Deus a falar com o profeta Elias. Teremos
que repetir que nem as Escrituras têm qualquer valor do ponto de vista
histórico, nem Deus andava por ali a falar com este e mais aquele, renovando a
noção de que Deus seria uma espécie de humanóide superior? Mais: não houve
profetas nenhuns. Tudo o que afirmaram de acontecido foi elaborado após os
factos terem ocorrido, ou era facilmente dedutível perante as circunstâncias…
Tal como hoje: há por aí muitos profetas, profetas que, de vez em quando até
acertam. Sobretudo os chamados profetas da desgraça…
– “Como é profunda a riqueza,
a sabedoria e a ciência de Deus! Como são insondáveis as suas decisões, e como
são impenetráveis os seus caminhos! (…)” (11,33)
– Voltamos a um Deus
humanizado. Muitas vezes um “humano superior” simpático, outras nem tanto,
abusando da sua especificidade divina, mostrando o seu poder autocrático. Mas,
como é Deus e os seus caminhos são impenetráveis…, valha-nos a Fé!
– “Se o teu inimigo tiver
fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber. Desse modo, farás o
outro corar de vergonha. Não te deixes vencer pelo mal mas vence o mal com o
bem.” (12,20)
– Bons conselhos, não há dúvida.
Mas digamos que não é nada fácil perdoar a um inimigo ou a alguém que nos fez
mal. A vontade é de lhe desejar que arda nas profundezas dos infernos… (Embora
o Inferno não exista!) Aliás, já Jesus dissera que fazer bem aos amigos não tem
qualquer mérito.
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