À procura da VERDADE nos Evangelhos
Evangelho segundo
S. LUCAS – 11/?
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Continuamos é sem saber como estar preparados e o que será essa vinda do Filho
do Homem e se realmente esse Filho do Homem é simplesmente a morte e todo o
Além que nos espera, essa tal eternidade dependente desta mísera e tão efémera
vida terrena… ou se é o Jesus Cristo que vem tornar realidade as suas palavras
que Pedro disse serem “de vida eterna”. (Jo 6,68) É que Cristo continua
parabolizando acerca do Céu e do Além, sem abrir a porta bem guardada, não
sabemos com que intenção, do como, do quando e do onde tal nos acontecerá…
É
angustiosamente revoltante, não é?! Mais gritante ainda é que nos ameaça com o temor,
o que nos martiriza a vida que se deve viver, usufruindo de todos os gostinhos
que ela tem. E são tantos, felizmente!... Ora, porque é que não desvenda o
mistério do Além? - Simplesmente porque também ele, tal como nós, nada sabia acerca dele, embora pareça saber, ao falar daquele modo… Aliás, ao longo dos evangelhos, limitar-se-á a falar da vida eterna - eternidade incrível mas realmente desejada pelo Homem! - nunca apresentando qualquer prova de que ela existisse. Tal como fizeram até hoje todos os seus seguidores, dizendo ser do âmbito da Fé, o que, para nós, nºao tem qualquer validade.
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E novamente, a propósito de mortos que houve no ruir de uma torre: “Vós
morrereis do mesmo modo se não vos arrependerdes.” (Lc 13,5)
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É! Nunca compreenderemos como é que um não-arrependimento na Terra, numa vida
no tempo, acarreta - melhor, acarretaria - uma morte eterna… no inferno! Nunca!…
Para
um espírito crítico e inquisidor, não há hipótese de considerar Jesus como assertivo,
em todas as afirmações acima proferidas. E é inadmissível que pensasse que todos
os humanos aceitariam sem questionar tais afirmações. Se tal lhe passou pela
cabeça, estava completamente enganado!...
Enfim,
mais uma “acha” para a fogueira da descrença num Jesus dito filho de Deus e
descrença na sua mensagem de vida eterna no Céu para os “bons” cá na Terra,
nesta vida efémera. Salva-se – mas apenas para a Terra – a sua mensagem de amor
ao próximo e da fraternidade universal, baseada embora no facto de todos sermos
filhos do mesmo Pai que está nos Céus. Uns Céus inexistentes… Dizer “Pai do
Céu” é não só confuso como induz em erro. Pois, se é Pai, é Criador,
remetendo-nos para o conceito bíblico da criação. Mas perde-se o SER INFINITO e
ETERNO, a SUMA INTELIGÊNCIA, o ser TODO-PODEROSO e todos os demais problemas
que a Ciência nos coloca, ao desvendar-nos o Universo com os seus mistérios de
início e fim e ESPAÇO onde terá aparecido, há cerca de 15 mil milhões de anos,
ESPAÇO que tudo aponta para que seja infinito, confundindo-se com o próprio
DEUS! Fantástico e… arrebatador da nossa inteligência, da nossa consciência!
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