À procura da VERDADE nos Evangelhos
Evangelho segundo
S. LUCAS – 13/?
–
Jesus é espectacular, não há dúvida! Quem se lembraria de convidar tal gente? É
a felicidade do dar sem pensar em receber, ou recebendo apenas, em troca,
sorrisos, “obrigados!”, felicidades estampadas em duros rostos marcados pela má
sorte da vida…
Mas…
convidar rotos e maltrapilhos, drogados e pedintes, cegos e sem-abrigo… para a
minha mesa, na minha própria casa, não é, no mínimo, perigoso? E se eles me
cobiçam copos, facas e toalhas? E se além da festa, do bom comer e do bom
beber, querem… o meu dinheiro e - quem sabe? - a minha vida? E se espalham em
minha casa, hepatites, bebendo nos meus copos, ou sida ameaçando-me com
seringas infectadas, ou qualquer outro vírus? Melhor mesmo é dar-lhes comida no
seu canto ou… o sempre desejado dinheiro para alimentar confessáveis vícios…
Bem,
não há dúvida de que, com todos estes receios, deitamos a perder toda a beleza
da mensagem desta narrativa. É caso para perguntar com Ele: “Se acaso
convidares só quem te pode recompensar, que merecimento terás?” (Mt 5,46)
–
E… voltamos à ressurreição! Dos justos ou… de qualquer Homem, pois se um
ressuscita, todos ressuscitarão ou para o Céu ou para o inferno, não é?
E
as palavras de Jesus continuam sem hesitações, como que inquestionáveis, como
que sendo a ressurreição dado adquirido, compreendido e aceite por qualquer ser
animado de razão…, causando-nos até surpresa como é que nós ainda duvidamos,
ainda não nos deixámos levar por esta onda de Fé que deveria, pela força da
palavra de Jesus, tornar-se em certeza racional absoluta…
Enfim,
limitações do racionalismo ou…, ou simplesmente porque o conceito de
ressurreição é linda música para os nossos ouvidos, não passando, no entanto,
de pura fantasia de quem prega tal conceito!
O
Céu de Jesus, a ressurreição pregada como dado adquirido, o Deus recompensador dos
justos e, obviamente, o Inferno para os maus, nesta vida, continuam a não nos merecer
qualquer credibilidade, pois nunca apoiados em qualquer fundamento
racionalmente aceite. E a Fé não basta ao Homem! Nem muito menos à… VERDADE!
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