À procura da VERDADE nos Evangelhos
Evangelho segundo S. LUCAS – 6/?
– Eis um milagre apenas
narrado por Lucas: “O morto era o filho único de uma viúva. Grande multidão ia
com ela no funeral. Ao vê-la, Jesus teve compaixão dela e disse-lhe: «Não
chores!» Depois, aproximou-Se, tocou no caixão e os que o transportavam,
pararam. Então, Jesus disse: «Jovem, eu te ordeno, levanta-te!» O morto
sentou-se e começou a falar. (…) A notícia do facto espalhou-se pela Judeia e
por toda a redondeza.” (Lc 7,12-17)
– É um estrondoso milagre que
nos leva a perguntar por que razão os outros evangelistas não o referem. Não
será maior milagre ressuscitar um morto do que curar um doente? – Talvez não!
Quando se trata do divino, o poder está acima da matéria seja para lhe devolver
a vida seja para inverter o seu curso numa qualquer doença…
Aqui, a grande questão
permanece: “Porque é que vendo tamanho milagre, perante tantas testemunhas, não
se tornaram todas essas testemunhas em apóstolos de Cristo, pregando a toda a
humanidade a Boa Nova? Pois, imaginemos que tal facto se passava hoje, não numa
aldeia desconhecida do mundo mas numa grande cidade, num funeral de herói ou de
santo, onde houvesse total cobertura televisiva… Quem não acreditaria em quem
tal milagre fizesse? Quem, vendo com os próprios olhos o morto que estava ali,
de novo vivo e, falando com ele, não se renderia à evidência do sobrenatural,
do Além, da mensagem que tal mensageiro pregasse? Então, porque espera Deus
para vir cá de novo e proceder de tal modo, já que a vinda de Jesus, há 2000
anos, ainda não deu os frutos esperados?” - desculpem-nos esta pergunta já
várias vezes repetida. É que não só não deu frutos como parece ter sido “muito
trabalho” para tão pouco proveito, apresentando-se, aos olhos de um crítico,
como projecto inconcebível num humano quanto mais em Deus…
E lá se vão perdendo, nos
milhões que morrem dia a dia, tantos possíveis eleitos que, sem acreditarem,
não vão parar ao Céu mas sabe-se lá aonde!… É: se o Deus de Jesus Cristo realmente
existe, terá forçosamente de no-Lo enviar de novo e agora e já, na era das
novas tecnologias, para que nenhuma das suas “ovelhas”, que somos todos nós, se
perca. De outro modo, toda a sua suposta manifestação aos Homens através do seu
suposto Filho, há dois mil anos, deixa de ter qualquer credibilidade.
Assim como deixam de ter
qualquer credibilidade todos os supostos milagres narrados nos evangelhos. O de
hoje, também. Aqui, foi Lucas a dar asas à sua imaginação de escriba, lançando
mais uma acha na fogueira da Fé e conquistar mais crentes para a religião que
se estava implementando.
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