Tema: “O Homem e Deus, numa
perspectiva ontológica”
Pela
história das religiões, sabemos que o Homem – desde que temos História – sempre reverenciou seres superiores, transcendentes ou não, para colmatar as
suas inúmeras fragilidades e ignorâncias. E, assim, passou dos politeísmos –
tantos deuses, santo Deus! – aos monoteísmos, continuando, mesmo aqui, com toda
a espécie de crendices, de superstições, de feitiços, de medos do chamado
DIVINO, estádio em que a humanidade actualmente se encontra. As manifestações
desta crença no Divino estão patentes por toda a parte, em todos os povos e
culturas. Do Ocidente ao Oriente, de Norte a Sul do Planeta. Em práticas
religiosas, em obras de todo o tipo de arte, em costumes, festas, tradições e…
superstições.
Então,
talvez pudéssemos deixar o Homem “em paz”, com as suas capacidades limitadas
para se entender a si e à realidade que o rodeia, desde os átomos de que é
feito até ao Universo onde se insere como ínfima partícula de matéria
energizada e pensadora, habitando um minúsculo ponto azul perdido no
imensíssimo espaço sideral…, para nos debruçarmos sobre a realidade-Deus.
Ora, quando
se diz “Deus”, logo nos vem à mente a ideia de um Ser superior, transcendente,
divino, celestial, fora da Terra e do Universo, o Criador de tudo o existente,
uma Mente suprema, Inteligência das inteligências, Infinito e Eterno, Puro espírito…
A toda esta
panóplia de conceitos, tentaram as religiões dar “arranjos” mais ou menos
engenhosos conforme os seus autores/inventores/criadores, com a recorrente
ideia de humanizar Deus, fazendo d'Ele, diríamos, um hominídeo superior...
Só para
referir os monoteístas, Javé era/é para os judeus o seu Deus exclusivo,
auto-intitulando-se “povo eleito”; para os cristãos, o Deus-Pai de Jesus Cristo
era/é o Deus do amor e da compaixão pelos Homens; para os muçulmanos, Alá era/é
o Deus clemente e misericordioso. Mas todos sabemos que estes deuses têm as
suas enormes falhas, segundo os seus inventores: Javé é ciumento e vingativo;
Deus-Pai é amor mas inspirou umas Escrituras, segundo as quais, o seu muito
amado Filho viria à Terra salvar/redimir o Homem dos seus pecados, morrendo
numa cruz, condenando ao Inferno os que não se convertessem ou acreditassem
n’Ele; Alá faz pior: manda matar, logo na Terra, todos os que não acreditarem
n’Ele nem acreditarem que Maomé é o seu profeta… Uma tristeza de deuses que,
desde a sua invenção/criação, só têm provocado desgraças aos Homens! Salvo
raras e honrosas excepções, não devidas a eles, deuses, nem aos que vivem à sua
sombra, pregando falsidades: clérigos, imans, rabinos, papas…, mas à bondade
existente em muitos corações humanos…
(Estes são
deuses inventados/criados ali no Médio Oriente. Os deuses/feitiços de outras
culturas e povos e latitudes, do hinduísmo ao budismo – que é mais uma
filosofia que uma religião – ao taoismo,
etc. não fizeram/fazem melhor…)
Deus tem de ser concebido como fora e dentro do sistema, fora e dentro da realidade percepcionada e não percepcionada, sendo Ele próprio essa realidade.Assim, poderíamos defini-Lo como:
Esta
concepção de Deus é facilmente aceite por todos os seres inteligentes que
reconhecem desconhecer quase tudo o que os rodeia, apesar dos avanços em
conhecimento que a Ciência tem proporcionado aos Homens. Leva também a mente
humana a sair de si e do imediato – tempo/espaço – para se “perder” no
infinito, no desconhecido, aceitando a sua finitude como própria de alguém que
pertence ao Tempo, tendo um início que a leva forçosamente a ter um fim, de modo algum podendo ser como uma semi-recta que começa num ponto e se prolonga pelo infinito. .
Cientificamente,
sabemos que, mesmo a alguns anos-luz de distância da Terra, já sem o incómodo
da luz solar, não veríamos senão estrelas da galáxia Via Láctea, pois o seu
diâmetro é de 100 mil anos-luz. E sabemos também que há milhares de milhões de
galáxias… Ah, como é imenso este Universo observável! E como sabemos tão pouco
acerca dele e das suas reais dimensões! E como nada sabemos do seu antes nem do
seu depois! E como nada sabemos se há infinitos universos, se há pluriversos,
se a matéria/energia é infinita e eterna, tudo se transformando ou mudando de
forma, nada se perdendo, tudo existindo desde sempre e para sempre, não
existindo nem um antes nem um depois para o Universo! Fantástico não é?
E, rodeados
de estrelas, sentimos DEUS na sua dimensão infinita, esse TODO ONDE TUDO SE
INTEGRA, MATÉRIA E ENERGIA SEMPRE EM MOVIMENTO, num determinismo eterno que é,
aliás, o que constatamos em nós próprios e na realidade que nos circunda…
Haverá algo em nós ou em qualquer ser existente, átomo ou estrela, que não
esteja em contínuo movimento?
1 – Das emoções que as religiões provocam nos crentes e como satisfazem as suas necessidades psicológicas, falaremos em próximo texto.
ResponderEliminar2 – Quando todos os humanos tiverem suficiente cultura para terem espírito crítico, as religiões, como as que temos actualmente, simplesmente deixarão de existir pois toda a sua inverdade será desmascarada.
1- A Ciência do século XXI aponta inequivocamente para a existência de uma mente criadora.
ResponderEliminar2- Esta Mente omnipotente Criadora do Universo, observa necessariamente o que se passa na Terra com a Vida inteligente.
3- A mesma ciência do Século XXI, diz que provavelmente no Universo " O minúsculo ponto azul" será o único onde há vida e vida inteligente.
4- Isto não é conhecido pelas massas, porque este conhecimento está em inglês, e não é divulgado pelo academia e media que ainda vivem na ilusão materialista que dura há cento e tal anos.
Vem aí o códiigo Celestial o LIvro ou Bíblia do Século XXI, para fazer luz sobre esta matéria e tentar erradicar de vez a ignorância onde o Sapiens está atolado.
Obrigado pele resposta. Mas a ciencia usa o metodo empirico: so o que è provavel è seu objecto. Nao supoe, prova. Assim, contesto, por falta de provas, o que se diz em Nome da ciencia.
ResponderEliminarSó hoje vi a sua resposta meu caro. Aqui vai a resposta à sua contestação. A Gravidade existe mas não se vê nem se pode apalpar. Sabe-se que ela existe por observação e verificação indirecta do comportamento da Matéria (massa). Do mesmo modo, observando cientificamente a realidade, através da lógica e razão, infere-se inequivocamente que existe um criador. Basta considerar (provado cientificamente) que o Universo foi afinado (leis e constantes) para que a Vida (ADN) possa existir. Ambos são INFORMAÇÃO, o Universo e a Vida. Não existe Informação, que não seja produto de uma Mente ( esta asserção é inquestionável cientificamente). Além disso, este Universo teve um cientificamente provado momento de Criação ou início (o Big Bang). Por outro lado segundo Godell, quem emergiu num espaço limitado virtual, o nosso Universo, não pode "tocar" no Criador deste espaço a menos que o criador queira. A existência de um propósito para este Universo, também se pode aferir indirectamente, embora objectivamente não possamos ainda conhecê-lo exactamente. Quando alguém cria alguma coisa tem necessariamente um propósito para a sua criação. Este Vídeo, coloca a questão em perspectiva científica e filosófica ( Mas é necessário entender inglês e estar familiarizado com a terminologia científica): https://www.youtube.com/watch?v=Y47UHxO6-js Posso responder às dúvidas.
EliminarNota: Os "multiversos" é uma hipótese ridícula e infantil pseudocientífica de fugir à realidade, na tentativa hilariante de fugir ao Criador, colocada por pseudocientistas materialistas, que acham, mesmo contra todas as evidências científicas que o que existe e nós, é obra do acaso. O Universo de onde emergimos e que hoje podemos observar e estudar está rigorosamente afinado para que nós seres virtuais mas inteligentes o possamos observar.
EliminarO Vídeo é o melhor que já vi e não deixa margens para dúvidas, estamos na Matrix da Mente!
EliminarChegámos exactamente a um ponto crucial: há quem acredite piamente no Big Bang e quem não credite. Perguntei um dia a um cientista/astrónomo, o que havia antes do Big Bang: Respondeu-me que essa questão não se punha à Ciência, ficava para os filósofos; à Ciência só interessava estudar/compreender/explicar o Universo observável.
ResponderEliminarTambém se coloca a questão do Universo estar em expansão. Para quê? E expande-se para onde e até onde?
E ainda: a Terra tem os dias contados, logo, o Homem também e talvez muito tempo antes de a Terra se acabar, engolida pela dilatação do Sol na sua transformação/morte, daqui a cerca de 5 a 6 mil milhões de anos. Então, a haver um Criador, afinal qual o seu objectivo num projecto fadado a desaparecer?
E muitas mais questões para as quais um Criador não tem sentido.
(Vou ver o vídeo)
Obrigado pela resposta. Como disse no seu enunciado do divertimento intelectual, nós somos mesmo limitados, já conscientes e inteligentes, mas em evolução. A Lógica e Razão são coisas imateriais, que apenas precisam da matéria como substracto. Enquanto continuarmos apenas agarrados à matéria a Ciência não evoluirá. A Ciência ela própria é imaterial assim como a Mente. E a "Informação" é imaterial. Todo o conhecimento do Homem é imaterial. Enquanto não enterrarmos o materialismo não vamos sair da cepa torta e iremos continuar afastados da Mente criadora.
EliminarÉ ainda preciso ter bem a noção do seguinte, sobre o actual momento da Ciência:
ResponderEliminar1- Ninguém sabe como a Vida emergiu apenas uma vez na Terra. Ninguém sabe como a vida (comportamento) surgiu da matéria inanimada ( que apresenta apenas propriedades matéria - energia).
2-O Big Bang e a consequente expansão do Universo é aceite pela comunidade científica materialista como inquestionáveis. O próprio Einstein, como isto não lhe agradava chegou a introduzir nas suas equações uma constante que mantinha o Universo imutável. Mais tarde Hublle demonstrou-lhe que o Universo se encontrava mesmo em expansão. Einstein foi obrigado a reconhecer que este tinha sido um erro crasso da sua carreira.