À procura da VERDADE nos
Evangelhos
Evangelho segundo S. MATEUS
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– “Eu Te louvo, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque
escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos
pequeninos. (…) Meu Pai entregou-Me tudo a Mim. Ninguém conhece o Filho a não
ser o Pai e ninguém conhece o Pai a não ser o Filho e aquele a quem o Filho O
quiser revelar.” (Mt 11,25-27)
– Mais uma vez Jesus se assume claramente como Filho de
Deus. As relações entre tal Pai e tal Filho é que nos são completamente
escondidas! Depois, sendo Filho de Deus e portanto Deus com o Pai, porquê
“tudo” foi necessário entregar e passar de Pai para Filho? E porquê insistir no
seu direito de só revelar o Pai a quem Ele quiser? A verdade é que nunca O
revelou a ninguém… Então, para quê este aparato de… exclusividade?
Ainda: Louvando o Filho, o Pai e sendo Eles um só, não se
estaria a louvar a Si mesmo?
O que é certo é que, a não compreender tantas coisas, não
estaremos, infelizmente, no rol dos pequeninos, mas dos sábios e inteligentes
que, apesar de toda a sua ciência, parecem não entender nada do divino!… Ou, talvez
que por “inteligentes e sábios” Cristo se queira referir aos doutores da Lei e
sumos sacerdotes… que sobrecarregavam o povo com Leis e normas do Templo e do…
pecado!
Ou, talvez, mais um inútil – para a mensagem divina que
Jesus quereria transmitir - enigma!
Enfim – e perdoem-nos mais esta heresia! - Deus-Pai sai mais
humanizado do que divinizado deste contexto: Ele esconde… Ele revela… Ele
entrega… Ele quer… Onde estarão realmente aqui, com Jesus Cristo, as fronteiras
entre o humano e o divino? Onde?… – De certeza, mais uma pergunta sem resposta…
– “Vinde a Mim todos os que estais cansados e oprimidos e Eu
vos darei descanso. Juntai-vos a Mim e aprendei de Mim, porque sou manso e
humilde de coração e encontrareis descanso para as vossas vidas. Porque a minha
carga é suave e o meu fardo é leve.” (Mt 11,28-29)
– As palavras envolvem-nos de ternura… Talvez uma vida
simples, sem preocupações, sem ambições terrenas mas apenas celestiais… talvez
fosse a melhor forma de vida… E assim, entender-se-ia porque a “carga é suave e
o fardo é leve”… Talvez!… Porque a realidade não nos permite tal vida, nem se
compadece com lirismos de aves que não semeiam ou lírios que não tecem…
Depois, Cristo dar-nos-á certamente o descanso no Céu… Mas o
Céu, continuamos sem saber onde é, como se alcança, e quando o teremos. Por
isso… não sabemos porque é suave a carga e leve o fardo… Haverá fardo mais
pesado do que este de nada entender claramente e de não ter certezas absolutas
sobre a vida eterna que Cristo apregoa mas não credibiliza com provas?
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