À procura da VERDADE nos
Evangelhos
Evangelho segundo S. MATEUS
– 22/?
– “Isto aconteceu para se cumprir o que foi dito pelo
profeta Isaías: «Eis aqui o meu servo, que escolhi; o meu amado no qual a minha
alma se compraz. Colocarei sobre Ele o meu Espírito e Ele anunciará o
julgamento às nações. Não discutirá nem gritará e ninguém ouvirá a sua voz nas
praças. (…) E as nações depositarão a sua esperança no seu nome.»” (Mt
12,17-21)
– Mais uma vez se esforça Mateus por apresentar Jesus
como o servo de Javé, cumprindo-se nele as Escrituras. A nós parece-nos
obsessão, de fundamento pelo menos duvidoso. Depois, as Escrituras escrevem por
enigmas. As interpretações podem ser diversas. Esta catequese de Mateus pode
bem não passar de uma interpretação subjectiva.
E as Escrituras do A.T. têm tanto de reprovável, apoucaram
tanto Javé-Deus, humanizaram-no tanto - como já referimos noutros escritos - que
não sabemos se dá credibilidade a Jesus Cristo, colocá-Lo como sendo Ele
intérprete dessas Escrituras. Compreende-se que Mateus o faça. A influência e a
força das Escrituras, imposta ao povo pela forte classe sacerdotal tinha de deixar
marcas em judeus e primeiros cristãos provindos do judaísmo. Mas nós…
Recordamos também que essas “Sagradas Escrituras” – como
concluímos na análise ao AT - nos deixaram sem qualquer prova da existência da
Verdade que procuramos.
Assim – e francamente! – gostaríamos que Jesus Cristo viesse
novamente à Terra. Primeiro, para nos responder a todas as dúvidas e questões
que por aqui vamos formulando, acerca da sua mensagem de vida eterna num
Paraíso de delícias ou num Inferno de sofrimento... Depois, sendo Deus e tudo
conhecendo do passado, presente e futuro, para nos revelar todos os mistérios que
desconhecemos: se há ou não outros mundos habitados no Universo; se o Universo
é infinito ou não; se Deus e o Universo onde tudo se move são ou não UM SÓ; se
o tempo é apenas uma parte da eternidade; se alguma vez poderemos
transformar-nos em energia, sem perdermos a nossa capacidade de voltarmos à
matéria que nos individualiza e assim podermos caminhar por esse espaço à
velocidade da Luz – ou do pensamento! - e podermos “colonizar” outros espaços
habitáveis para não morrermos sozinhos, quando este sistema solar acabar e com
ele esta nossa querida Terra!…
E tudo ficaria claro! E já não haveria mistérios, nem
enigmas, nem segredos acerca de nós e acerca da realidade-Universo…
E talvez até revelasse os segredos da matéria e da forma
de obter a longevidade através da multiplicação das células que nunca mais
envelheceriam, podendo o Homem prolongar-se indefinidamente no tempo até se querer
suicidar, cansado de viver uma vida que fora inicialmente programada para ser vivida
a prazo…
Realmente, seria a revolução total no pensamento humano e na
Ciência se Deus viesse assim ter connosco… o que parece nitidamente impossível
de se concretizar… Do mesmo modo que também um Jesus Cristo, Filho desse Deus e
Deus com ele, terá sido impossível. Apenas mito, não passando o nível da crença
e da Fé…
- O Cristo da Bíblia,
claro que foi possível. Mas é um Cristo, muito específico, muito humano, com
uma missão muito determinada, limitado num tempo de trinta e três anos, dos
quais apenas três de vida pública, deixando-Se matar para cumprir a suposta
vontade daquele que apregoou toda a vida como o “Pai que está nos Céus”, e
cumprir também umas Escrituras cuja verdade de terem sido divinamente reveladas é
praticamente nula…
Enfim, uma última pergunta retórica: “Se Deus viesse à Terra,
fosse em que forma fosse, revelar-nos todos os segredos acerca de nós e do
universo, o que ficaria para nós fazermos e descobrirmos?”
Desculpem-nos estas delirantes considerações que, mesmo
assim, não são de todo impertinentes em relação ao real Jesus Cristo com quem
estamos dialogando…
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