sábado, 20 de outubro de 2018

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 192/?


À procura da VERDADE em HABACUC 1/2

- Introdução: “(…) O profeta interpela o próprio Deus acerca 
da violência e da opressão que invadem o país. (…) Dirige a 
Deus um veemente apelo (…) contra o opressor que exagerou 
na missão de instrumento escolhido por Deus. (…) Mas insiste 
na certeza de que um dia a justiça se há-de tornar realidade 
palpável, porque o Deus dos justos é o Deus vivo na História. 
(…) Teve o arrojo de apelar a Deus contra o próprio Deus 
cuja intervenção na História parecia incompreensível. Será 
preciso punir um mal com um mal maior? Não andará Deus 
apoiar o triunfo de uma força injusta?” (ibidem)
Realmente Hababuc deve ter sido confrontado, como nós, 
com as ditas intervenções de Deus na História, na interpretação 
que os profetas faziam das guerras em que Israel ora saía 
vencedor ora derrotado e oprimido, a ponto de as achar 
desastradas e incompreensíveis, porque exageradas.
Nós perguntamos mais uma vez: Porque havemos de acreditar 
nas interpretações que os ditos profetas faziam da história de 
Israel? Mais: Que invenção foi essa (e os nossos exegetas 
continuam na mesma senda…) de considerar Deus a dirigir a 
mesma história? Tudo nos parece muito mais um golpe 
político-religioso do que qualquer tipo de inspiração divina, 
não passando as supostas profecias de pura intuição face ao 
desenrolar dos acontecimentos.
- “Até quando, Javé, vou pedir socorro sem que me escutes? 
Até quando clamarei a Ti: “Violência!”, sem que me tragas a 
salvação? Porque me fazes ver o crime e contemplar a injustiça? 
(…) Porque olhas para os traidores e Te calas quando um ímpio 
devora alguém mais justo do que ele? (…) Então Javé 
respondeu-me: (…) Quem não é recto vai morrer, enquanto o 
justo viverá pela sua fidelidade. (…) Ai daquele que acumula o 
que não é seu (…) Ai de quem junta dinheiro injusto em sua 
casa (…) Ai de quem constrói com sangue uma cidade (…) 
(Hab 1,2)
- Perguntamos: Porquê acreditar que o ímpio ou perverso vai 
morrer e o justo vai viver? Não é isso que se constata: tanto 
morre um como o outro, tendo ambos o mesmo destino: o pó de 
onde vieram…
E as maldições serão para cumprir onde? – Na Terra, parece 
que não, pois raros são os que conseguem enriquecer com o seu 
trabalho honrado. No céu… sabe-se lá! Nunca ninguém veio de 
lá cá dizer se há ou não céu e como é esse estar 
contemplando Deus face a face por toda a eternidade!…

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