À procura da
VERDADE no livro de NAUM 2/2
- “Javé é um Deus ciumento e vingador! Javé é
vingador e sabe
enfurecer-Se. Javé vinga-se dos seus adversários e é rancoroso
com os seus inimigos. (…) Quem resistirá à sua cólera e
enfrentará o furor da
sua ira? (Na 1,2-6)
- Dos ciúmes, iras e furores de Javé já tudo
dissemos. Enfim,
considerar adversários de Javé os adversários do povo de
Israel é uma totalmente indecorosa apropriação, resultando
numa total
descredibilização de Javé-Deus. O “nosso” exegeta
corrobora tal indecorosa
apropriação: “Naum vê Deus como
destruidor de Nínive, capital da Assíria, a
grande potência
opressora da época. (…) Javé, Senhor do Universo, também é
Senhor da História; como tal, dirige os acontecimentos.”
(ibidem)
- “Javé restaura a vinha de Jacob e também a vinha
de Israel.”
(Na 2,3)
- Note-se o comentário: “Javé vai restaurar o reino
do Sul
(Judá) e o do Norte (Israel); este fora destruído pela Assíria
em 722
a.C. O profeta imagina talvez a reunificação de todo
o povo, tendo como capital
Jerusalém. (…)” (ibidem)
E nós perguntamos: É Javé que vai restaurar? Deus
anda por
ali assim a restaurar cidades ou reinos destruídos por outros
reinos, e reinos considerados como mão castigadora do
mesmo Javé?…
Depois, como podemos dizer “o profeta imagina
talvez…”?
Então, não é ele inspirado por Deus? Não é a sua palavra
revelada? Mais:
este Javé andando ao serviço de um povo,
parece-se com os ídolos que os povos
ditos pagãos
adoravam - e também não poucas vezes os israelitas - que
por isso
eram tão duramente castigados pelo mesmo Javé!
- “Ai da cidade sanguinária e traidora, cheia de
rapina,
insaciável de despojos!
Estalo de chicotes, ruído de rodas girando, cavalos
a
galope, carros que pulam, cavalos que se empinam, espadas
a luzir, lanças que
faíscam! Multidões de feridos, montão
de cadáveres, corpos sem conta,
tropeça-se nos cadáveres.
Isto por causa das muitas seduções dessa prostituta,
formosa
e hábil feiticeira que enganava as nações (…) Vou levantar
a barra da
tua saia até à altura do rosto; vou mostrar às
nações a tua nudez (…)
Porventura és melhor que Tebas?
(…) O teu exército não é de homens mas de
mulheres (…)”
(Na 3,1-13)
- O estilo é belo, pictórico, sóbrio, acutilante! A
crueza,
muita. A sensualidade sugestiva com o levantar das saias
da prostituta
até ao rosto,… gostosa! O “olho por olho”
manifesta-se com o lembrar de Tebas e
a derradeira frase
não agradará certamente a feministas!…
Também aqui se comenta: “O Deus do Universo e da
História destrói a cidade que era símbolo de perenidade,
estabilidade e
firmeza. Javé realiza a inversão desse modo
de conceber a História (…): Nínive
(…) terá a mesma sorte
que Tebas (…) que ela havia saqueado no ano 667 e
demolido em 663 a.C.” (ibidem)
Apenas perguntamos: Não sendo o povo egípcio “povo
eleito de Javé” porque recebeu castigo tamanho? A lógica
do castigo e do
oprimido-opressor só se aplica ao “povo
de Deus”? E, mais uma vez, como aceitar um Javé que
castiga quem Ele usou como seu braço para castigar o
pecado do povo eleito?
Esta Bíblia é um nonsense
total!…
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