À procura da
VERDADE no livro de DANIEL
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Vamos a outra história religiosamente “exemplar”:
- “Os babilónios tinham um ídolo chamado Bel. Com
ele, gastavam
todos os dias, doze sacas da melhor farinha de trigo, quarenta ovelhas
e seis ânforas de vinho. O rei adorava esse ídolo. (…) Daniel só
adorava o seu próprio Deus. (…) O rei disse: E achas que Bel não é
um deus vivo?
todos os dias, doze sacas da melhor farinha de trigo, quarenta ovelhas
e seis ânforas de vinho. O rei adorava esse ídolo. (…) Daniel só
adorava o seu próprio Deus. (…) O rei disse: E achas que Bel não é
um deus vivo?
Não vês quantas coisas ele come e bebe todos os dias? Daniel sorriu e
disse: (…) Por dentro, Bel é de barro e por fora é de bronze; ele nunca
comeu ou bebeu coisa alguma. Furioso, o rei mandou chamar os
sacerdotes de Bel e disse-lhes: Se não me disserdes quem come toda
essa comida, morrereis. Se me provardes que é Bel quem come tudo
isso, então Daniel morrerá por ter dito uma blasfémia contra o deus
Bel. (…) Eram setenta os sacerdotes de Bel, sem contar as mulheres e
as crianças.” (Dn 14,3-9)
disse: (…) Por dentro, Bel é de barro e por fora é de bronze; ele nunca
comeu ou bebeu coisa alguma. Furioso, o rei mandou chamar os
sacerdotes de Bel e disse-lhes: Se não me disserdes quem come toda
essa comida, morrereis. Se me provardes que é Bel quem come tudo
isso, então Daniel morrerá por ter dito uma blasfémia contra o deus
Bel. (…) Eram setenta os sacerdotes de Bel, sem contar as mulheres e
as crianças.” (Dn 14,3-9)
- É fácil adivinhar quem morreu!… A estultícia do
rei é muita e a
insensatez dos ídolos incompreensível, apesar de sábios
egípcios,
fenícios, gregos, romanos… neles terem acreditado. Acreditaram ou
acomodaram-se… E muita daquela comida deveria ser transaccionada
no mercado negro, pois não teriam os sacerdotes tantas mulheres e
tantos filhos que tanto comessem e bebessem diariamente!…
Ou… sabe-se lá!
fenícios, gregos, romanos… neles terem acreditado. Acreditaram ou
acomodaram-se… E muita daquela comida deveria ser transaccionada
no mercado negro, pois não teriam os sacerdotes tantas mulheres e
tantos filhos que tanto comessem e bebessem diariamente!…
Ou… sabe-se lá!
- Depois, que dizer de setenta sacerdotes para o
culto? Se no Templo de
Javé, havia excessos, aqui ultrapassavam-nos todos! É
que isto de viver
à custa do Templo - com maiúscula ou com minúscula - no dolce fare
niente, foi sempre bom modo de vida para alguns - perdoem-me aqueles
que se entregam de corpo e alma aos irmãos e nada mais deles
pretendem senão servi-los.
à custa do Templo - com maiúscula ou com minúscula - no dolce fare
niente, foi sempre bom modo de vida para alguns - perdoem-me aqueles
que se entregam de corpo e alma aos irmãos e nada mais deles
pretendem senão servi-los.
Outra história ainda, a do dragão:
- “Havia um dragão enorme adorado pelos babilónios.
O rei disse a Daniel:
Não podes dizer que é de bronze, porque está vivo, come e
bebe.”
(Dn 14,23-24) “Daniel pegou em pez, sebo e crinas (…) preparou bolos e
atirou-os para a boca do dragão, o qual engoliu aquilo e rebentou.”
(Dn 14,27)
- Não sabemos o que há de veracidade neste dragão. O
autor conta que,
tendo-se, então, o povo revoltado contra o rei, Daniel foi de
novo parar à
cova dos leões, donde de novo foi salvo pelo anjo do Senhor.
Nós, a uma distância de dois mil e duzentos anos –
coisa nenhuma em
relação ao Tempo Universal! – descrendo dos ídolos de barro,
ouro ou
madeira, por baseados em demasiado nonsense,
parece-nos que fomos
levados a criar um outro – a quem chamamos Deus – e que
dizemos
invisível, vivo e verdadeiro, ao qual atribuímos forma humana,
sentimentos humanos, reacções humanas, não sendo humano “apenas”
o facto de estar para além da matéria e ser omnisciente, omnipotente
e eterno.
o facto de estar para além da matéria e ser omnisciente, omnipotente
e eterno.
Haverá
nesta concepção divina algo de verdade, a VERDADE que
procuramos? Não tendo respostas,
a vontade dos crentes – assim
Madre Teresa de Calcutá! – é de perguntar a esse invisível Deus:
Madre Teresa de Calcutá! – é de perguntar a esse invisível Deus:
«Porque não Te mostras, ó DEUS VERDADEIRO, e
continuas
escondido de nós, nós que tanto quiséramos conhecer-Te? É que é este
querer, esta sede de Te encontrar a única força que nos move para
continuarmos procurando-Te. Acaso poderemos ter sede de alguma
coisa inexistente? Se não houvesse água, poderíamos desejá-la? O
raciocínio poderá não colher. Mas, que é a única coisa a que podemos
agarrar-nos para não soçobrarmos e desistirmos para sempre de Ti, é
bem verdade. Por isso, mostra-Te para não soçobrarmos na Fé!»
escondido de nós, nós que tanto quiséramos conhecer-Te? É que é este
querer, esta sede de Te encontrar a única força que nos move para
continuarmos procurando-Te. Acaso poderemos ter sede de alguma
coisa inexistente? Se não houvesse água, poderíamos desejá-la? O
raciocínio poderá não colher. Mas, que é a única coisa a que podemos
agarrar-nos para não soçobrarmos e desistirmos para sempre de Ti, é
bem verdade. Por isso, mostra-Te para não soçobrarmos na Fé!»
Para os racionalistas, tudo se torna mais fácil: não
há angústias divinas
porque, para eles, Deus não é o “humanoide superior” que
as religiões
criaram, mas sim o TODO ABSOLUTO, INFINITO E ETERNO, TUDO
CONTENDO
ESTEJA OU NÃO FORA DO TEMPO E DO ESPAÇO,
TUDO SENDO PARTÍCULAS DELE. E sentem-se
felizes por saberem
que, como partículas vivas que são, fazem parte desse DEUS.
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