À procura da
VERDADE em EZEQUIEL - 8/13
- “Criatura humana, havia duas mulheres, filhas da
mesma mãe.
Desde jovens, elas prostituíram-se no Egipto. Desde que
caíram na
prostituição, deixaram que estranhos lhes acariciassem
os seios e lhes
apalpassem os peitos de adolescente. A mais velha
(…) Samaria (…) e a mais nova (…) Jerusalém. (A mais velha)
entregou-se como prostituta a toda a classe alta dos assírios (…)
Quando ainda
criança, já dormiam com ela, apertavam os seus
seios de adolescente e tinham
relações com ela. (…) Eles
puseram-lhe à mostra as partes íntimas (…) A sua
irmã (…) viu
tudo. E as suas paixões foram ainda mais indecentes que as
dela e
a sua prostituição foi mais desavergonhada (…) Também
se deixou seduzir pelos
assírios (…) Ela viu desenhadas na parede
figuras de caldeus (…) Ela deixou-se
seduzir pelas figuras (…)
Então, os babilónios vieram dormir com ela e
contaminaram-na
com as suas prostituições. (…) Mostrou a sua nudez (…) foi
aumentando as suas prostituições, lembrando o tempo da sua
juventude, quando
era prostituta na terra do Egipto e se entregava
apaixonadamente a homens com
pénis como o dos jumentos e sexo
como os garanhões. Voltaste à tua juventude
devassa no Egipto,
quando apertavam o teu peito e palpavam os teus seios de
adolescente.”(Ez 23,2-21)
- Que seja simbolismo, que seja! Que o simbólico
religioso-divino
permita tais realismos de apertar seios, apalpar peitos, ter
relações,
cair em prostituição, já espanta qualquer diabo, já escandaliza
qualquer santo! Que corações sensíveis de freiras, frades, santos,
anacoretas e
outros que, como homens e mulheres que são,
mesmo enclausurados, não escapam às
forças vivas do sexo que
gera espermatozóides e óvulos, prontos uns a fecundar
com a
força da vida, outros a serem fecundados para perpetuarem essa
mesma vida, sobretudo em tempos de primavera…, não sentem
arrepiar-se-lhes os cabelos
da alma e das entranhas ao lerem tais
arrebatamentos bíblicos, beijando-lhes o
sol as faces afogueadas ou
as roupas escuras que encobrem lascivas erecções?
Que pensamentos
de pecado não introduz a Bíblia nestes corações?!
Ou… tiveram -
têm! - de censurar estes excertos eróticos ou quase
pornográficos, convidativos
à lascívia?
Depois, aquele pénis de jumento ou garanhão era para
assustar as
almas piedosas ou… teria - terá! - o efeito de excitar as carentes
enclausuradas?! Perdoem-me os corações sensíveis estes desabafos
que quisera
fossem inocentes…
E comenta-se a propósito: “Ezequiel traça um perfil
histórico e
simbólico de Samaria e Jerusalém, respectivamente capitais do reino
do Norte (Israel) e do reino do Sul (Judá). O profeta generaliza
mostrando que,
desde o princípio, a História desses dois reinos
foi marcada pela idolatria,
aqui apresentada como infidelidade ou
prostituição (…). De facto, Israel e Judá
abandonaram o projecto
de Javé, para se submeterem ao domínio das grandes
potências.”
(ibidem)
Só perguntamos: Que projecto, o de Javé? E -
repetimos - se acaso
o não tivessem abandonado não teriam sido, de igual modo,
destruídas por Babilónia? Quem nos garante a inversão da História?
Enfim, fica a constatação: Ezequiel se não foi,
parece ter sido um
perturbado sexual, deliciando-se repetidamente naquele apertar
de
seios a adolescentes, naquele “apreciar” de pénis como os de
jumentos ou
garanhões, naquelas prostituições. Uma óbvia constatação
face à narrativa.
Muito lhe agradecia que respondesse ao mail que enviei, solicitando, por favor, uma explicação sobre a Paixão de Cristo. Desde já muito obrigado
ResponderEliminarCaro Henrique, agradecia que tivesse alguma paciência e aguardasse pela chegada à análise crítica do NT, começando pelo evangelho de Mateus. Aí, escalpelizaremos todos os supostos milagres realizados por Jesus e narrados por Mateus e aquilataremos da sua veracidade, mormente os que se realizaram aquando da morte e ressurreição de Jesus.
ResponderEliminarDigníssimo Francisco Domingues, claro que esperarei, um pouco impaciente, é certo, por essa análise crítica, mas agradecia que ficasse sensibilizado pelo meu pedido, pois as aulas na minha Univ. Sénior recomeçam após a Páscoa e eu continuo sem saber se partiram ou não, as pernas a Cristo, na cruz. Desde já muito obrigado. (Não leu o meu e-mail?)
ResponderEliminarOK! Vou ver se encontro o seu email. Mas, desculpe-me, parece que pernas partidas ou não partidas é pormenor sem importância para a questão suprema de saber se quem matavam no suplício da cruz - pena normal aplicada pelos romanos a todos os que se revoltavam contra Roma - era um simples judeu ou o Filho de Deus feito homem, como afirma a religião cristã. BOA PÁSCOA!
ResponderEliminarObrigado Francisco Domingos, pela atenção dedicada. A questão ganha importância, porque numa aula de filosofia, sobre a eutanásia, afirmei que Cristo foi eutanasiado, partindo-lhe as pernas, provocando assim, a sua morte mais rápida. Eu já li isso algures, mas agora, já não tenho a certeza disso. Muito obrigado, mais uma vez. Ah, Boa Páscoa também para si.
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