sábado, 17 de março de 2018

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 166/?



À procura da VERDADE em EZEQUIEL - 8/13

- “Criatura humana, havia duas mulheres, filhas da mesma mãe. 
Desde jovens, elas prostituíram-se no Egipto. Desde que 
caíram na prostituição, deixaram que estranhos lhes acariciassem 
os seios e lhes apalpassem os peitos de adolescente. A mais velha 
(…) Samaria (…) e a mais nova (…) Jerusalém. (A mais velha) 
entregou-se como prostituta a toda a classe alta dos assírios (…) 
Quando ainda criança, já dormiam com ela, apertavam os seus 
seios de adolescente e tinham relações com ela. (…) Eles 
puseram-lhe à mostra as partes íntimas (…) A sua irmã (…) viu 
tudo. E as suas paixões foram ainda mais indecentes que as 
dela e a sua prostituição foi mais desavergonhada (…) Também 
se deixou seduzir pelos assírios (…) Ela viu desenhadas na parede 
figuras de caldeus (…) Ela deixou-se seduzir pelas figuras (…) 
Então, os babilónios vieram dormir com ela e contaminaram-na 
com as suas prostituições. (…) Mostrou a sua nudez (…) foi 
aumentando as suas prostituições, lembrando o tempo da sua 
juventude, quando era prostituta na terra do Egipto e se entregava 
apaixonadamente a homens com pénis como o dos jumentos e sexo 
como os garanhões. Voltaste à tua juventude devassa no Egipto, 
quando apertavam o teu peito e palpavam os teus seios de 
adolescente.”(Ez 23,2-21)
- Que seja simbolismo, que seja! Que o simbólico religioso-divino 
permita tais realismos de apertar seios, apalpar peitos, ter relações, 
cair em prostituição, já espanta qualquer diabo, já escandaliza 
qualquer santo! Que corações sensíveis de freiras, frades, santos, 
anacoretas e outros que, como homens e mulheres que são, 
mesmo enclausurados, não escapam às forças vivas do sexo que 
gera espermatozóides e óvulos, prontos uns a fecundar com a 
força da vida, outros a serem fecundados para perpetuarem essa 
mesma vida, sobretudo em tempos de primavera…, não sentem 
arrepiar-se-lhes os cabelos da alma e das entranhas ao lerem tais 
arrebatamentos bíblicos, beijando-lhes o sol as faces afogueadas ou 
as roupas escuras que encobrem lascivas erecções? Que pensamentos 
de pecado não introduz a Bíblia nestes corações?! 
Ou… tiveram - têm! - de censurar estes excertos eróticos ou quase 
pornográficos, convidativos à lascívia?
Depois, aquele pénis de jumento ou garanhão era para assustar as 
almas piedosas ou… teria - terá! - o efeito de excitar as carentes 
enclausuradas?! Perdoem-me os corações sensíveis estes desabafos 
que quisera fossem inocentes…
E comenta-se a propósito: “Ezequiel traça um perfil histórico e 
simbólico de Samaria e Jerusalém, respectivamente capitais do reino 
do Norte (Israel) e do reino do Sul (Judá). O profeta generaliza 
mostrando que, desde o princípio, a História desses dois reinos 
foi marcada pela idolatria, aqui apresentada como infidelidade ou 
prostituição (…). De facto, Israel e Judá abandonaram o projecto 
de Javé, para se submeterem ao domínio das grandes potências.” 
(ibidem)
Só perguntamos: Que projecto, o de Javé? E - repetimos - se acaso 
o não tivessem abandonado não teriam sido, de igual modo, 
destruídas por Babilónia? Quem nos garante a inversão da História?
Enfim, fica a constatação: Ezequiel se não foi, parece ter sido um 
perturbado sexual, deliciando-se repetidamente naquele apertar de 
seios a adolescentes, naquele “apreciar” de pénis como os de 
jumentos ou garanhões, naquelas prostituições. Uma óbvia constatação 
face à narrativa.


5 comentários:

  1. Muito lhe agradecia que respondesse ao mail que enviei, solicitando, por favor, uma explicação sobre a Paixão de Cristo. Desde já muito obrigado

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  2. Caro Henrique, agradecia que tivesse alguma paciência e aguardasse pela chegada à análise crítica do NT, começando pelo evangelho de Mateus. Aí, escalpelizaremos todos os supostos milagres realizados por Jesus e narrados por Mateus e aquilataremos da sua veracidade, mormente os que se realizaram aquando da morte e ressurreição de Jesus.

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  3. Digníssimo Francisco Domingues, claro que esperarei, um pouco impaciente, é certo, por essa análise crítica, mas agradecia que ficasse sensibilizado pelo meu pedido, pois as aulas na minha Univ. Sénior recomeçam após a Páscoa e eu continuo sem saber se partiram ou não, as pernas a Cristo, na cruz. Desde já muito obrigado. (Não leu o meu e-mail?)

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  4. OK! Vou ver se encontro o seu email. Mas, desculpe-me, parece que pernas partidas ou não partidas é pormenor sem importância para a questão suprema de saber se quem matavam no suplício da cruz - pena normal aplicada pelos romanos a todos os que se revoltavam contra Roma - era um simples judeu ou o Filho de Deus feito homem, como afirma a religião cristã. BOA PÁSCOA!

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  5. Obrigado Francisco Domingos, pela atenção dedicada. A questão ganha importância, porque numa aula de filosofia, sobre a eutanásia, afirmei que Cristo foi eutanasiado, partindo-lhe as pernas, provocando assim, a sua morte mais rápida. Eu já li isso algures, mas agora, já não tenho a certeza disso. Muito obrigado, mais uma vez. Ah, Boa Páscoa também para si.

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