quarta-feira, 27 de julho de 2016

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 107/?

À procura da VERDADE nos livros Sapienciais

Livro da SABEDORIA – 5/6


- “Na sabedoria, há um espírito inteligente, santo, único, múltiplo, 
subtil, móvel, penetrante, imaculado, lúcido, invulnerável, amigo 
do bem, agudo, livre, benéfico, amigo dos Homens, estável, seguro, 
sereno, que tudo pode e tudo abrange, que penetra todos os 
espíritos inteligentes, puros e subtilíssimos. (…) A sabedoria é 
exalação do poder de Deus (…), reflexo da luz eterna (…)” 
(Sb 7,22-26)
- Demasiadas palavras e… só palavras! Alguém descortina nelas 
algum sentido válido? Ou, se quisermos, dizem tudo e… não dizem 
nada!

- “Por meio dela, alcançarei a imortalidade e deixarei aos meus 
sucessores uma lembrança eterna.” (Sb 8,13)
- Alcançar a imortalidade, ninguém sabe nem como nem onde. 
Portanto, só pode ser afirmação gratuita e pura fantasia, pois o que 
é público e notório é que não há qualquer imortalidade possível 
ao Homem, ser que pertence ao Tempo, nele começando, nele se 
acabando sem deixar qualquer rasto perene. Esta é a verdade de 
toda a humanidade passada.

- “Sabendo que jamais teria conquistado a sabedoria se Deus não ma 
tivesse concedido…” (Sb 8,21)
- A quem concederá Deus a sabedoria? Ou… a quem excluirá Ele? 
A cada Homem que nasce, Deus anda por ali a decidir se dá ou não a 
sabedoria? Que tolice!

- “Quem pode conhecer a vontade de Deus? (…) Quem poderá 
investigar o que está no céu? Quem poderá conhecer o teu 
projecto se não lhe deres sabedoria enviando do alto o teu espírito 
santo?” (Sb 9,13 e 17)
- Belas perguntas… sem respostas! E Deus terá uma vontade, terá 
um céu, terá um projecto, terá um espírito? Continua-se no ridículo 
de pensar Deus como se fora um Humano.

- “A sabedoria protegeu o pai do mundo, o primeiro homem formado 
por Deus (…)” (Sb 10,1)
- Jocosamente, perguntaríamos: «Como? Se ele comeu a maçã, 
levando Deus - a sabedoria! - a expulsá-lo do paraíso?»

- “A sabedoria libertou de uma nação de opressores um povo santo, 
uma raça irrepreensível. (…) Fez com que os seus inimigos se 
afogassem e depois vomitou-os das profundezas do mar (…)” 
(Sb 10,15 e 19)
- Sempre a mesma presunção de se chamarem de “povo santo”… 
Que santidade?! É inconcebível que as religiões cristãs aceitem 
estes livros do AT, directamente referenciando os judeus, como 
inspirados por Deus e susceptíveis de serem interpretados 
como livros sagrados, as Sagradas Escrituras. É que, de sagrado, 
nada têm!

- “Tu odiavas os antigos habitantes da tua Terra santa porque faziam 
coisas detestáveis (…) Tu bem podias ter entregue os injustos 
nas mãos dos justos durante uma batalha (…) Mas Tu 
castigaste-os pouco a pouco, dando-lhes oportunidade de se 
arrependerem, embora não ignorasses (…) que a sua maldade 
era inata e que nunca mudariam de mentalidade (…)” (Sb 12,3-10)

- A “tua Terra santa” era Canaã, a Terra Prometida! Não foi este 
ódio de Javé, esta maldade do povo, bela invenção dos Israelitas 
para conquistarem tal Terra? E em nome de Javé? E com o seu braço 
vingador? Depois, se Deus não  ignorava que a maldade deles 
era inata, porque lhes deu uma oportunidade irrealizável de se 
arrependerem? É mesmo contraditório este autor “sagrado”! Ou, 
então, Deus esqueceu-se, também aqui, de o inspirar…

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