À procura da VERDADE
no Primeiro
Livro dos MACABEUS 2/2
- O forte e destemido Macabeu “empunhou as armas e sustentou
muitas
batalhas (…) e afastou de Israel a ira divina.”
(1Mc 3, 3 e 8). Numa dessas
batalhas, tendo poucos homens e…
cansados, encorajou-os dizendo: “ (…) Deus vai
esmagá-los
diante de nós! Não tenhais medo. (…) E atacou-os de surpresa,
esmagando-os.”
(1Mc 3,22-23)
- A pergunta impõe-se: Foi Deus ou foi a táctica da surpresa
que deu a
vitória ao Macabeu?! A resposta é óbvia!
- “Interessantemente” hediondo é o episódio da cidade que, por
não lhes
permitir a passagem solicitada em embaixada de paz,
é… simplesmente arrasada:
“Mataram à espada todos os homens,
demoliram a cidade, recolheram os despojos e
atravessaram (…)
passando por cima dos cadáveres.” (1Mc5,48-51)
- Este livro dos Macabeus é um relato contínuo de guerras - mais um! -
com chacinas de arrasar por parte dos vencedores. Razões? - Quase
sempre as
mesmas: o saque e a cobiça. Realmente Israel não foi
(não é?!) povo de sorte.
Sempre atacado! Sempre guerreando! Porque
não tem paz este povo dito “povo
eleito, povo escolhido” por Deus
entre tantos outros à face da Terra? É
intrigante, não é?
- A verdade é que é neste povo que vai nascer Jesus a quem os
inventores
da religião cristã chamaram o Cristo, o Filho de Deus…
E - triste verdade! - é
este mesmo povo que O vai matar,
crucificando-O numa cruz!… em vez de o questionar
até que
descortinasse totalmente o céu que anunciava, céu onde estava o seu
Pai
que o enviara à Terra para trazer a sua mensagem de AMOR e de
fraternidade
universal. Perderam uma boa oportunidade para
desmistificarem uma mensagem que
tinha – tem! – tanto de ficcional
como real: o Céu é utopia, o Amor entre os
Homens é um caminho
que continua a não ser percorrido pela humanidade.
- E que dizer do tratado de aliança entre Judeus e Romanos contra
os
Gregos? (1Mc8,17-32) Realmente, poderíamos perguntar,
lembrando-nos dos antigos
profetas contrários às alianças, se já era
convenientemente divina esta aliança,
por motivos políticos, com um
povo politeísta e se já não haveria o perigo de
corrupção com outros
deuses! Ou… mudaram-se os tempos?
- O grande herói de Israel - Judas Macabeu - vai morrer: “Fugir deles?
De
maneira nenhuma! (…) Vamos morrer com coragem (…) Não
vamos deixar mancha
nenhuma na nossa fama!” (1Mc 9,10) Pura
insensatez? Desejo louco de não querer
manchar a sua fama de herói?
Porque não invocou Deus como outrora? Ou porque
não o protegeu
Deus, indicando-lhe a táctica certa? Talvez fosse simplesmente a
sua
hora!
- Outro herói - Jónatas - morre por ter caído numa cilada. Castigo de
pecado oculto (1Mc 12,48) ou era aquele o seu destino? – Não sabemos.
- “(…) Vingarei o meu povo (…), pois todas as nações movidas pelo ódio,
se reuniram para nos esmagar.” - disse
Simão, irmão de Jónatas.
(1Mc 13,6). Mas também Simão morre e… às mãos de
traidores!
(1Mc 16,16) Mais uma pergunta sem resposta: Porquê tanto ódio
contra
Israel?
- Enfim: um livro cansativo de tantas guerras. Livro apenas de…
História
ou de histórias de guerras! De inspiração divina tal livro?
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