Bases:
1 – Um
Homem iluminado pela Ciência, dotado de espírito crítico
e racional, sabendo
distinguir a Verdade comprovável de outras
supostas Verdades que oportunistas –
que sempre os haverá pelos
séculos dos séculos… - lhe queiram vender; enfim,
uma
humanidade sábia.
2 – Um
Deus único e verdadeiro, não inventado mas real, um Deus
que todos possam
entender e aceitar, sem sombras de mistérios porque
presente em tudo e em todos
os seres, vivos e não vivos, materiais e
imateriais, visíveis e invisíveis.
Quem?
– O DEUS QUE É TUDO, O TODO UNIVERSAL QUE, SENDO
INFINITO, TUDO CONTÉM,
SENDO ETERNO, CONTÉM TUDO
O QUE PERTENCE AO TEMPO
(tal como nós, tal como todos
os seres vivos e não vivos, do átomo às
estrelas, aos universos ou
pluriversos!). Dizer, como os clássicos Tomás
de Aquino, Boaventura, etc., que
Deus é um ser Criador, um ser Amor
e é a causa primeira, o motor que pôs tudo o
existente em movimento, é
fraca explicação para o TANTO que desconhecemos da
realidade
universal em que nos inserimos, já que, constituídos de átomos de
matéria
(não esqueçam: apenas matéria!) habitamos um pequeníssimo Planeta de
um
médio sistema solar, sistema perdido na periferia de uma Galáxia,
Galáxia
perdida num turbilhão de incontáveis outras cuja verdade não
sabemos se algum
dia o Homem conseguirá alcançar. Um ser Criador fora
do existente/criado é não
só incongruente como inexplicável, e cabe apenas
na cabeça de alguns ditos
iluminados: aliás, sendo infinito e eterno, o Criador
não poderá senão conter a
própria criação, quer no espaço quer no tempo.
Isto é claro para qualquer
intelecto. Mais incongruente ainda é ter uma ideia
de Deus como Pai, como Amor,
como Senhor a quem se reza, se implora,
se agradece… Tudo humanizações provocadas
pelas emoções que inundam
coração e alma de muitos humanos, pelas razões as
mais diversas.
Psicológicas, sem dúvida, mas de muita ignorância (quando não de
má fé,
para os gurus das religiões), também. Mas o Homem precisa de rezar, de
implorar, de agradecer. Agradecer, em cada manhã que se levanta, mais um
dia de
vida, agradecer a sorte que se teve em tantas boas coisas que nos vão
acontecendo, rezar, implorar quando nos sentimos impotentes perante o luto
ou a
dor… Então, que o faça, não ao simpático “Pai que estais no Céu”,
obviamente
inexistente, mas ao
DEUS ÚNICO E VERDADEIRO QUE É O TUDO, LOGO TAMBÉM
PAI E
TAMBÉM AMOR E TAMBÉM CRIADOR…
E sentiremos a alma reconfortada, agradecida, por
estarmos imbuídos de
Deus e sermos também uma partícula d’Ele. Que bom!
Fantástico, não é?
Esta RELIGIÃO – a única possível para
reunir todos os Homens no
mesmo projecto comum, o da fraternidade universal – pressupõe
um
Homem não só inteligente e sábio, mas também bom e honesto. Ora, um
Homem
que reúna estas quatro prerrogativas não existe, pelo menos
universalmente.
Parece – ou é! – exactamente o contrário: o Homem
actual, infelizmente, rege-se
pelos instintos mais baixos, do egoísmo, do
ódio, da ganância, do desprezo pelo
sofrimento do seu irmão a quem é
capaz de matar por não concordar com as suas
ideias, ou para lhe roubar
o fruto do seu trabalho, quando não a própria terra.
Então, pergunta-se:
Quando teremos um Homem possuidor destas quatro
indispensáveis
“virtudes”, sem as quais a RELIGIÃO ÚNICA E VERDADEIRA não
terá
viabilidade? – A resposta fica no segredo dos deuses, obviamente.
Mas um dia
chegaremos lá, melhor (que a nossa vida é curta para
assistirmos a tão
extraordinário fenómeno de conversão…), o Homem
chegará lá. Nem que seja daqui
a 1 milhão de anos, coisa pouca em relação
ao Tempo Universal e ao Tempo que
conhecemos da existência deste
Universo (cerca de 15 mil milhões de anos) e
coisa pouca mesmo em
relação ao tempo que leva o Homem de existência: uns
míseros 4 milhões
de anos. Se, por acaso, o Homem actual se autodestruir,
destruindo o
seu habitat – as condições de vida na Terra, com superpopulação e
um
não querer saber do equilíbrio ambiental que permite a vida saudável
dos
seres vivos – mesmo assim, a Terra terá tempo (mais uns 4.500
milhões de anos),
desfeita esta humanidade, para se regenerar e fazer
aparecer um Homem novo…
Epílogo:
E se
começássemos a praticar esta
NOVA RELIGIÃO ÚNICA E VERDADEIRA?
Seríamos o
embrião para que, daqui a 1 milhão de anos, os nossos
vindouros todos
usufruíssem de uma verdadeira fraternidade universal.
Então, vamos: sejamos já
o tal HOMEM NOVO e de certeza que seremos
felizes por nos sentirmos úteis não só
a nós próprios mas também a
TODA A HUMANIDADE!
Notas:
ResponderEliminar1 - Publiquei, hoje, dois textos, por ter de me ausentar até ao fim do mês.
2 - Os termos em que se desenvolveria esta nova religião vêm explanados no último capítulo do meu livro "Um Mundo Liderado por Mulheres", esgotado e ainda não republicado, mas possível de adquirir ao preço de 10,00€ + portes de correio, solicitando o seu envio a: fr.dom@netcabo.pt