O grande
erro dos inventores/iniciadores do cristianismo – Paulo,
evangelistas,
discípulos – foi o de fazerem Filho de Deus, o
homem chamado Jesus.
S. Paulo, por Diego Velázquez
É que, para que tal afirmação surtisse efeito junto das pessoas dadas
S. Paulo, por Diego Velázquez
É que, para que tal afirmação surtisse efeito junto das pessoas dadas
a crendices,
fortemente ignorantes e com ausência de espírito crítico
sobre as “verdades”
propaladas como tal e que lhes foram sendo
“vendidas”, tiveram que inventar
muitas outras “verdades”
absolutamente falsas, ou, se quiserem, sem qualquer
fundamento para
serem validadas. Assim,
- nasceram,
com os evangelistas, os supostos milagres operados por
Jesus, a quem Pedro, num
acto de arrebatamento perante um homem
realmente extraordinário, chamara “o
Cristo, o Filho de Deus vivo”
(se é que tal afirmação não foi uma interpolação
tardia no evangelho de
Mateus, já que tal suprema afirmação da divindade de
Jesus só é
referenciada por ele, Mt 16,16);
O evangelista Mateus,
o maior inventor de milagres atribuídos a Jesus
- nasceram todos os acontecimentos
extraordinários à volta do nascimento de Jesus, desde a inconcebível
Maria que deu à luz sendo virgem (narrativa imitando tradições e relatos
de nascimentos daquele modo dos deuses pagãos antigos, obviamente,
inventados, já os próprios deuses já os milagrosos acontecimentos), atéao cântico dos anjos e dos pastores, aos reis magos trazendo oferendas...
O evangelista Lucas,
o inventor de todos os acontecimentos milagrosos
que rodeiam o nascimento de Jesus
- nasceram todas as extrapolações da última ceia de Jesus com os seus
discípulos,
inventando-se o fenómeno da eucaristia (com óbvia deturpação
das palavras de
Jesus), fenómeno que continua a ser pregado em todas
as missas como verdade
absoluta, estando Jesus-Deus realmente presente
sob aquelas espécies de pão e
vinho;
- nasceu
o insondável mistério – que invenção absurda, santo Deus! –
da Santíssima
Trindade, mistério imposto aos crentes pelo concílio de
Niceia, em 325,
rectificado ou completado pelo de Constantinopla em 381,
contra o parecer de
muitos, sendo Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito
Santo, um só Deus trino em
pessoas e sendo o Filho a visão que o Pai
tem de si mesmo e o Espírito Santo o
elo de amor que une o Deus Pai à
sua imagem, isto é, ao Filho. Em boa verdade,
quem em seu perfeito
juízo pode acreditar em tal absurdo?
- nasceu,
no mesmo Concílio de Niceia, o inacreditável – por absurdo –
Credo católico que
os gurus actuais, com algumas variantes na tradução
da versão latina, fazem
recitar aos fiéis em todas as missas.
- enfim,
nasceram todos os outros dogmas, mistérios e tradições que
inundam a chamada
religião cristã, (céus, infernos, anjos e santos e
demónios, almas, purgatório, indulgências...) religião que, afinal, se
dividiu em três (católicos, ortodoxos e protestantes), conforme os
interesses regionais em que o cristianismo se inseriu.
demónios, almas, purgatório, indulgências...) religião que, afinal, se
dividiu em três (católicos, ortodoxos e protestantes), conforme os
interesses regionais em que o cristianismo se inseriu.
Temos, pois, um cristianismo sem qualquer
credibilidade, tanto do
ponto vista histórico, como do ponto vista crítico,
caindo em absurdos
que ninguém consegue explicar, refugiando-se os seus gurus
nos tais
mistérios. Chamar mistério ao que não se entende nem tem explicação
plausível é uma boa panaceia para os vendedores de mentiras, neste caso,
os que
apregoam a religião cristã, tal como no-la impuseram os nossos
antepassados.
Ora, bastaria que os criadores do
cristianismo tivessem sido honestos
e, em vez de inventarem num Jesus, o
Cristo, o Filho de Deus, tivessem
dito aquilo que ele realmente foi: um grande
homem, um Messias, um
Enviado de Deus, um grande visionário, se quiserem, um
grande
revolucionário, ao apregoar a fraternidade universal e o perdão não 7
vezes mas 70 vezes sete e muitos outros ensinamentos ligados ao amor
ao próximo
e à constituição de uma sociedade tanto quanto possível
perfeita, assente num
humanismo total, para que tivéssemos uma religião
realmente aceitável por toda
a humanidade, sem mistérios e sem
falsidades, sem fantasias e invenções. Mas
não: preferiram o caminho
da mentira, da falsidade, da invenção. E aí está um
cristianismo
facilmente atacável nos seus princípios e… nos seus fins.
Aliás, não há uma única passagem no NT em
que Jesus afirme
explicitamente: “Eu sou o Filho de Deus”. São sempre meias
palavras,
referências de terceiras pessoas, como a já referida tirada de Pedro
ou
como a resposta a Pilatos: “Tu és o Filho de Deus? – Tu o dizes”.
Obviamente, uma resposta não explícita. Todas as outras inúmeras
referências de
Jesus ao “Meu Pai que está nos Céus”, não têm qualquer
valor afirmativo de que
ele se considerasse Filho de Deus, na pura
acepção da palavra. Todos, na
verdade, poderemos dizer-nos “filhos
de Deus-Pai criador”, aquele Deus que será
o TODO UNIVERSAL, o
Deus de Espinoza ou Einstein, e não qualquer Deus inventado
pelos
criadores de religiões. Javé de Moisés e dos judeus seria este Deus se
não fosse o Deus exclusivista de Israel, mandando matar tudo o que
beliscasse
tal povo; Alá dos muçulmanos também seria este Deus se não
fosse tão humanizado
por Maomé e, infelizmente! – humanizado no pior
que o Homem tem: a vingança, o
extermínio dos que não acreditam nele
e no seu suposto profeta.
Concluiremos democraticamente: A CADA UM, A
SUA ESCOLHA
E AS SUAS CRENÇAS EM TOTAL LIBERDADE.
Esta
é uma frase que nenhum muçulmano, obedecendo ao execrável
Corão, poderá dizer!
INFELIZMENTE, para a humanidade, dado os
cerca de mil milhões que inundam o
Planeta.
Na próxima mensagem, apresentaremos "A religião verdadeira, única e universal", sem os deuses das religiões actuais que dividem os Homens e os levam não à humanidade e fraternidade universal pregada pelo judeu Jesus (a começar e a acabar na sua terra, Israel), mas ao ódio, à guerra, ao extermínio, irmão matando o irmão - facto que aconteceu tanto ao longo da História, desde o violento e sanguinário JAVÉ de Moisés/Israel, passando pelo simpático Deus-Pai de Jesus, continuando com o não menos sanguinário Alá de Maomé, prolongando-se pelas Cruzadas, pela Inquisição, pelas guerras entre católicos e protestantes, entre xiitas e sunitas, guerras que, certamente com outro cariz, pontuam no mundo actual. Ah, quando teremos um Homem novo capaz de construir a tal fraternidade universal, por enquanto uma completa utopia?
ResponderEliminarRecordo que esta RELIGIÃO foi apresentada com algum detalhe no livro "Um mundo liderado por Mulheres", já esgotado e ainda não reeditado, mas que se consegue obter, ao preço de 10,00€ + portes correio, enviando um pedido para fr.dom@netcabo.pt
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ResponderEliminarComentário eliminado, por repetido.
EliminarNão li o livro de Ehrman nem o seu comentário. Mas também já aqui, no blog, publiquei um pequeno livro, ainda inédito: "Quem me chamou Jesus Cristo? O Menino Jesus existiu?", onde concluo, depois de análise simples, clara e concisa, de que todo o suposto divino que rodeia a personagem Jesus foi inventado. Na minha opinião, parece-me claro que Jesus existiu como um judeu revolucionário ao pregar, naquele tempo de tantos conflitos étnico-religiosos, a fraternidade universal, o amor entre os Homens. Que os meios académicos continuem a ignorar o que para mim é evidente é de espantar. Já não espanta que os meios religiosos continuem a alimentar o manancial que lhes dá alimento, dinheiro e vida. Veja-se o que se passa com o rico Vaticano ou com o pornograficamente rico Bispo Macedo, no Brasil.
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