- “Os livros dos Reis relatam acontecimentos que vão de 971 a 561 a.C.,
continuando a história da monarquia iniciada com Saul e David.”
(Introdução aos
Livros dos REIS, ibidem)
- A pergunta é, de novo, incontornável: “ Como uma história de reis dos
israelitas pode ser livro “sagrado” ou fazendo parte das “Sagradas
Escrituras”,
referentes da revelação divina para a humanidade inteira,
fonte de informação
em ordem a alcançar a vida eterna que é o que nós
procuramos? Mas… comecemos!
- Em Israel, luta-se pela sucessão ao velho rei David que, de velho, já
não
conseguia ter relações com a jovem mais bonita em todo o território de
Israel!… (1Rs 1,2-4) No entanto, jurara pela vida de Javé que quem se
sentaria
no seu trono seria Salomão. Então,… “Viva o rei Salomão!”
(1Rs 1,29-39) O irmão
Adonias, vencido na competição ao trono, é
rapidamente eliminado. Razões? -
Ousou pedir em casamento a formosa
Abisag de Sunam. Não sabemos o que esta
formosa jovem representava de
perigo para o trono de Salomão. O que é certo é
que Salomão exclama
do alto da sua ira (aprendera com Javé?!!!): “Pela vida de
Javé, (…) hoje
mesmo Adonias será morto.” (1Rs 2,24)
- Fácil, não é? Não é divino mas é… divinal! Haverá melhor maneira de
se
ficar livre de um concorrente do que simplesmente eliminá-lo,
matando-o?!
- E, não contente ou… não seguro no seu trono, mata também o chefe
do
exército, Joab, simpatizante de Adonias. “Mata-o e enterra-o!”
(1Rs 2,31) E
ainda Semei que, por ter infrigido um juramento, em nome
de Javé, mas, ao que
transparece do texto, sob coacção do próprio rei,
é por este mandado matar,
exclamando em delírio de morte: “E bendito
seja o rei Salomão e que o trono de
David permaneça diante de Javé para
sempre.” (1Rs 2,45)
- Que poderemos dizer deste início de reinado salomanesco tão cruelmente
ensanguentado? Como é possível que Javé não tenha logo ali escolhido
outro que
outro coração de bondade tivesse? Como? Mas não! Ouçam:
- “Entretanto, o povo oferecia sacrifícios (…) e Salomão ofereceu mil
holocaustos (…)” (1Rs 3,2-4) e Javé ficou tão “comovido” que deu a
Salomão tudo
quanto este lhe pedira e ainda mais do que lhe pedira!…
“Javé apareceu em
sonhos a Salomão. Deus disse-lhe: Pede. O
que
queres que te dê?” (1Rs 3,5) Com a humildade possível, em tais
ocasiões, Salomão tem aqui rasgos de grande inspiração: “Tu, Javé meu
Deus, fizeste reinar o teu servo em lugar de David, meu
pai. Eu sou
muito jovem e não sei como governar. (…) Ensina-me a ouvir, para
que saiba governar o teu povo e discernir entre o bem e o mal.” (…)
Agradou
ao Senhor que Salomão tivesse pedido estas coisas. Então, Deus
disse-lhe: Porque pediste isto e não vida longa nem
riquezas, nem a
morte dos teus inimigos, mas discernimento para ouvir e julgar,
farei o
que pediste. Dar-te-ei mente sábia e inteligente como ninguém teve antes
de ti e ninguém terá depois. Dar-te-ei também o que não pediste:
riqueza e fama de modo que não haverá nenhum rei que te iguale,
durante toda a tua vida. E… se observares os meus mandamentos,
conceder-te-ei vida longa.” (1Rs 3,7-13)
que pediste. Dar-te-ei mente sábia e inteligente como ninguém teve antes
de ti e ninguém terá depois. Dar-te-ei também o que não pediste:
riqueza e fama de modo que não haverá nenhum rei que te iguale,
durante toda a tua vida. E… se observares os meus mandamentos,
conceder-te-ei vida longa.” (1Rs 3,7-13)
- Tudo muito bonito ou… muito conforme à conveniência! Apenas duas
pertinentes perguntas: “Como aparece Javé em sonhos a um Salomão que
eliminara
- convenientemente! - três homens que lhe faziam sombra? E não
sabe a falsa
modéstia aquela de Salomão: «Eu sou muito jovem e não sei
como governar.»?”
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