Princípios
gerais aqui largamente defendidos e suficientemente provados:
1
– As religiões actualmente existentes foram todas inventadas pelos homens
(homens e não mulheres!).
2
– O Deus (ou deuses? - pois dificilmente o Javé judaico é o mesmo Pai de JC
cristão e/ou o mesmo Alá muçulmano) dessas religiões foi inventado à imagem e
semelhança do Homem, não podendo ser Infinito nem eterno.
3
– Não há nenhuma prova credível de que tenha havido qualquer revelação feita por
Deus aos Homens.
4
– O Deus infinito e eterno terá de ser o defendido por Espinoza e Einstein: O
TODO QUE É TUDO O EXISTENTE E NÃO EXISTENTE, VISÍVEL OU INVISÍVEL, CONTENDO
TODO O TEMPO E TODO O ESPAÇO E TUDO O QUE PERTENCE AO TEMPO E SE SITUA EM ALGUM
ESPAÇO.
5 - Os evangelhos, embora referindo dados históricos e realmente acontecidos, não são documentos históricos na sua totalidade, tendo sido escritos para suporte da religião nascente, baseada na figura carismática de Jesus, e tendo sido sujeitos a adulterações ao longo, pelo menos, dos três primeiros séculos (não temos originais, mas apenas cópias do séc. III). O caso mais flagrante é o evangelho de Mateus com os inúmeros milagres por ele inventados, absolutamente impossíveis de realização, quer na sua essência, quer na falta de repercussão que teriam tido, a serem verdadeiros, pelo mundo civilizacional de então.
O
mito da ressurreição, antes de chegar às religiões monoteístas, e mesmo
orientais, já vinha das culturas egípcia e fenícia e das tradições dos povos da
Mesopotâmia. Tal mito está profundamente ligado aos deuses que encarnavam o
ciclo vital da Natureza: morrer no Inverno para ressurgir em cada Primavera,
como símbolo da renovação e fertilidade. E tal encarnação era representada
pelos seus deuses: Isis e Osiris para o Egipto, Baal e Adonis para a Fenícia e
Mesopotâmia.
E
é interessante notar, por pouco conhecido, que a palavra ISRAEL se refere a uma
tríade sagrada ligada à vida: Is – deusa da terra e do amor, como princípio
feminino; Ra – deus do céu e da luz, como princípio masculino; El – deus da
vida e princípio criador.
Os
fundadores do cristianismo aproveitaram este mito pagão para nele integrarem a
figura que divinizaram e fizeram de Cristo: o judeu Jesus que se distinguiu
pela sua mensagem revolucionária, ao defender a fraternidade universal,
opondo-se aos fariseus e sumos- sacerdotes que viviam à custa do povo, vindo a
pagar com a morte tal ousadia.
Tudo
o que se seguiu, no campo, primeiro, cristão, depois, católico, ortodoxo e
protestante, foram invenções e “aperfeiçoamentos”, dando-se corpo a muitas criações
religiosas, criações essas que se foram tornando tradições ou a famosa TRADIÇÃO
que, para a Igreja Católica, é suficiente para decretar um dogma, tal como o da
Imaculada Conceição de Maria.
Posta
nos iis a parte religiosa da Páscoa, vamos à… VIDA! E esta Vida que tivemos o
privilégio de ter, o que importa é vivê-la em festa e aproveitar todos os
momentos que a sociedade onde nos inserimos nos oferece, para satisfazer tal
intento. Por isso, cantemos e dansemos, comamos e bebamos pois, só assim,
agradeceremos a Deus o dom que nos outorgou para dele usufruirmos tanto quanto
nos for possível.
Esta a verdadeira ressurreição: a Natureza em todo o seu esplendor!
UMA
PÁSCOA CHEIA DE ALEGRIA PARA TODOS! ALELUIA! ALELUIA! ALELUIA!
Para mais pormenores, remeto novamente para os meus textos - sempre curtos pois não quero abusar da paciência dos leitores - de final de Abril (1) e princípios de Maio (3), 2011, sobre o mito da ressurreição de Jesus a quem chamaram de Cristo. (Ver arquivo do blog).
ResponderEliminarNinguém pense que, por acérrimo lutador contra a inverdade das religiões, eu não gostaria de usufruir daquilo que as mesmas religiões apregoam: ressuscitar e aceder a uma vida eterna no Paraíso. Oh, se gostaria! Ser uma espécie de semireta, com um início no Tempo, perdendo-me na Eternidade... Emociono-me mesmo ao pensar em tal. Mas, como já aqui debatemos, a impossibilidade dessa realidade é avassaladora para a razão que não se deixa levar pela Fé, uma Fé que tem como suporte o Mistério de tudo o que afirma.
ResponderEliminarPoderei, para quem quiser, remeter para os textos já aqui produzidos sobre o assunto e que constam do Arquivo do blog. Em caso de dificuldade para encontrá-los, deixem mensagem.
BOAS FESTAS!
Bonitas Ilustraåões.
ResponderEliminarPor favor. retiri-as. Porque ão condizem com a Relidade de entãao.
Não quero o Cristo
Azulado dos azulejos
Não quero o Cristo
De vestes bordadas
E rosto rosado
Eu quero o Cristo
Com cara de homem
Barba esquálida
Eu quero o Cristo
Cheirando a suor
Percorrendo a pé descalço
Caminhos empoeirados
Da Palestina
Eu quero ser um
Com o Cristo real!
João Cardoso
Örebro, 13 de Outubro de 2002
Bonito, caro João! Mas que Cristo é esse com o qual você quer ser um: o Homem, filho do Homem ou o Filho de Deus encarnado em homem? Como creio que Jesus foi apenas um grande homem e que morreu pelas suas convicções e ideias, sendo Cristo porque assim o apelidaram, por interesse, os criadores da religião cristã, sobretudo Paulo, estou com você!
ResponderEliminarAs fotos das flores - de certeza que, naquele tempo (foi apenas há dois mil anos, o que é nada em relação ao Tempo universal...), havia primavera com árvores iguais ou semelhantes - são totalmente pertinentes, pois são o símbolo da ressurreição da Vida, a cada primavera!
ResponderEliminar