sábado, 15 de novembro de 2014

O poder da oração: rezar é muito bom e faz bem! (2/2)








Apenas mais umas pertinentes considerações sobre o rezar, dentro do espírito de honestidade intelectual que cultivamos:
1 - Quem se sentir confortável, rezando à Virgem e aos santos, não deixe de o fazer. O que é preciso é que se sinta bem consigo mesmo e a reza lhe traga paz e repouso para a sua alma…
2 – Já escrevemos aqui sobre os milagres, tanto os dos Evangelhos, aos quais voltaremos quando analisarmos criticamente o NT, como os realizados pelos santos que estão nos altares e por outros pretendentes a igual lugar. Obviamente, tudo falsidades: não há milagre algum em acontecimentos – sempre de curas inusitadas! – ainda inexplicáveis à luz da medicina actual. Mas desenganem-se de uma vez por todas: ponham um indivíduo sem pernas a pedir o milagre de as recuperar e vejam o que acontece! E se as suas orações não são suficientes, ponham o mundo inteiro cristão a pedir as pernas a Deus, por intercessão de todos os anjos e santos. Se mesmo assim, as pernas não lhe são restituídas, ali em carne e osso como as que tinha antes ou nunca tivera porque nascera assim, então, minhas senhoras e meus senhores crentes e mentores religiosos, as vossas orações não valem nada, são inúteis e os vossos milagres totalmente falsos e forjados! E, por favor, não argumentem que aquele homem não merece as pernas e que Deus nunca poderia atender tal pedido ou que tal pedido seria um desafio pecaminoso a Deus, seria tentar o próprio Deus a manifestar o seu poder. Sejamos todos, crentes e não crentes, intelectualmente honestos!
3 – Algumas orações são de bradar aos céus, pelo seu nonsense, nonsense a que os crentes são “obrigados”, ao debitá-las, quer em casa quer nas igrejas. Uma das mais caóticas é a que se reza no terço: “Ó meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do inferno e levai as almas todas para o céu, principalmente as que mais precisarem.” Primeiro: perdoai-nos o quê? Os pecados? – Ai o poder catárctico da confissão! Segundo: fogo do inferno, se não há inferno nem fogo e mesmo os teólogos afirmam unanimemente que se tratam apenas de estados de alma de gozo (céu) ou de sofrimento (inferno)? Então?!!! Terceiro, “levar as almas para o céu”? Quais almas? As que ainda estão no inventado purgatório, invenção medieval que tanto dinheiro rendeu aos cofres da Igreja? Quarto – cúmulo dos cúmulos: “principalmente, as que mais precisarem”. Pois, se as que mais precisam são certamente as que cometeram faltas mais graves – mas nunca pecados mortais, porque essas vão direitinhas para o inferno! – como têm muitos que intercedem por elas, libertar-se-ão mais depressa desse nonsense que é o purgatório; as outras, as que menos precisam, ficarão a penar mais um bocadinho, porque esquecidas nas orações dos fiéis… É fantástico o que estes eclesiásticos incutem na mente das pessoas crentes ou com fortes tendências para a crendice!
4 – Quando se reza por outrem, obviamente não se obterá o primeiro objectivo da oração que é o de aumentar a auto-estima e assim conseguir o que se deseja pelo seu esforço e empenho, embora pedindo-o em oração. Quando muito, poderá haver alguma telepatia energética que funcionará para seres muito próximos. No caso de, por exemplo, nas Filipinas se rezar pelo papa, obviamente que não há nenhuma hipótese de outorgar qualquer benefício ao papa. Apenas o que reza se sente reconfortado e mais em paz consigo, já que é crente, o que não é nada pouco, pensando e intercedendo pelo seu pastor longínquo…

Enfim, nunca se esqueçam: perante este e outros dilemas, o IMPORTANTE, NA VIDA, É SER-SE FELIZ e só é feliz quem está bem consigo e com os outros! Rezem, pois, se o rezar vos dá felicidade!

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