segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Ter ou não ter fé, “that’s the question”! (2/2)

A Virgem, embora figura simpaticamente maternal, carece também de realidade como figura ligada a um suposto Divino que, a um dado momento do tempo – apenas há c. de 2 mil anos, quando o Homem existe há mais de 4 milhões – se lembrou de descer do Céu à Terra – mísero e mesquinho planeta de uma estrela de tamanho médio, o Sol, estrela entre milhares de biliões de outras em milhares de biliões de Galáxias – com uma mensagem salvífica para o Homem, apresentando-lhe a forma de se libertar de um suposto pecado original, cometido por uns supostos Adão e Eva, num suposto Paraíso Perdido... Tanta suposição, santo Deus! Tanta imaginação! Tanta fantasia! E as perguntas contundentes impõem-se: “Como é possível fundamentar religiões em todas essas fantasias? E religiões em que milhões acreditam, sendo esses milhões seres inteligentes e racionais que não querem questionar, mas apenas... acreditar? E – mais escandaloso, mais perverso – haver mentores inteligentes, porque oportunistas, que preguem tais fantasias como se fossem verdades inquestionáveis?” Enfim, os anjos e santos! Aqueles são figuras simpáticas, mas, também para eles – sejam bons ou maus, sejam da guarda ou demónios, querubins ou serafins, voando pelos Céus, intermediadores entre o Divino e o Homem... – não existe qualquer credibilidade por não haver qualquer prova da sua existência. E, assim, ficamos, mais uma vez, no reino da fantasia! Os santos, alguns até são simpáticos pelo que deram à humanidade, pelo seu exemplo de dedicação aos outros. E nem queremos saber se foram motivados por um Céu inexistente, por um Além eterno de fantasia de um Jesus que um dia pensou que o Homem não deveria acabar com a morte e que deveria continuar a viver eternamente em algum lugar. E que lugar melhor do que um Paraíso de todas as delícias, no Reino de Deus, louvado continuamente pelos seus anjos, certamente criados para o louvarem e servirem? (Não sabemos servir o quê, se Ele, como Deus, de nada precisa! Ah, como não somos capazes, mesmo nas nossas toscas fantasias, de libertar-nos do conceito humano de um qualquer Rei com os seus vassalos, equivalendo Deus a esse Rei! E a Ele atribuimos honras de misericordioso, como o Deus-Pai de Jesus Cristo, ou de justiceiro e vingador como o Javé de Moisés ou o Alá de Maomé. Aliás, a mesma incongruência e falácia pregada pelas religiões mais recentes – Veja-se Fátima! – desagravá-lo das faltas cometidas pelos Homens, os chamados “pobres pecadores”... Que estultícia, santo Deus! Um Deus, Senhor do Universo, ser vilipendiado por um mísero e mesquinho ser, entre tantos outros que povoam o mesmo Universo, com maior ou menor grau de inteligência, ser a que se chama Homem! Que estultícia!) A conclusão que se nos oferece, por mais que dissequemos estas “verdades inquestionáveis” – mas que são “verdades” que comandam ainda os destinos do mundo, directa ou indirectamente – é sempre a mesma: cada um acredite no que lhe der mais jeito à felicidade da vida. Se é mais feliz, acreditando, então que acredite e nada questione para não perder a fé! É que ser feliz é a única coisa que importa na vida, este dom divino – não nos cansamos de repetir – único e irrepetível! Aliás, a única verdade inquestionável que nos assiste: VIVEMOS!

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