À
procura da Verdade nas Cartas – 429/?
– Perceberam? -
Nós, não! Ou é tão óbvio que nem merece comentário: se é luz não é trevas!... E
depois, aquela certeza de que é Deus que lhe está a revelar tal frase que não
se entende é tão, tão… difícil de acreditar!… Pois para que quer Deus confundir
quem dizem que quer salvar? Seria fazer estúpido Deus!…
– “Jesus Cristo é
a vítima de expiação pelos nossos pecados; e não só pelos nossos, mas também
pelos pecados do mundo inteiro. (…) Os vossos pecados foram perdoados pelo
poder do Nome de Jesus. (…) Vós vencestes o Maligno. Não ameis o mundo (…) pois
tudo o que há no mundo - baixos apetites, olhos insaciáveis, ganância das
riquezas - são coisas que não vêm do Pai mas do mundo.” (1Jo 2,2-16)
– Repete Paulo,
também sem nos convencer… E volta a mencionar o Diabo, sem qualquer prova de
que exista. Afirma simplesmente. Fácil, não é?!…
E… o mundo! Também do agrado de Jesus
Cristo: “Eu venci o mundo… O meu Reino não é deste mundo…” Mas… o mundo não
somos todos nós com as nossas virtudes, os nossos defeitos, os nossos desejos e
a nossa alma que os controla? Ou o mundo são os nossos baixos apetites que nos
levam aos ditos nossos “pecados”, a nossa consciência do mal, o… Maligno?
Tudo bem! Problema é saber o que afinal nós
somos… Só a metade que não é corpo de apetites, nem alma de desejos, nem sentimentos de ambições? Afinal, quem somos nós em ordem à salvação eterna pregada por
estes ditos iluminados de Deus? Melhor: que credibilidade merecem estes
pregadores de uma vida eterna fantasiada e nunca provada como existente?
– “Já chegou a
última hora. Vede quantos anticristos já vieram! Daí reconhecemos que a última
hora já chegou.” (1Jo 2,18
– Também João!… Depois de Paulo, Pedro e o próprio Jesus Cristo. E, afinal, a última hora não chegou! Também pediríamos a João que viesse cá abaixo,
lá do lugar onde certamente se encontra nos etéreos Céus, para nos dizer se
afinal enganou ou não os seus fiéis. Mas… como nem Deus parece ser capaz de
fazer tal milagre… quanto mais João, mísero ser humano, como todos nós…
E deveríamos
ser, de uma vez por todas, intelectualmente honestos: Se os ditos que estão no Céu não conseguem vir cá à
Terra e mostrarem-se aos humanos como existentes, como querem que os humanos
acreditem que eles ainda existem e estão nesses Céus? Como?
Enfim, nós que escrevemos e que analisamos criticamente estes textos ditos inspirados por Deus, tentamos ser intelectualmente honestos. Parece-nos que todos os outros - crentes e pregadores destas inacreditáveis crenças - é que o não são!
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