quinta-feira, 22 de maio de 2025

A realidade que percepcionamos

 O que o nosso cérebro consegue alcançar

     Embora as nossas capacidades intelectuais sejam muito limitadas, mesmo com os milhares de milhões de neurónios em actividade, podemos “olhar” para a realidade em que nos movemos - a realidade que percepcionamos através dos nossos sentidos - e fazer alguns raciocínios lógico-dedutivos. Isto, quer partamos do átomo para o Universo, quer invertamos a situação e formos do macro para o micro.

    Do muito pouco que já conhecemos da Terra e, sobretudo, do Universo visível, podemos afirmar, embora sem qualquer suporte científico, que:

1 – O Espaço é eterno e infinito

2 – Este Universo visível – embora na sua grandíssimaa parte invisível já que feito de matéria escura, 95% – será apenas um “peão de matéria e energia” no Espaço Infinito, desconhecendo nós totalmente quantos universos povoam esse mesmo Espaço onde todo o existente se situa e evolui. Atentemos por momentos na colossal grandeza deste Universo: os milhares de milhões de estrelas, os milhares de milhões de galáxias e todos os astros que já conseguimos “ver” no CÉU, representam apenas 5%. É de fazer perder a cabeça a qualquer cientista…

3 – Tudo o que é matéria-energia será eterno, embora não infinito, porque tem princípio e fim nalgum lugar desse Espaço, qualquer que seja a sua forma ou conteúdo ou grandeza.

4 – Como se constata que NADA está parado e que tudo está em transformação, deduz-se facilmente que o movimento é próprio da matéria-energia, presumindo-se que seja eterno como eterna é a mesma matéria-energia, não tendo começado porque sempre existiu.

5 – O Tempo é uma categoria inerente ao próprio movimento da mutação contínua em que se encontra a matéria-energia: há tempo porque as transformações começam e acabam, criando a todo o momento novas formas, mesmo que sejam apenas diferentes do segundo anterior, em micropartículas.

Escolhamos o Homem como exemplo: é concebido, nasce, cresce, vive e morre. Neste preciso momento, eu sou A e no momento seguinte já serei B, sejam embora imperceptíveis as mudanças alteradas. Mas sempre caminhando de um ponto X (concepção e nascimento) para um ponto Y (fim e morte), retornando, então, aos átomos e moléculas primitivos ou iniciais, átomos e moléculas que irão integrar um novo ser, seja animado ou inanimado.

    De qualquer objecto ou ser perceptível aos nossos sentidos se poderá dizer o mesmo: sempre em movimento, sempre em transformação, indo de um ponto para outro. E a isso chamamos o “seu tempo”. E isto, do átomo às estrelas – que também têm o seu tempo, pois começam e acabam – a este Universo visível e de que viemos a fazer parte, vindo à VIDA, aos incontáveis Universos que povoarão o Espaço Infinito, constituídos de uma matéria-energia eterna mas que, desde sempre e para sempre, estará em perpétuo movimento ou transformação.

    O que Lavoisier dizia em relação aos elementos da Terra: “Nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”, dir-se-á com igual propriedade a tudo o existente por esse Espaço que é Infinito (não tem princípio nem fim) e eterno (existiu desde sempre e existirá para sempre)

    Esta a nossa visão da REALIDADE de que fazemos parte, nós que somos apenas uma faísca de luz que apareceu no Tempo e que irá desaparecer sem deixar qualquer rasto neste querido, fantástico, misterioso Universo que nos deu VIDA, quando o “nosso tempo” se acabar… 

Para sempre! For ever! Ad aeternum!

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