À procura da VERDADE nos Evangelhos
Evangelho segundo S. JOÃO – 72/?
Mas também o que é certo é
que não apareceu, ressuscitado, a multidões como nós teríamos feito, para
darmos credibilidade urbi et orbi à
nossa RESSURREIÇÃO… Ora, se ele não deu credibilidade à sua ressurreição, como
e porquê deveremos acreditar nela?!
De qualquer modo, assim foi
feita a História que temos e à qual já não podemos fugir e que não podemos
alterar, nem o próprio Deus… O que está feito, está feito!… Mas podemos/devemos ir à
procura da “verdadeira” Verdade, para não sermos enganados, sejam ou não boas as intenções dos que nos enganam ou tentam enganar!
Como consequência, aí temos
um Jesus, consciente ou não do que “Lhe” aconteceria no futuro, nestes dois mil
anos após a sua paixão, morte e suposta ressurreição, um Jesus super-star de cinema, pregado nas cruzes
das inúmeras igrejas no mundo inteiro, promotor de guerras políticas e
religiosas, no seio dos seus próprios crentes, pintado nas duas faces de Deus e Homem, na Terra e no Céu, motor de uma
civilização dita de grandes valores, cantado por músicos com as mais belas
músicas já alguma vez construídas e inspiradas aos génios musicais da Terra…
desde o belo e suave canto gregoriano, aos conjuntos musicais em missas com os
kyries, glorias, credos, sanctus, agnus Dei, aos requiems, aos alleluias, aos
recitativos e admiráveis corais, em obras sobre a paixão…
… Não falando em
representações - pinturas ou estatuária - do Céu e do Inferno, dos Anjos e dos
Demónios, dos santos de todos os tempos e lugares e sobretudo da… Virgem Maria
que, se durante a vida de Jesus, pouca atenção mereceu da parte dele, não nos
dando os evangelhos “boas” notícias a tal respeito, o povo, os crentes, os
cristãos todos colmataram tal lacuna de Jesus, dando a Maria um lugar, no
coração dos fiéis e nas igrejas muitas vezes parecendo bem mais importante do
que é dado ao próprio Jesus que continua quase sempre ali crucificado,
doloroso, amachucado, castigado, embora vítima inocente e condenado sem culpa
alguma…
Maria aparece em apoteose em
anunciação do anjo, grávida de Jesus, parturiente, mãe ali no presépio… Ah, o
presépio, como faz as delícias, como fez as delícias dos nossos sonhos de
criança!… Que músicas, que festas, que beijinhos naquele pezinho frio da imagem
do Menino, tirado da manjedoira, aquecido pelo bafo da vaca e do jumento,
aclamado por anjos e pastores, adorado pelos reis Magos, estando discretamente
presente o bom do S. José!…
(Continuaremos a falar de José e Maria, no próximo
texto)
Jesus também não aparece, ressuscitado, a sua mãe, Maria. Claro que era muito mais importante, para cumprir a sua suposta missão de salvar a humanidade, prometendo-lhe a vida eterna no Céu ou no Inferno, que aparecesse às várias gentes que o conheceram como homem e pregador, mas aparecer a sua mãe só lhe ficaria bem, como filho exemplar...
ResponderEliminarEnfim, é preciso ter muita fé emocional para acreditar em tudo o que a religião cristã e seus arautos (que dela e com ela vivem!) dizem ser verdade ou a VERDADE!