À procura da VERDADE nos Evangelhos
Evangelho segundo
S. JOÃO – 5/?
“«Fica sabendo que ninguém
pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo. (…) Só quem nascer da água e do
Espírito é que pode entrar no Reino de Deus. Quem nasce de pais humanos é
apenas humano, quem nasce do Espírito é espírito. Não te admires por Eu te dizer
que todos devem nascer de novo. (…) Repara bem no que te vou dizer: quando
falamos é porque sabemos e quando afirmamos qualquer coisa é porque vimos, mas
vós não quereis aceitar o que Eu digo. Se não acreditais quando vos falo das
coisas deste mundo, como podeis acreditar quando vos falo das do Céu? Ninguém
subiu ao Céu a não ser o Filho do Homem que desceu do Céu. Assim como Moisés
levantou a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do Homem
seja levantado para que todo aquele que acreditar nele tenha a vida eterna.
Deus amou de tal modo a humanidade que lhe entregou o seu Filho único, para que
todo aquele que creditar nele, não se perca mas tenha a vida eterna. Não foi
para condenar o mundo que Deus lhe enviou o seu Filho mas sim para o salvar.
Quem acreditar nele não é condenado, mas o que não acredita já está condenado,
por não querer acreditar no Filho único de Deus. A condenação consiste nisto:
Deus enviou a luz ao mundo, mas os Homens preferiram as trevas à luz porque as
suas obras eram más. Os que fazem o mal detestam a luz e fogem dela para que as
suas más obras não sejam descobertas. Mas os que agem conforme a verdade,
aproximam-se da luz, mostrando publicamente que as suas obras foram feitas
segundo a vontade de Deus.»” (Jo 3,3-21)
– E lemos e relemos estas
“longas” palavras e… continuamos, tal como Nicodemos, sem entender… Continuamos
sem saber o que é realmente o Reino de Deus. Nascer de novo, para uma vida
nova, mais perfeita, entende-se; já não se entende é o que é nascer da água e
do Espírito. Apesar de admoestado, acreditamos nas boas intenções de Nicodemos
e no seu querer compreender Jesus. Nós de certeza que queríamos aceitar o que
Ele diz mas… compreendendo. Se Jesus fala por enigmas como quer que O
aceitemos? Como quer que O entendamos?
Pois… o que são realmente “as
coisas do Céu”? Ou… o que é realmente o Céu?
E o que é o Filho do Homem
descer do Céu e subir ao Céu? Onde é esse Céu donde se desce e aonde se sobe?
Mais: para quê a comparação
com a serpente que Moisés levantou no deserto? O Filho do Homem precisa de ser
levantado… Como? O que é “ser levantado”? E sendo levantado, as pessoas
acreditam nele e têm a vida eterna? Então, basta acreditar para ter a vida
eterna? O que é realmente acreditar em Jesus Cristo? É acreditar na sua
mensagem que afinal não passa de amar o próximo em fraternidade universal, e
que, bela embora, não passa além da Terra, ficando bem longe do inexistente Céu?
Ou… o que é realmente a vida
eterna? Alguma vez Jesus no-lo explicou? No-lo disse claramente? Como quer que
acreditemos sem… ver, nem entender, nem…? É que afirma que há Céu… que há vida
eterna… que há Deus… que há um Filho do Homem – que o mesmo é dizer Filho de
Deus, Filho Único de Deus – como verdade absoluta e inalterável e indiscutível,
quando nunca apresenta fundamentos para que tais verdades sejam absolutas,
inalteráveis, indiscutíveis…. É nitidamente um “dixit” de… Fé! Portanto, sem qualquer valor!
E nós bem queríamos acreditar
nesse Filho único de Deus, não só para não sermos condenados mas para O
apregoarmos por toda a parte, levando à salvação todos os que connosco
partilhassem dúvidas… Mas, não vemos como tal seja possível, se nós que
queríamos tanto acreditar não o conseguimos por falta de provas da Verdade
anunciada.
É portanto uma injustiça
inaceitável por parte de um Deus justo, se formos condenados por aqui
publicamente declararmos que não entendemos tantas palavras enigmáticas, nem
entendemos porque é que estas palavras são enigmáticas quando deveriam ser
claras como a luz, para que todos vissem claramente a salvação e não tivessem
de se socorrer de interpretações de “sábios” analistas que, cheios de dúvidas
também eles, pouco ou nada acrescentam às nossas…
Todos nós entendemos o que é
fazer o mal e o que é fazer o bem… Ao nível do humano, está claro!… Mas… o que
é agir conforme a Verdade? Que verdade? E o que é agir realmente conforme a
vontade de Deus? O que é a vontade de Deus? Alguém poderá ir além do “ajudar o
seu irmão necessitado”?
Enfim, não deixa de ser uma
afirmação, por não provada, sem qualquer valor, palavras apenas e sem sentido
verosímil: “Deus amou de tal modo a humanidade que lhe entregou o seu Filho
único, para que todo aquele que creditar nele, não se perca mas tenha a vida
eterna.”
E já nos vamos enfadonhamente
repetindo…
Hoje, 3 de Junho, Dia do Corpo de Deus! Ora aqui está uma expressão totalmente contrária à Teologia: Deus, pela sua própria natureza não tem corpo. A invenção da Eucaristia, reduzindo Deus - ou "o Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo", como se reza nas missas - a um pouco de pão e um pouco de vinho sobre os quais o padre, do alto do seu poder sacerdotal - poder dado pelo seu bispo que o ordenou, não sabendo nós com que credibilidade - disse as mágicas palavras "Isto é o meu corpo... Isto é o meu sangue..." é uma daquelas invenções que só convence quem não analisa criticamente todo o mistério que se criou à volta da última Ceia de Jesus com os seus discípulos. Todo o humano dessa Ceia de despedida foi transformado pelos inventores do cristianismo numa das suas chaves-mestras: a Eucaristia, dando às palavras de Jesus um significado e uma força que nunca tiveram nem poderiam ter, querendo convencer os crentes de que Jesus era realmente divino, o Filho de Deus. Obviamente, uma falácia!
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