À procura da VERDADE nos
Evangelhos
Evangelho segundo S. MATEUS
– 69/?
– “Antes de o galo cantar, negar-Me-ás três vezes.” (Mt
26,75)
– E assim aconteceu. Uma profecia a realizar-se poucas horas
depois! Então, aceitemos que Cristo era realmente um profeta. Sem mais
perguntas, pois continuam a faltar-nos as necessárias certezas absolutas…
– “Judas, o traidor, foi entregar as trinta moedas de prata
(…) dizendo: «Pequei ao entregar um inocente à morte.» (…) e foi-se enforcar.
(…) Assim se cumpriram as palavras do profeta Jeremias (…).” (Mt 27,3-9)
– Que omnipotência esta a das Escrituras, omnipresentes no
desenrolar da história: teve de haver um traidor e, mesmo arrependido, teve de
ir enforcar-se para… cumprir as Escrituras!
Note-se bem que as chamadas Sagradas Escrituras (Antigo Testamento)
foram escritas, ao longo de um milénio por elementos provindos da classe
sacerdotal judaica, inspiradas no sangue dos holocaustos impostos pelos
sacerdotes ao povo, em honra de Javé, no culto do Templo! Sangue, nas mortandades
sem contemplação dos vencidos, pois os vencedores tudo passavam ao fio da
espada, homens, mulheres, crianças e… animais! Sangue agora no Novo Testamento
e de quem? Primeiro do traidor… depois, do traído… o próprio Filho de Deus,
para quem parecem ter sido escritas… Não é abominável? Não nos abalam na Fé em
vez de nela nos consolidarem? Não são diabólicas em vez de sagradas?!…
– “«Tu és o Rei dos Judeus?» Jesus respondeu: «Tu o dizes.»
(…) Todo o povo respondeu: «Que o seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos
descendentes!»” (Mt 27,11 e 25)
– Que insensatos! Como é possível que o mesmo povo que O
aclamou em Hossanas à sua chegada a Jerusalém, reclame agora o seu sangue! Mas –
a fazer fé na narrativa – foi o que aconteceu. Assim sendo, afigura-se nítida a
manipulação das massas feita pelos intrigantes sacerdotes, escribas e fariseus…
No entanto, – analisando a História – até parece que o povo
judeu está cumprindo esta maldição de sangue pois, desde essa altura, nunca
tiveram nem paz, nem pátria, nem Terra Prometida, tendo-se dispersado pelo
mundo após a destruição de Jerusalém pelos romanos no ano 70, e que carregarão através
dos tempos o enorme pecado de terem condenado injustamente um Cristo em que não
acreditaram, flagelando-o, crucificando-o…
Pode perguntar-se se os judeus de hoje lá tivessem estado,
acaso teriam condenado Jesus ou teriam sido tocados pelos seus milagres. E em
vez de o matarem, se teriam insurgido contra os sacerdotes e anciãos do povo
que exploravam esse mesmo povo, no corpo e na alma. Mas não! É que, se tal acontecesse,
não se cumpririam as “sagradas” – ou malditas? – Escrituras!
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