À procura da VERDADE nos
Evangelhos
Evangelho segundo S. MATEUS
– 68/?
– Realmente, as Escrituras parecem estar acima do Filho de
Deus! Parecem estar acima do próprio Deus-Pai que as não pôde abolir, após
tê-las inspirado ao autor sagrado, e assim salvar o seu Filho muito amado!…
É que - Absurdo dos absurdos!… - Jesus não pediu socorro ao
Pai porque “tinha” de cumprir as Escrituras! Totalmente incompreensível!
E novamente os anjos que, embora simpáticos, não deixam de
nos criar perplexidade, pois continuamos sem saber que tipo de criaturas são e
qual a sua função no… Céu. A linguagem de “legiões” faz-nos lembrar um exército
em ordem de batalha…, exército que existirá no Céu imaginado por Jesus. Mas, meu
Deus, que terão os anjos de defender no Céu? A quem? Porquê?
A confusão aumenta ao pensarmos que tudo isto se está
passando ao nível do divino!…
É! Quem serão realmente os anjos? Que poderes terão ou… não
terão? Não bastaria um só anjo de Deus para desbaratar todo um exército da
Terra? Que podem os poderes terrenais contra os poderes divinos?
Uma última curiosa pergunta: “Porque se lembrou Jesus do
número “doze”? Porque não dez ou seis ou… apenas uma legião de anjos?…”
– “Então, o chefe dos sacerdotes disse-Lhe: «Eu Te conjuro
pelo Deus vivo que nos digas se Tu és o Messias, o Filho de Deus.» Jesus
respondeu: «É como acabaste de dizer. Além disso, Eu digo-vos: de agora em
diante vereis o Filho do Homem sentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre
as nuvens do Céu.»” (Mt 26,63-64)
– A afirmação de ser o Messias é inequívoca. De ser o Filho
de Deus, também. Aliás Marcos é mais explícito. À mesma pergunta, Jesus
respondeu: “Sim, sou Eu.” (Mc 14,62). Já fica na neblina do mistério a sua
vinda sobre as nuvens do Céu e o estar sentado à direita do Todo-Poderoso…,
lembrando-nos um Céu físico com um trono onde Deus estará sentado rodeado de
santos e anjos. Obviamente, uma total efabulação de Jesus, Jesus que certamente
estaria convencido de que era o Messias e que nele se cumpririam as Escrituras.
– Os sumos-sacerdotes não só não acreditaram n'Ele como, rasgando
as vestes, O condenaram à morte, por blasfémia: “Blasfemou!” (Mt 26,65)
E nós? Temos alguma razão para acreditar? – Não! Absolutamente
nenhuma!
Brincando, diríamos que Deus criou um Homem que Lhe
“complicou tanto a vida” que teve de enviar profetas, inspirar Escrituras,
sacrificar o próprio Filho, o Cristo, o Messias prometido, o Salvador, em que
só uma pequena parte da humanidade acredita, apesar de 2000 anos decorridos
após a sua morte de salvação e a sua mensagem de ressurreição… E isto porque o
criou com a liberdade de escolha de fazer o bem ou o mal.
Ora, teria sido muito mais simples se Deus tivesse feito de
outro modo! O Homem era criado mas sem liberdade de escolha… Seria totalmente
feliz, sem pecado e… sem sofrimento. Multiplicava-se e enchia a Terra e todos
os planetas habitáveis no Universo. Morrendo, iria para o Céu, logo ali ao
lado, onde continuaria feliz para sempre!
Assim, nem seria preciso expulsão do paraíso, nem diabos,
nem inferno, nem gerar na dor, nem comer o pão com o suor do rosto, nem umas
Escrituras anunciando um Messias, um Salvador…, nem escravatura, nem
cativeiros, nem - cúmulo dos cúmulos - um Jesus, um Filho de Deus a sofrer
suores de sangue, para cumprir aquelas Escrituras…
Então, porque não fez Deus deste modo, que era muito melhor
para todos, incluindo o seu próprio Filho?
Enfim, aceitar um Filho de Deus a vir à Terra num dado tempo
- há dois mil anos - para cumprir umas Escrituras escritas umas centenas de
anos antes, é apoucar tanto a Ciência e o conhecimento que temos do Homem, da
Terra e do Universo,… que custa mesmo acreditar em tal Filho de Deus! (Isto, além de apoucar o próprio Deus - Inteligência Suprema - que congeminou toda esta trama...)
É que - já o sabemos - o Homem tem os seus quatro milhões de
anos, a Terra, os seus cerca de cinco mil milhões e o Universo observável, do
qual conhecemos ainda tão pouco, cerca de quinze mil milhões, não sabendo nós
nem o antes nem o depois…
No entanto, não há dúvida de que, sobre o Além e a esperança
na vida eterna post-mortem, nada mais
nos resta do que a Bíblia e a mensagem do seu Cristo chagado e… ressuscitado!
Comentário:
ResponderEliminarTais dados acerca do Homem, da Terra e do Universo, levam-nos à pergunta para a qual nenhum cristão – leigo ou teólogo – tem resposta: “Então, o Homem/hominídeo existe há cerca de 4 milhões, o sapiens-sapiens há cerca de 50 mil, e só agora, há 2 mil anos, é que Deus se lembra de enviar o seu Filho para salvar a Humanidade?”
O cristianismo é mesmo uma história realmente muito mal contada/arquitectada, nascida no seio judaico, numa época em que, nesse seio, proliferavam seitas, como os zelotas, os essénios, os fariseus! Só me pergunto como é que há tantos crentes que acreditam em tamanho nonsense, em tamanha invenção, em tamanha inverdade afirmada como VERDADE! Alguém consegue entender?