sábado, 21 de dezembro de 2019

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 249/?


À procura da VERDADE nos Evangelhos

Evangelho segundo S. MATEUS – 45/?

– “Não desprezem nem um só destes pequeninos! Pois declaro-vos que os anjos deles, lá no Céu, estão sempre na presença de meu Pai celestial.” (Mt 18,10)
– Ora bem, quem maltrata crianças são os pedófilos, alguns pais bêbedos e renegados, alguns oportunistas perversos que não se importam de lucrar com mercancia de jovem carne humana. Todos estes bem merecem o fogo do inferno nesta e na outra vida! Mas… sejamos justos! Como qualquer pecador no tempo e na Terra, eles não podem pagar com castigo eterno pecado aqui cometido! Por muito grande que tenha sido!… Digamos – “brincando com o fogo do Inferno…” – uma labareda de fogo infernal por cada açoite ou mau-trato infligido injustamente a uma criança; mil labaredas bem quentes até lhes queimar bem aquele “corpinho”, sobretudo o órgão prevaricador, aos violadores!... Depois, pena cumprida, seriam restituídos à paz do Céu. É que são Homens, caramba! Não são Deus nem deuses! Têm por isso direito a errar, embora tenham de pagar pelos erros cometidos. É assim a justiça humana. Não será ainda mais a justiça divina?! Isto, obviamente, baseados no Inferno proposto, lá mais atrás, por Jesus…
– E que dizer dos anjos de cada criança? Também nós teremos um anjo? Onde estará o anjo da criança que um dia fomos?
Mas… o que estarão a fazer na presença do Pai celestial? Não serão necessários cá na Terra junto de cada criança para as protegerem contra os seus agressores? E se há tantas crianças maltratadas, onde estão os seus anjos que as não protegem? Já estarão estas crianças a sofrer para desconto dos seus pecados futuros, como muitos ensinam, e assim, mais facilmente alcançarem a vida eterna?
– Os anjos… Não sabemos se os poderemos considerar simbólicos se reais. Então, demos largas ao nosso imaginário, inspirando-nos também no A.T:
Um céu!… Uma vastidão imensa, circundada por montanhas de diáfano azul, perdendo-se em nevoeirentos horizontes… Verdes recantos paradisíacos perdidos por aqui, por além, em catadupas de cascatas e de flores… E… os anjos! Miríades de anjos por toda a parte, de longas vestes brancas, brilhantes, de olhos sempre postos no trono, com asas voando!… E nesse trono, majestático, sublime, omnipotente… Deus! O Deus eterno! O Deus dos exércitos! O Deus dos anjos, dos santos e… dos demónios! Deus!… À sua direita, os anjos e santos preferidos (pois, que este Deus também tem preferências…), fazendo-Lhe guarda de honra - embora não precise de guarda nenhuma, é tudo a fingir, só no faz-de-conta como nas brincadeiras de criança… E multidões de outros anjos e de todos os eleitos que já partiram da terrena vida e que alcançaram a eterna, cantando Hossanas, em coros celestiais, todos afinadíssimos - que outra coisa não seria de esperar da perfeição celestial, pois isso de desafinar é só para os terrestres - e louvando e tocando em arpas, flautas e violinos celestiais, que só se ouvem conforme os ouvidos quiserem ouvir, bem em hard rock para os mais jovens, suaves melodias para outros de ouvidos mais sensíveis e delicados, estridentes uns, suaves outros como convém aos mais contidos, que no céu também deve haver diferenças de sentidos e de sentires, de caracteres, de modos de se emocionar - se é que há lugar para as emoções, quem o saberá?… Uns servindo a Deus divinos manjares (sim, que este Deus também se alimenta…) em taças de jade, cristal ou alabastro, outros fazendo vénias em permanência, outros ocupando-se em apanhar as gotas de néctar que poderão cair da boca de Deus - tem de ter boca não é?!… E também terá sede e fome e corpo, como qualquer anjo ou santo, embora tudo a fingir, no faz-de-conta, porque tudo tem de ser glorioso e imaterial, etéreo, diáfano… Ai, isto é tudo tão confuso, tão nonsense, tão impossível de ser real embora tão fácil de imaginar, tornando-nos ridículos a nós e ao Céu e a Deus, e aos anjos e aos cânticos e a toda a realidade celestial!… Exactamente porque a quisemos “inventar” à imagem e semelhança do Homem… Só por isso!
– Desculpem! Exagerámos propositadamente. Foi a este cenário fantasmagórico que fomos levados pelas palavras do mesmo simpático Jesus, assim apresentado pelos evangelhos onde se baseiam as religiões cristãs.

1 comentário: