sexta-feira, 21 de junho de 2019

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Novo Testamento (NT) - 222/?


À procura da VERDADE nos Evangelhos

Evangelho segundo S. MATEUS – 18/?

– “Aquele que der testemunho de Mim diante dos Homens, também Eu darei testemunho dele diante de meu Pai que está no Céu. Aquele porém que Me renegar perante os Homens, também Eu o renegarei diante do meu Pai que está no Céu.” (Mt 10, 32-33)
– É a força da palavra de Cristo! Palavra que aqui lembra um pouco o “Olho por olho, dente por dente”, já abolido por Ele em Mt 5,38.
O problema é que se renegarmos, nós renegamos na Terra, no tempo… Cristo renegar-nos-á no Céu, na… eternidade! Como será isso? Com que justiça?!
E nós aqui, que procuramos apenas a VERDADE, dando ao mesmo tempo testemunho dele e questionando-O, seremos renegados ou testemunhados por Jesus junto do Pai que está no Céu?… (Nem já perguntamos, para não nos repetirmos: “Que Pai?”, “Que Céu?”)
– Aparece agora um texto, talvez o mais terrível, de Jesus. Permitam-nos que nos alonguemos: “Não penseis que vim trazer a paz à Terra. Não vim trazer a paz mas a guerra. De facto, vim trazer a divisão entre o filho e o seu pai, a filha e sua mãe, a nora e a sua sogra: os inimigos de uma pessoa serão os da sua própria família. Quem ama o pai ou a mãe (…), o filho ou a filha mais do que a Mim, não é digno de Mim. Quem não toma a sua cruz e Me segue não é digno de Mim. Quem procura conservar a própria vida vai perdê-la e quem perde a sua vida por causa de Mim, vai encontrá-la.” (Mt 10, 34-39)
– Não! – dirão muitos. É tudo simbólico: apenas que na própria família, uns aceitarão a sua mensagem, outros não… Mas nem é esse o problema maior. O problema maior é saber o que é realmente amar Jesus no dia-a-dia; é saber qual é a nossa cruz e, com ela, seguir Jesus; saber o que é perder a nossa vida por causa dele, para a encontrar… É: Jesus deveria ter-se explicado melhor para que toda a gente o entendesse. Toda a gente! Assim, fica para ali um emaranhado de palavras sem… sentido. Palavras que afastam os não-crentes de quererem seguir Jesus e acreditar no seu Pai e no seu Céu…
Ah, se conseguíssemos acreditar que há realmente um Céu, quem não daria esta vida terrena, tão curta, tão efémera, dure cem ou duzentos anos, por toda uma eternidade nesse Céu? Quem não sofreria tudo o que é humanamente possível para alcançar tal vida? Quem? Nem seria necessário um Jesus Cristo tão ameaçador e tão terno, tão sofredor e tão convicto de tudo o que afirma acerca de Deus-Pai, do Céu onde Ele está, do inferno para onde vão todos os que não aceitarem a sua mensagem, da ressurreição do corpo e da alma para uma eterna felicidade ou uma eterna condenação!…
Ah, se conseguíssemos acreditar… É que nós queríamos ser “dignos de Cristo”! Nós queríamos perder esta vida para alcançar a eterna por ele prometida! Nós… queríamos! Mas…
E ainda perguntaríamos, indignados com Jesus: “Porque também aqui falar em guerra quando já temos tantas, pela maldade dos Homens?”
– “Os cegos vêem, os coxos andam, os que têm lepra são curados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados.” (Mt 11,5)
Tudo muito bem (embora sejam mais milagres inventados por Mateus…) Mas… porque só “aos pobres é anunciada a Boa Nova” (Mt 11,5) e não a todos? Quem afinal são os “pobres” de Jesus Cristo? Porque fala Jesus tanto por enigmas?
E, aqui, Mateus esqueceu-se de fundamentar-se com Isaías 35,5-6: “Então, os olhos dos cegos vão abrir-se e abrir-se-ão também os ouvidos dos surdos; o coxo saltará como um veado e a língua do mudo dará gritos de alegria, porque jorrarão águas no deserto e rios na terra seca.”!…
Ah, bendita utopia! Ah, como é bom sonhar com uma eternidade num Paraíso de delícias!...


2 comentários:

  1. Dia 20, dia do CORPO DE DEUS! A expressão é, no mínimo, um contra-senso: Deus, puro espírito, não tem corpo. Claro que este "Corpo de Deus" se refere à chamada divina eucaristia, supostamente instituída por JC, na última ceia, com o partir do pão e o "Fazei isto em memória de mim". Mas quanto de invenção, de mistificação e do forçar das situações tal suposta instituição encerra! Lá jantar com os amigos, lembrando aquela última ceia de JC, ceia dramática pelos acontecimentos subsequentes, é uma coisa. Agora, deduzir das palavras de JC - tê-las-á dito?! - que aquele pão e aquele vinho são o seu verdadeiro corpo e sangue - como se ensina na catequese e se prega nas missas, é um completo devaneio dos mentores da religião cristã, sem qualquer fundo credível. Mas é bonito, sentimental e emotivo, comungar na missa, pensando que se está a receber esse corpo e esse sangue, certamente espirituais e de memorial. É bonito, sim senhor! E alimenta a Fé! Boa "jogada" dos príncipes da Igreja!

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  2. A propósito deste seu comentário, acerca da Eucaristia, que está na linha do seu ateiismo/agnosticismo ou o que seja, veja o link abaixo.
    https://www.youtube.com/watch?v=qoeBaxjhp08

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