À procura da VERDADE nos
Evangelhos
Evangelho segundo S. MATEUS
– 17/?
– E sempre há um dia do juízo ou do julgamento, largamente
anunciado no A.T., sendo então chamado de “Dia de Javé”!… Que dia é este
realmente? Onde, como e quando será tal julgamento? No fim dos tempos? - Que
tempos? No céu? - Que céu? Pelo Filho do Homem? - Que certezas poderemos ter de
tal acontecimento, se nada sabemos dos humanos que morreram antes de Cristo - e foram muitos durante
muitos milhares de anos! - e depois de Cristo, nestes dois mil anos que nos
separam dele?
É mais uma afirmação de Jesus que apenas tem a sua palavra
como garantia de verdade…
Claro, se fosse realmente Filho de Deus até acreditávamos. Mas…
De qualquer modo, tal juízo é demasiado severo e bem contrário ao espírito de
compreensão que a mensagem de amor do mesmo Jesus fazia supor… Isto, embora possa
haver amor, misericórdia, compaixão, compreensão, obviamente para os que, na
vida, usaram de amor, compaixão, misericórdia. Os outros…
– Quer dizer, mais uma vez, que o corpo e a alma poderão ir
para o inferno. E mais uma vez a ideia da ressurreição da carne! Como, quando e
onde, nada se diz…
E nós, por aqui, a ter dúvidas da ressurreição ou da imortalidade
da alma quanto mais da imortalidade do corpo que lhe será dada pela
ressurreição para a vida eterna!…
E o inferno? Já alguma vez Cristo nos explicou o que era,
onde e como funcionava? Nós bem queríamos acreditar, evidentemente mais no céu
do que no inferno… Mas apesar da palavra de Cristo, nós nunca vimos ninguém de
lá vir dizer-nos como era! Nem ele o mostrou aos apóstolos!
– Já noutros escritos “sugerimos” ingenuamente: “Porque é
que, querendo Deus atingir os objectivos de salvação de todos os Homens, não
envia cá à Terra, um daqueles que morreram e que está nas profundezas do
inferno e outro que está na felicidade do Céu, dizendo cada um, perante todas
as televisões do mundo, o que realmente lhes está acontecendo, lá na
eternidade? Quem não acreditaria se tal acontecesse? Se, por exemplo, Hitler
viesse dizer dos muitos tormentos que o Diabo lhe inflige lá no dia-a-dia da
eternidade? Ou se, também por exemplo, um J. Kennedy que, apesar da sua
paixoneta pela Marylin Monroe, deve estar no céu, dissesse de quantas delícias
é servido pelos anjos de Deus?”
Apesar da ingenuidade brincalhona, parece-nos método que, a
ser aplicado, teria muito mais sucesso do que o supostamente utilizado por Deus
ao enviar à Terra o seu Filho Jesus que sofreu tudo aquilo que sabemos, que fez
morrer tantos que acreditaram e pregaram a sua mensagem, fundou uma Igreja que
chegou apenas a uma parte da humanidade e não se vê que chegue a toda ela, e
nem sempre na melhor pureza do Evangelho…
O que é certo é que Jesus nos deixou numa tremenda confusão,
não nos dando verdades claras, certezas totalmente convincentes, demasiada fé e
pouca racionalidade a nós que somos essencialmente razão, apesar da emoção que
nos define como seres humanos!
O "Dia do Juízo final", obviamente inexistente, teve, ao longo destes dois milénios de cultura judaico-cristã, efeitos benéficos: 1- Evitou que muitos mais humanos propensos ao crime, cometessem mais crimes com medo das penas eternas no Inferno. 2 - Criou obras de arte fantásticas, como os Requiem de vários compositores, onde sobressai o de Mozart que atinge o seu clímax de medo, exactamente no "Dies irae, dies illa" (O Dia da Ira divina).
ResponderEliminarSem tais medos, a História teria ainda muitas mais guerras e muitos mais crimes para contar...
Não havendo julgamento post-mortem, o Homem terá que encontrar meios para punir todos os criminosos neste e deste mundo. Eu defendo a pena de morte para quem mata, manda matar (por exemplo, declarando guerras) ou provoca deliberadamente ou estupidamente a morte de outros (como os incendiários): Quem a outrem tira deliberadamente a Vida não merece viver a sua! É a JUSTIÇA PLENA, senhores!