À procura da VERDADE nos
Evangelhos
Evangelho segundo S. MATEUS
– 11/?
– E porque é que “É larga a porta e espaçoso o caminho que
leva à perdição e são muitos os que entram por ela.”? (Mt 7,13) Será assim tão
atractivo tal caminho ou é o mal mais fácil de praticar que o bem?
– Trágico! Trágico para o suposto projecto de Deus e do
próprio Jesus Cristo é a sua afirmação: “Estreita é a porta e apertado o
caminho que vai dar à vida eterna e são poucos os que o encontram.” (Mt 7,14) Trágico para o suposto projecto de Deus em relação ao
Homem porque, sendo assim, haverá muito poucos que atingem a vida eterna. E,
com tais palavras de JC, ficamos sem saber que caminhos seguir para alcançar
tal vida, se é que ela existe…
–“Cuidado com
os falsos profetas! (…) É pelos frutos que os conhecereis.” (Mt 7,15-20)
– Já no A.T., os falsos profetas eram temidos e denunciados
pelos que se proclamavam de verdadeiros profetas. Nós, com estes “frutos” que são as nossas interrogações sobre a Bíblia e sua veracidade, que tipo de profetas seremos?
Verdadeiros ou falsos? Profetas da esperança ou da… desgraça? O que é facto e certo é que apenas andamos à procura da Verdade, a Verdade da Vida Eterna.
– As comparações que Jesus faz, quando ensina, encantam pela
sua simplicidade. Realmente, todos deveriam entender a da “casa construída
sobre rocha e a construída sobre a areia”. Mas… o que é isso de ouvir a palavra
de Jesus e de pô-la em prática? (Mt 7,24-27)
– “A multidão estava admirada com os seus ensinamentos. (…)
Ele ensinava como quem tem autoridade.” (Mt 7,28-29)
– Também nós ficamos admirados! Não sabemos é se a multidão
teria percebido tão pouco como nós percebemos!… Ficariam eles com tantas
interrogações como nós? Porque não questionaram? Ah, se lá pudéssemos ter
estado!…
– E… eis a primeira narrativa de milagre! Espectacular como
todos! No mesmo instante do gesto e da palavra! A cura do leproso: “Então,
Jesus disse-lhe: «Não contes isto a ninguém. Vai mostrar-te ao sacerdote e
oferece a Deus o sacrifício que Moisés ordenou, para ficarem a saber que estás
curado.»” (Mt 8,4)
– Se o leproso tinha de se mostrar curado, para não ser
repelido pela comunidade, porque não apregoar a toda a gente o milagre? Teria
Jesus “temido” o resultado do seu próprio sucesso?… Não viriam todos os
leprosos - e eram muitos naquela época - para serem curados? Como dizer a uns
que sim e a outros que não? Que leproso não acreditaria nas capacidades de
Cristo em curar, vendo o seu “irmão” ali limpinho da moléstia? E não dizia
Cristo que bastava ter Fé?… Mas, mais uma vez, JC parece contradizer-se com o
seu projecto de salvação com o “Não contes isto a ninguém”. Pelo contrário,
deveria ter dito: “Vai, mostra-te, diz que fui eu, o ENVIADO DE DEUS PARA DAR A
BOA NOVA DA SALVAÇÃO ETERNA, que te curei e curarei todos os que de mim se
aproximarem.” E toda a gente se teria convertido e acreditado…
– Também não se entende o porquê do sacrifício que o leproso
tem de oferecer a Deus, invocando-se a Lei mosaica… Impossibilidade ou temor de
acabar de vez com as Escrituras? Ou… sabedoria “política” para não ser, logo de
início, rejeitado pela esfera do poder?
Dos milagres e da sua veracidade, falaremos lá mais para
diante.
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