À procura da
VERDADE nos livros Proféticos
JEREMIAS 14/15
- “Não tenhas medo, meu servo Jacob - oráculo de
Javé - porque
Eu estou contigo: vou arrasar todas as nações por onde te
espalhei.
Não te vou aniquilar. Vou castigar-te com justiça (…).” (Jr 46,28)
“Todos
gritam e a população do país geme, ouvindo o tropel dos
cavalos dos guerreiros
mais valentes do inimigo, ouvindo o rumor
dos seus carros, o barulho das suas
rodas. (Jr 47,2-3)
- Definitivamente, este é um Javé que gosta de
destruir e se “diverte”,
brincando aos castigos com as nações, a começar pelo
povo eleito,
Israel… Nota-se até um certo comprazimento no sofrimento do
Homem,
por parte de Javé! E o que dizemos não é blasfémia,
é ao que nos “obriga” o
autor “sagrado”!
- “Chegarão dias - oráculo de Javé - em que farei
ouvir gritos de guerra
em Rabat, capital de Amon; a cidade tornar-se-á um
montão de ruínas
e os outros povoados serão destruídos pelo fogo. Então, Israel
despojará os que o despojaram, diz Javé.” (Jr 49,2)
- Obviamente, não é Javé mas Jeremias quem o diz. Continua
o gostinho
da destruição, evidenciando-se aqui o “Olho por olho dente por
dente”
de cuja justiça não se duvida, embora Jesus venha propor o dar a outra
face! Ah Israel, como não sei se és eleito de Javé ou… amaldiçoado desde
sempre
e para sempre!
- “Assim diz Javé: Vamos! À luta contra Cedar! Vamos
destruir os
orientais. Tomai as suas tendas e rebanhos, lonas e objectos,
carregai
os seus camelos (…)” (Jr 49,28-29). “Farei com que os elamitas
tremam
diante dos seus inimigos (…) Vou trazer a desgraça sobre eles,
o furor da minha
ira - oráculo de Javé. Mandarei a espada persegui-los
até acabar com eles.” (Jr
49,37)
- Estamos perante o “Javé dos exércitos”, um Javé
que nada tem de
divino… E o genocídio é total! Afinal, quantos povos não
pereceram
“às mãos de Javé”?…
- “Por causa do furor de Javé, nunca mais será
habitada: o país inteiro
será uma ruína. E quem passar por Babilónia,
assobiará, assustado
com tanta desgraça. Arqueiros todos, estai a postos para
atacar
Babilónia por todos os lados. Atirai contra ela, sem poupar as vossas
flechas pois ela pecou contra Javé (…) Esta é a vingança de Javé:
vingai-vos
dela. Fazei dela o mesmo que ela fez.” (Jr 50,13-15)
- Furor, ira, pecado… Aliás, que pecado cometeu
Babilónia? O ter sido
o braço de Javé para castigar Isarel dos seus pecados?
Que confusão de
pecados! Mas, a propósito de 50,1-51,64, ainda se comenta:
“Jeremias
sempre considerou a Babilónia como um instrumento de Deus e sabia
que, cedo ou tarde, ela perderia o seu domínio. (…) Como Babilónia,
todas as nações opressoras têm os seus dias contados, na História,
pois o projecto de Deus é libertar todos os explorados e oprimidos.”
(ibidem)
- E nós perguntamos: O saber de Jeremias vinha-lhe
da sua intuição que, cedo ou tarde, ela perderia o seu domínio. (…) Como Babilónia,
todas as nações opressoras têm os seus dias contados, na História,
pois o projecto de Deus é libertar todos os explorados e oprimidos.”
(ibidem)
política ou… de Javé? E o projecto de Deus é libertar os
explorados
e oprimidos de quem? Dos outros Homens? Não são esses explorados
e
oprimidos que, ao longo da História, se têm levantado do chão e com
as suas
próprias forças das armas ou da palavra - e os seus mártires -
têm mudado o seu
destino? Que Deus os tem vindo libertando? Não se
acabam tiranias com revoltas
populares tantas vezes reprimidas
com sangrentos massacres e genocídios? Esta infeliz
– mas muito
conveniente! – ideia de meterem Deus na História nada explica
e
deixam-no totalmente desacreditado…
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