À procura da
VERDADE nos livros Proféticos
JEREMIAS 5/15
- “Assim fala Javé dos exércitos, o Deus de Israel:
(…)
Encheram este lugar com sangue de inocentes e construíram lugares
altos
para Baal, para queimarem os seus filhos no fogo em
holocausto a Baal. Eu nunca
mandei fazer tal coisa, nem disse,
nem me passou pelo pensamento. Por isso -
oráculo de Javé - (…)
vou fazê-los cair ao fio da espada diante do inimigo (…)
vou
entregar os seus cadáveres como alimento às aves do céu e às feras.
(…)
Farei com que devorem a carne dos próprios filhos e filhas.
Devorar-se-ão entre
si por causa do cerco que os inimigos lhes vão
impor.” (Jr 19,3-9)
- Como? Como é possível Javé dizer que nunca Lhe
passou pelo
pensamento sacrificar vidas humanas, condenando os sacrifícios
humanos a Baal e logo a seguir afirma o que é quase mais horrível
ou
horripilante que fará com que eles devorem os próprios filhos
e filhas? Não é
exactamente ou ainda pior holocausto… de vidas
humanas?
- “Tu me seduziste, Javé, e eu deixei-me seduzir.
(…) A palavra de
Javé tornou-se para mim motivo de vergonha e de escárnio o dia
inteiro. (…) Maldito seja o dia em que nasci. Que jamais seja bendito
o dia em
que minha mãe me deu à luz. Maldito o homem que levou
a notícia a meu pai, dizendo:
Nasceu-te um filho varão!, enchendo-o
de alegria. Que essa pessoa sofra (…) ouça gritos (…) Porque não me
fez morrer
no ventre materno? (…) Porque saí do ventre de minha
mãe? Só para ver tormentos
e dores e terminar os meus dias na
vergonha? (Jr 20,7-18)
- Aqui, Jeremias desespera! Enfim, é… humano. Mas
que culpa tem
quem levou a notícia a seu pai, para que seja maldito, sofra…,
ouça
gritos?! Este Jeremias parece não saber medir as palavras. Não! Não é,
não
pode ser profeta inspirado pelo divino…
- “Dias virão - oráculo de Javé - em que farei
brotar para David um
rebento justo. Ele reinará como verdadeiro rei e será
sábio, pondo
em prática o direito e a justiça no país. (…) É este o nome com
que será chamado: Javé, Nossa Justiça”.
(Jr 23,5)
- Quem será este “Javé, Nossa Justiça”? - Ciro que
libertou Israel
do cativeiro da Babilónia? Ou, como refere Jo 10, o próprio
Jesus
Cristo, quinhentos anos depois? David! Quem poderá esquecer o que
este
rei - de tanta consideração bíblica - fez a um dos seus
generais em tempo de guerra?
Simplesmente isto: Mandou-o colocar
sozinho na frente de batalha para que fosse
ferido e morto.
Porquê? Porque David se havia apaixonado e dormido com a mulher
dele enquanto ele defendia a pátria longe do palácio real…
(2Sm 11,15). Grande
herói! Grande exemplo!...
- “Entre os profetas da Samaria, vi coisas absurdas
(…) Entre os
profetas de Jerusalém, o que Eu vi era horrível: cometem adultério
e praticam a mentira, dão a mão aos malfeitores (…) Assim diz
Javé dos
exércitos: Não presteis atenção às palavras dos profetas que
para vós
profetizam (…) Eu não enviei nenhum desses profetas (…)
Eu não lhes falei e no
entanto, eles profetizam. Se eles tivessem
assistido às minhas deliberações e
tivessem levado ao meu povo a
minha mensagem, o povo teria desistido do seu mau
caminho, teria
deixado o mal que praticava.” (Jr 23,13-22)
- Não é estranho que haja por ali tantos falsos
profetas? Não teria
o povo realmente dificuldade em saber distinguir os bons -
neste
caso e neste tempo, só se fala de Jeremias - e os falsos que
superabundavam e também
falavam em nome de Javé? E que
credibilidade nos merece este Jeremias que se
vem revelando falso,
ignóbil, sanguinário? Depois - e já atrás perguntámos -
será que se
Israel se arrependesse, não teria sido igualmente invadido pelo rei
da
Babilónia e feito prisioneiro? Não estaremos apenas perante mais
um
subterfúgio religioso para explicar a História?
Quando disse "eu nunca mandei fazer tal coisa" Javé estava esquecido que tinha mandado Abraão matar o seu filho único Isaac
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