À procura da
VERDADE nos livros Proféticos
JEREMIAS 4/15
- “Assim diz Javé: Maldito o Homem que confia no
Homem
e que busca apoio na carne e cujo coração se afasta de Javé. (…)
Bendito
o Homem que confia em Javé e em Javé deposita a sua
segurança.” (Jr 17,5 e 7)
- Realmente, em que Homem se pode verdadeiramente
confiar?
Por outro lado, o que é isso de confiar em Javé? Que segurança nos
oferece Javé, no concreto-real da vida terrena e sobretudo na eterna
se é que
ela existe? Se o recorrer a Deus, numa aflição, traz lenitivo
ao corpo e
consolação à alma, já que a fé remove montanhas…, que
nos adianta realmente
evocá-Lo na morte, se não nos deu, dá (ou
dará?) certezas do Além? Se tudo fica
no absoluto segredo dele e dos
seus mistérios que a nós NADA adiantam? É que é
mesmo… NADA!
Um grandíssimo, infinito, eterno NADA! E a pergunta é sempre a
mesma, sempre repetida, sejam quais forem as palavras com que se
formule: “Se
Javé-Deus-Pai realmente existe e se nele e com Ele e por
Ele nascemos ou
existimos e se para Ele caminhamos e com Ele
passaremos a eternidade, porque
não nos dá Ele certezas indubitáveis
de que realmente é, foi e será sempre
assim para todos os Homens?
Porquê? Não é a falta de resposta que nos leva à
incredulidade? Não
podemos culpar o próprio Deus (ou o deus que as religiões
nos têm
vendido) por esta frustração nossa e de toda a gente tenha ou não
tenha
fé? Se o enviar de Jesus Cristo à Terra - ai os problemas que este
enviar à
Terra nos coloca, ao sabermos que o Universo terá outras
incontáveis “Terras”
onde haverá Homens iguaizinhos a nós ou
diferentes, pouco importa, mas
inteligentes e que certamente terão as
mesmas dúvidas existenciais que nós! -
teve por objectivo divino, como
apregoam as religiões cristãs, que parecem ser
as menos falsas…, a
redenção-salvação eterna do Homem e se, após dois mil anos
passados,
mais de dois terços da Humanidade pouco ou nada conhecem de Jesus
Cristo, e dos que O conhecem, poucos são os que não soçobram na Fé
perante
tantas dúvidas que se colocam à nossa inteligência, limitada
embora mas não
totalmente estúpida, não podemos - não devemos! - falar
de fracasso de Deus,
que é, pela sua própria natureza, inadmissível? É
sinceramente, mais uma acha
que nos leva à descrença total! E nós que
quiséramos tanto acreditar num Deus
que nos desse um céu e uma
eternidade feliz!
- “Assim diz Javé: Por amor à vossa vida, evitai
transportar cargas em dia
de sábado (…) santificai o dia de sábado, conforme a
ordem que dei aos
vossos antepassados (…) Se não Me obedecerdes e não
santificardes o
sábado, se em dia de sábado carregardes pesos ao entrar pelas
portas de
Jerusalém, então deitarei fogo a essas portas; ele queimará os
palácios de
Jerusalém e nunca mais se apagará.” (Jr 17 21-27)
- Novamente a obsessão pelo sábado. Como é possível
fazer dele depender
toda uma vida? Toda uma cidade? Toda uma nação?
Simplesmente ridículo!
Não há metáfora que salve tal aberração.
- “Eles (os contemporâneos de Jeremias) disseram: Vamos tramar um
plano contra Jeremias (…)
Escuta-me, Javé e ouve o que dizem os meus
adversários. (…) Lembra-Te de que me
apresentei diante de Ti para interceder
por eles, para desviar deles a tua ira.
Por isso, agora, entrega à fome os seus
filhos, lança-os ao poder da espada;
que as suas mulheres fiquem sem
filhos e viúvas, que os seus maridos sejam
mortos pela peste e os seus
jovens atingidos pela espada no combate (…) pois
eles abriram uma
cova para me prenderem (…) Mas Tu, Javé, (…) não deixes impune
a
injustiça (…); executa-os no momento da tua ira.” (Jr 18,18-23)
- Lindo, Jeremias! Como é que Javé te fala tendo tu
tanto ódio contra
os teus irmãos, embora adversários? Ainda continuas com o
“olho
por olho, dente por dente” de Talião? Melhor: Não queres que morra toda
uma povoação para salvar a tua pele? Terá ouvido Javé a tua súplica
cheia de
ódio? Não te terá corrigido? Como desacreditas o Javé que
apregoas com palavras
mas que atraiçoas com o coração!… Como te
revelas um… falso profeta! E – sem maldade,
mas pura análise
crítica – a pergunta: “Como pode todo um povo crente – judeus e
cristãos – ter Jeremias como um profeta, homem que fala em nome
de Deus, e considerar divino o seu livro de supostas profecias?”
Sem comentários:
Enviar um comentário