segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Onde a Verdade da Bíblia? - Análise crítica - Antigo Testamento (AT) - 144/?

À procura da VERDADE nos livros Proféticos 

JEREMIAS 4/15

- “Assim diz Javé: Maldito o Homem que confia no Homem 
e que busca apoio na carne e cujo coração se afasta de Javé. (…) 
Bendito o Homem que confia em Javé e em Javé deposita a sua 
segurança.” (Jr 17,5 e 7)
- Realmente, em que Homem se pode verdadeiramente confiar? 
Por outro lado, o que é isso de confiar em Javé? Que segurança nos 
oferece Javé, no concreto-real da vida terrena e sobretudo na eterna 
se é que ela existe? Se o recorrer a Deus, numa aflição, traz lenitivo 
ao corpo e consolação à alma, já que a fé remove montanhas…, que 
nos adianta realmente evocá-Lo na morte, se não nos deu, dá (ou 
dará?) certezas do Além? Se tudo fica no absoluto segredo dele e dos 
seus mistérios que a nós NADA adiantam? É que é mesmo… NADA! 
Um grandíssimo, infinito, eterno NADA! E a pergunta é sempre a 
mesma, sempre repetida, sejam quais forem as palavras com que se 
formule: “Se Javé-Deus-Pai realmente existe e se nele e com Ele e por 
Ele nascemos ou existimos e se para Ele caminhamos e com Ele 
passaremos a eternidade, porque não nos dá Ele certezas indubitáveis 
de que realmente é, foi e será sempre assim para todos os Homens? 
Porquê? Não é a falta de resposta que nos leva à incredulidade? Não 
podemos culpar o próprio Deus (ou o deus que as religiões nos têm 
vendido) por esta frustração nossa e de toda a gente tenha ou não 
tenha fé? Se o enviar de Jesus Cristo à Terra - ai os problemas que este 
enviar à Terra nos coloca, ao sabermos que o Universo terá outras 
incontáveis “Terras” onde haverá Homens iguaizinhos a nós ou 
diferentes, pouco importa, mas inteligentes e que certamente terão as 
mesmas dúvidas existenciais que nós! - teve por objectivo divino, como 
apregoam as religiões cristãs, que parecem ser as menos falsas…, a 
redenção-salvação eterna do Homem e se, após dois mil anos passados, 
mais de dois terços da Humanidade pouco ou nada conhecem de Jesus 
Cristo, e dos que O conhecem, poucos são os que não soçobram na Fé 
perante tantas dúvidas que se colocam à nossa inteligência, limitada 
embora mas não totalmente estúpida, não podemos - não devemos! - falar 
de fracasso de Deus, que é, pela sua própria natureza, inadmissível? É 
sinceramente, mais uma acha que nos leva à descrença total! E nós que 
quiséramos tanto acreditar num Deus que nos desse um céu e uma 
eternidade feliz!
- “Assim diz Javé: Por amor à vossa vida, evitai transportar cargas em dia 
de sábado (…) santificai o dia de sábado, conforme a ordem que dei aos 
vossos antepassados (…) Se não Me obedecerdes e não santificardes o 
sábado, se em dia de sábado carregardes pesos ao entrar pelas portas de 
Jerusalém, então deitarei fogo a essas portas; ele queimará os palácios de 
Jerusalém e nunca mais se apagará.” (Jr 17 21-27)
- Novamente a obsessão pelo sábado. Como é possível fazer dele depender 
toda uma vida? Toda uma cidade? Toda uma nação? Simplesmente ridículo! 
Não há metáfora que salve tal aberração.
- “Eles (os contemporâneos de Jeremias) disseram: Vamos tramar um 
plano contra Jeremias (…) Escuta-me, Javé e ouve o que dizem os meus 
adversários. (…) Lembra-Te de que me apresentei diante de Ti para interceder 
por eles, para desviar deles a tua ira. Por isso, agora, entrega à fome os seus 
filhos, lança-os ao poder da espada; que as suas mulheres fiquem sem 
filhos e viúvas, que os seus maridos sejam mortos pela peste e os seus 
jovens atingidos pela espada no combate (…) pois eles abriram uma 
cova para me prenderem (…) Mas Tu, Javé, (…) não deixes impune a 
injustiça (…); executa-os no momento da tua ira.” (Jr 18,18-23)
- Lindo, Jeremias! Como é que Javé te fala tendo tu tanto ódio contra 
os teus irmãos, embora adversários? Ainda continuas com o “olho 
por olho, dente por dente” de Talião? Melhor: Não queres que morra toda 
uma povoação para salvar a tua pele? Terá ouvido Javé a tua súplica 
cheia de ódio? Não te terá corrigido? Como desacreditas o Javé que 
apregoas com palavras mas que atraiçoas com o coração!… Como te 
revelas um… falso profeta! E – sem maldade, mas pura análise 
crítica – a pergunta: “Como pode todo um povo crente – judeus e 
cristãos – ter Jeremias como um profeta, homem que fala em nome 
de Deus, e considerar divino o seu livro de supostas profecias?”


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