À procura da
VERDADE nos livros Proféticos
JEREMIAS 6/15
- “Por isso, assim diz Javé dos exércitos: Já que
não ouvistes as
minhas palavras, mandarei convocar todas as tribos do Norte -
oráculo de Javé - e também o meu servo Nabucodonosor, rei da
Babilónia, para
virem contra este país, contra os seus habitantes
e contra todas as nações
vizinhas. Vou condená-los todos ao
extermínio (…) O país inteiro será entregue
à destruição e desolação
e o povo ficará escravo do rei da Babilónia durante
setenta anos.
Depois (…) castigarei o rei da Babilónia e o seu povo - oráculo
de Javé - (…) por causa dos seus crimes. Vou transformá-lo em
desolação
permanente.” (Jr 25,8-12)
- Tais palavras apresentam um Javé que parece andar
divertindo-se
castigando ora uma ora outra nação. Ridículo para um Deus-Deus
que deveria estar muito acima de todas estas pequenas - que
serão sempre
pequenas por maiores catástrofes ou destruições que
sejam - questiúnculas entre
povos que se guerreiam e se destroem
conforme o poder que cada um consegue
alcançar. E sempre
num pequeno lapso de tempo da História. Depois, como
considerar
isto profecia se foi escrito depois dos factos terem acontecido?
Aliás,
aquela precisão dos 70 anos é… de mestre profético! Perante tais
considerandos, porque temos estes textos como “Livros Sagrados”,
Livros da Fé?
Ah, que Fé baseada em tão fracas bases, Santo Deus!
E não deixa de ser
interessante - ou melhor, intrigante - o pagão
Nabucodonosor, arrasador de
nações, ser chamado de “servo” por
Javé. Só porque vai servir de mão divina
para castigar Israel pelos
seus pecados? É… inadmissível! Alguns dirão que é
tudo simbólico,
tudo metafórico. Mas, como nos havemos de entender com isto de
às vezes ser simbólico e, outras vezes, nas mesmas circunstâncias,
ser real?
- “Assim me disse Javé, o Deus de Israel: Toma de
minha mão esta
taça de vinho da minha ira e dá a beber dela a todas as nações
às quais
te envio. (…) Eu tomei a taça da mão de Javé e fiz que bebessem dela
(…) Jerusalém, (…) Judá (…) Egipto (…) Hus (…) Ascalon, Gaza,
Acaron (…) Azoto,
Edom, Moab (…) Amon (…) Tiro (…) Sidónia
(…) Dadã, Tema e Buz (…) Zambri (…)
Elam (…) Media (…) Norte
(…) Um após outro fiz com que todos os reinos que
existem sobre a face
da Terra bebessem. E o rei da Babilónia beberá depois
deles.”
(Jr 25,15-26)
- Só perguntamos: E os outros povos da Terra quase
todos
desconhecidos de Jeremias, mas certamente não de Javé? Não
“gostariam”
também eles de “provar” de tal vinho da ira de Javé?!
Acaso concebe-se um
Javé-Deus hipotecado apenas na salvação ou
castigo de um povo tão pequeno, numa
parcela da Terra tão pequena,
num espaço do Universo que não tem qualquer
significado?!
- “Eu convocarei a espada contra todos os habitantes
da Terra (…) Tu
porém, anunciarás todas estas coisas e dir-lhes-ás: Javé ruge
lá do alto,
da sua santa morada (…)” (Jr 25,29-30)
- Que Terra? Que alto? Que morada? Que rugir de
Javé? Se a Terra é
minúscula partícula no espaço, se o céu não tem alto nem
baixo, se
Deus - a existir - está em toda a parte? Ah, que Deus tão pequenino
estes bíblicos criaram! Deus, por ser infinito e eterno contém tudo
o que
existe fora e dentro do espaço – espaço infinito – e todo o tempo,
tempo que só
existe para os que participam no ciclo: nascimento,
crescimento, morte.
Defini-lo-íamos como O TODO ABSOLUTO ONDE
TUDO SE INTEGRA, DO ÁTOMO ÀS
ESTRELAS, AO UNIVERSO
QUE NÃO PODERÁ SER SENÃO INFINITO. (Aliás, se o Universo,
do qual conhecemos apenas uma pequeníssima parte, não é infinito, o
que haverá
para além dele?). A Bíblia está toda ela construída sobre a
ignorância total da
realidade Terra-Universo e não merece, por isso,
qualquer credibilidade, como
os teólogos, num exercício intelectualmente
desonesto, “impõem” às populações
ignorantes. Lamentável!
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