1 – O valor da VIDA
Para um analista crítico, logo, mais baseado
na inteligência e na razão do que na emoção, a VIDA apresenta-se-lhe como o bem
supremo, um bem acima de qualquer outro, e isto tanto do ponto de vista
natural, como numa análise filosófico-existencial ou numa perspectiva
psicológico-emocional.
Naturalmente, perante o perigo,
adoptamos instintivamente uma atitude de defesa e de salvamento, tentando
resguardar as partes essenciais do corpo: cabeça e tronco; puro instinto de
sobrevivência.
Filosoficamente falando, constatamos
que o dom da vida é condição sine qua non para que qualquer coisa nos aconteça. Obviamente, nada pode acontecer a um não-existente.
Psicológico-emocionalmente,
podemos/devemos arriscar a vida apenas e tão só para defendermos outras vidas, sobretudo
as dos que nos são próximos ou queridos.
E… ponto final!
Assim sendo, ficam de fora:
1 - Os mártires de todas as religiões,
pelas suas convicções, tanto os santos da Igreja católica, a começar pelos
apóstolos, como os kamikazes japoneses da Segunda Guerra Mundial ou os actuais suicidas
do Islão.
2 - Os que vão para a guerra, sabendo
que têm fortes possibilidades de morrer, não para salvar outras vidas mas
porque não puderam escapar aos ataques dos inimigos. E todos sabemos que as
guerras são derivadas ou da incapacidade de diálogo entre os Homens em contenda
ou da ganância dos mesmos Homens, sempre desejosos de mais poder e mais
haveres, quer para si quer para aquilo a que chamam de Pátria, alimentando o
chorudo e perverso negócio das armas.
3 - Os que arriscam a vida só pelo
sentir da adrenalina em desportos radicais e extremamente perigosos, embora nos
casos de guerra (nem sempre!) e desportos perigosos, se tomem todas as
precauções possíveis para que se preserve a mesma vida.
Várias perguntas se colocam nestes
últimos ítens:
1 – Que lavagem ao cérebro fazem os
gurus religiosos aos que se dispõem a morrer como mártires por uma causa
religiosa? Não são criminosos tais gurus pois atentam contra o bem supremo de
um ser humano: a VIDA? O mesmo se pergunta aos generais japoneses que, em nome
da pátria, mandaram aqueles jovens pilotos para a morte, e a todos os radicais
islâmicos que levaram/levam tantos jovens ao suicídio por causa nenhuma,
melhor, para causarem terror e sofrimento.
2 – No caso de guerra, tudo se torna
mais complicado.
2.1 – Há o juramento de soldados: lutar até
à morte pela defesa da Pátria. Mas… o que é a defesa da Pátria? Obviamente, considerando
a vida o supremo bem, tal juramento deveria ser banido das sociedades e
resolver a defesa da Pátria de outro modo. Se somos humanos, porque não o
diálogo e o entendimento? Obviamente, o negócio das armas está sempre presente…
2.2 – Há a declaração de guerra de um
país a outro. E lá vão os soldados para a morte. Mais ou menos esperada. De
ambos os lados. No final, não se contam vidas perdidas. Contam-se “baixas” e ganha
quem teve menos baixas. Um número! Uma vida transformou-se num número. Crime,
obviamente! E os declarantes de guerra são condenados por terem ceifado
milhares de vidas? – Não! Esta é a realidade do mundo que tivemos até agora – e
de que a História dá conta – e do mundo que temos. Aliás, lendo bem a História
conhecida do Homem, constatamos que toda ela – com raras excepções – é feita de
guerras, de mortes, de sangue, de desumanidades. É sumamente triste mas é a
verdade. É que, perante certos princípios – falsos, obviamente – a VIDA de um
ser humano nada conta.
3 – Nos desportos radicais, quem arrisca
sabe os riscos que corre. E faz uma escolha. Quando corre mal, acabou-se a
VIDA, acabou-se TUDO. Valerá a pena?
Conclusão genuína: NEM MÁRTIRES NEM
GUERRAS E OS FOMENTADORES DE MÁRTIRES OU GUERRAS, DEVERIAM SER TODOS ELIMINADOS
DA FACE DA TERRA, LOGICAMENTE, PELA MORTE QUE tão facilmente DEFENDEM PARA OS
OUTROS!
Conclusão ainda mais lógica e
contundente: se querem morte e terror, que sejam kamikazes os gurus religiosos
e que vão para a frente de batalha todos os generais e políticos que decidem a
guerra, para serem os primeiros a morrer, mostrando os supostos valores da defesa da Pátria que defendem...
Neste blog, pela busca intransigente da VERDADE e com o último intuito de deixar, à partida, o mundo melhor do que o encontrámos à chegada, tomámos, há tempos, o compromisso de fazer a análise crítica dos vários livros ditos sagrados e nos quais as religiões actuais se baseiam para “venderem” as suas falsas verdades. Começámos, obviamente pela Bíblia, AT (onde nos encontramos na análise actual), seguindo-se, depois, o Novo Testamento.
ResponderEliminarMas põe-se-nos um problema de não somenos importância: a análise crítica do Corão. Risco de vida e ameaças de morte, se formos honestos na nossa crítica, e outra atitude não poderíamos aceitar? – Certamente! Ora, dado considerarmos a VIDA como supremo bem, nada justifica que a arrisquemos pela defesa da Verdade, atacando ideias e escritos que, cedo ou tarde – nem que tal leve milénios! – cairão de podres porque sem sentido humano e muito menos divino, se é que o divino anda por aí…
E o assassino que, deliberadamente, tira a outro o dom supremo da vida? Merece continuar vivo, usufruindo daquilo que a outro não permitiu? Esta é uma questão que nunca entendi. Não consigo aceitar que a sociedade permita a um assassino deliberado continuar vivo. É, sem dúvida, uma enorme, uma gritante, uma monstruosa injustiça!
ResponderEliminarMas se a sociedade não permitir que um assassino continue vivo, está a fazer exactamente a mesma coisa que o assassino fez: tirar a outro o dom supremo da vida!
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