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CÂNTICO DOS CÂNTICOS – 3/4
Os apaixonados continuam elogiando-se, cativando-se:
- “Vem, (...) noiva minha, (…) e entra comigo (…)
- “Vem, (...) noiva minha, (…) e entra comigo (…)
Roubaste o meu coração (…) com
um só dos teus olhares (…)
Como os teus amores são belos
(…)
são melhores do que o vinho
e mais fino que os outros aromas
é o odor dos teus perfumes.
Os teus lábios são favos de mel
a escorrer (…)
Tens leite e mel sob a língua
e o perfume dos teus vestidos
é como a fragrância do Líbano.”
(Ct 4,8-11)
Amante completamente perdido!… Enfeitiçado! Comentar é estragar
o enlevo.
- “Desperta, vento norte! Aproxima-te, vento sul! Soprai no meu
jardim
para espalhar os (…) perfumes. Entre o meu amado no meu
jardim e coma dos seus
frutos saborosos!”
- “Já entrei no meu jardim (…) noiva minha, colhi a minha mirra e
o meu
bálsamo, comi o meu favo de mel, bebi o meu vinho e o meu
leite.” (Ct 4,12-16 e
5,1)
Comeu, bebeu e… viu que era bom, pois exclama, delirante: “Comei
e bebei,
companheiros, embriagai-vos, meus caros amigos!” (Ct 5,1)
- “Eu dormia,
mas o meu coração velava
e ouvi o meu amado que batia:
Abre, minha irmã, minha amada,
pomba minha sem defeito! (…)
Já despi a túnica
e vou vesti-la de novo? (…)
O meu amado mete a mão
na fenda da porta:
as entranhas estremecem-me,
a minha alma ao ouvi-lo,
desmaia.
Ponho-me de pé
para abrir ao meu amado:
as minhas mãos gotejam mirra (…)
Abro a porta ao meu amado,
mas o meu amado já se tinha
ido…” (Ct 5,2-6)
Porquê se fora embora o amado? Não chegou até ele o perfume
do corpo sem
túnica da sua amada? Ou o amor é assim feito
de encontros-desencontros, tendo
de haver sofrimento no mesmo
amor?!
- “O meu amado é branco e rosado (…)
A sua cabeça é ouro puro (…)
Os seus olhos… são pombas
à beira de águas correntes (…)
As suas faces são canteiros de
bálsamo (…)
Os seus lábios são lírios (…)
Os seus braços são torneados em
ouro (…)
O seu ventre é um bloco de
marfim (…)
As suas pernas, colunas de
mármore
O seu aspecto (…) altaneiro como
um cedro
A sua boca é muito doce…
Todo ele é uma delícia! (…)
Eu sou do meu amado
e o meu amado é meu (…) (Ct
5,10-16 e 6,3)”
Não há dúvida: o amado é o mais belo dos homens aos olhos da
sua amada…
apaixonada!
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