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CÂNTICO DOS CÂNTICOS – 2/4
- “Macieira entre as árvores do bosque
é o meu amado entre os jovens;
à sombra dele eu quis sentar-me
com o seu doce fruto na boca.
Ele levou-me à adega
e contra mim desfralda
a sua bandeira de amor.
Sustentai-me com bolos de passas
dai-me forças com maçãs, oh!
que estou doente de amor…
A sua mão esquerda
está sob a minha cabeça,
e com a direita ele me abraça.”
(Ct 2,3-6)
Deliciosa cena! Uma terna e delicada sensualidade…
- “Filhas de Jerusalém, (…)
não desperteis, não acordeis o
amor,
até que ele o queira!”
“ A voz do meu amado!
Ei-lo que vem correndo pelos
montes,
saltitando pelas colinas!
O meu amado é como um gamo (…)
Ei-lo (…) espiando pela janela
(…) e diz-me:
«Levanta-te, minha amada,
formosa minha, vem! (…)
Deixa-me ver a tua face,
deixa-me ouvir a tua voz
pois a tua face é tão formosa
e tão doce a tua voz! (…)»
O meu amado é meu e eu sou dele.
(…)
Antes que (…) as sombras desapareçam
volta! (…)
No meu leito, pela noite,
procurei o amado da minha alma.
Procurei e não o encontrei!
Vou levantar-me
vou rondar pela cidade
pelas ruas e pelas praças
procurando o amado da minha alma
(…)
Agarrei-o e não vou soltá-lo
até o levar a casa da minha mãe
ao quarto daquela que me trouxe
no seio.”
(Ct 2,7-17 e 3,1-4)
É uma amada determinada em não perder o seu amado.
Este
retribui galanteios:
- “Como és bela, minha amada,
como és bela!…
São pombas os teus olhos (…)
O teu cabelo (…) um rebanho de
cabras (…)
Os teus dentes (…) um rebanho
tosquiado
Os teu lábios (…) fita vermelha,
a tua fala melodiosa.
Metades de romã são os teus
seios
mergulhados sob o véu
O teu pescoço é a torre de David
(…)
Os teus seios são (…) filhos
gémeos de gazela,
pastando entre açucenas (…)
És bela, minha amada,
e não tens um só defeito!” (Ct
4,1-7)
A paixão obnubila a mente! Como seria a vida de dois corações
perenemente
apaixonados? Nunca se descortinariam defeitos?!
A relação perfeita?!…
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