Fátima
Já escrevemos aqui uma dezena de textos
sobre a “Inverdade de Fátima”, de 30/05/2011 a 01/09/2011, analisando o
fenómeno à luz da própria mensagem da Virgem aos pastorinhos, havendo também a
presença de um outro ente celestial, meio anjo meio sacerdote.
Concluiu-se, obviamente, pela falsidade
do fenómeno e da mensagem, partindo do conteúdo medievesco e fundamentalista
dessa mesma mensagem. Não vamos repetir aqui o que então dissemos. Convida-se à
leitura daqueles textos, uma leitura fácil e rápida.
E sobre o tema, há algumas verdades
incontestáveis:
1 – O fenómeno impôs-se a nível nacional
e internacional, arrastando multidões para o local, sobretudo nos dias 13 de
Maio, onde se queimam toneladas de cera e se deixam muitos milhares de euros em
ofertas ao santuário e à Virgem (leia-se Igreja!), pagando ou não promessas
feitas em casos de aflição. O turismo da região – cama e mesa e comércio –
agradece, embevecido com o “milagre” da Virgem, embora sazonal…
2 – A fé move os crentes. Alguns vão a
pé. Não só uma mas várias vezes. Bolhas nos pés e dores nas pernas, tudo é
superado pelo fervor de “ver” e de acenar com lenços brancos à Virgem (diga-se
imagem…), na hora do Adeus que, de comovente, deixa a lágrima toldando o olhar.
E partem felizes, cheios do amor divino, seja lá isso o que for!
3 – E tudo baseado em falsidades, em
suposta Virgem – que não o foi: teve vários filhos além de Jesus! – Virgem que
desceu do Céu à Terra para visitar a lusa gente e trazer-lhe uma mensagem não
de salvação, mas de terror e de pavor, revelando pecadores chamuscando-se num
inventado Inferno…
4 – Então, já pelo comércio realizado
tanto pelo turismo local como pela Igreja, já pelas alegrias de que vão
inundados os crentes quando partem do local santo, não vale a pena uma mentira,
mentira, diga-se, muito bem orquestrada pela classe sacerdotal de Ourém de
1917?
Falando da crença na Virgem de Fátima,
pode dizer-se o mesmo das crenças em qualquer suposto divino apregoado por todas as
religiões, religiões cujos gurus levam os crentes a acreditar alegremente em
coisas bizarras do Aquém e do Além, fazendo-as passar por verdades incontestáveis,
já que com o aval desse suposto divino supostamente vindo à Terra para inspirar
livros supostamente sagrados. Uma certeza: só é crente quem é acrítico ou inculto. As religiões acabarão – esfumar-se-ão na espuma da História – no dia
em que toda a humanidade tiver os conhecimentos que a Ciência já hoje lhe
proporciona e que, certamente, irá proporcionar à medida que for desvendando
mais segredos da Vida e do Universo. Por enquanto, os povos quanto mais
incultos mais crentes.
Então, ser ou não ser… a escolha é sua!
O corpo de Deus? – Obviamente, uma falácia!
Uma aberração completa, aberração que não se percebe como é que a Igreja, ela
própria, a impõe aos fiéis.
Então, Deus não é puro espírito? Ah dirão
– estás esquecendo-te da eucaristia: Deus desce do Céu à Terra, sob as espécies
do pão e do vinho, pela força das palavras do sacerdote… Inacreditável! Um
humano com a capacidade que lhe foi outorgada por outro humano – o bispo ou o
papa! – de fazer descer Deus do Céu à terra e ficar ali encurralado num pouco
de pão e num pouco de vinho. Ao que a fé obriga os crentes, santo Deus!
E é esse suposto corpo que dá direito a
um feriado nacional e leva muitos crentes à "Missa do Corpo de Deus" e a participarem
em procissões em que o sacerdote, cantando alegremente, levanta a custódia reluzente
que transporta a hóstia dita consagrada! O corpo de Deus! Se não fosse deprimente
aos olhos da Razão, era senão perverso, pelo menos ridículo!
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