À procura da VERDADE no livro de
TOBIAS – 2/3
- O enamoramento de Tobias por Sara é mesmo amor, não à
primeira vista, pois
dela apenas tinha ouvido falar, mas ao primeiro
sinal dela: “(…)Ela foi-te
destinada desde a eternidade (…)”
(Tb 6,18). Quando Tobias ouviu o que Rafael
lhe dizia e soube que
a jovem era sua parente (…), ficou tão enamorado que o
seu
coração não conseguia separar-se dela.” (Tb 6,19)
- “Desde toda a eternidade…” Acreditaria o anjo Rafael no Destino?…
Melhor,
haverá algum anjo Rafael? Ou…, haverá anjos? E demónios,
e Céu e Inferno e
santos e Paraíso? E arcanjos e potestades e outros
seres celestiais? Todo o
raciocínio que sobre o assunto se possa fazer
leva a crer que não! Tudo
invenções, tudo fantasias de humanos que
se disseram iluminados pelo divino…,
um divino também ele inexistente!
- E já havia higiene naqueles tempos, ou não fosse esta história um conto
exemplar: “Depois de se lavarem e se purificarem, sentaram-se à mesa.”
(Tb 7,9)
- “Comovente” é a oração dos noivos antes de consumarem o casamento:
“Por favor, tem piedade de mim e dela e faz com que juntos cheguemos
à
velhice.” (Tb 8,7) E foi festa em casa de Raquel durante quatorze dias…,
enquanto Tobit e Ana, pais de Tobias, desesperavam com a longa
demora do filho
em voltar…
- Comovente também, mas de outro modo, é o milagre da reposição da
vista nos olhos cegos de Tobit com o fel do peixe miraculosamente
apanhado no rio.
Quantos cegos de hoje não suspirarão por um milagre
semelhante ou por um Cristo
que lhes fizesse luz onde só há escuridão!
Não foram inúmeros os cegos curados
por Cristo? Porquê só então e não
agora e… sempre? Ou, acaso houve alguma vez
milagres à face da Terra?
Embora haja milhões de crentes em tais manifestações
divinas, qualquer
raciocínio elementar leva a crer que não! Tal como as
fantasias de Céus e
Infernos e anjos e demónios neles, assim também os milagres
não passarão
de falsas piedosas invenções com o intuito de divinizarem o humano
Jesus!
Tobias cura seu pai sob indicação do Arcanjo S. Rafael, Vicente Lopez Portaña, Valência, 1789 |
- O anjo Rafael imita Cristo, ao dizer, despedindo-se: “Vou voltar para
Aquele que me enviou.” (Tb 12,20) Ora, quem é que realmente o enviou?
É Rafael
real ou imaginário, não passando tudo de um sonho que Tobias
tivera,
transformando o autor em real uma figura imaginária? Falaremos,
então, um pouco
mais destes seres simpáticos, seres alados para poderem
fazer a ponte entre o
Céu (lá em cima, no espaço!) e a Terra (um
pequeno planeta de um pequeno
sistema solar, numa estrela média de
tamanho, entre as 200 biliões da Galáxia
Via Láctea, Galáxia entre milhões
de outras que povoam o Universo infindo…). Quando
se pensa em todas
estas grandezas, qualquer análise que se faça dos conceitos
religiosos que
foram chegando até nós fica tão sem sentido, não é? Mas…
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