À procura da VERDADE no livro do Êxodo - 10
“Toma um bezerro e
dois carneiros sem defeito, pães sem fermento,
bolos sem fermento amassados com
azeite, broas sem fermento untadas
com azeite. Prepara-os com flor de farinha
de trigo, coloca-os numa cesta
e trá-los; traz também o bezerro e os dois
carneiros. Manda que Aarão e
os seus filhos avancem (…) lava-os (…) toma as
vestes (…) coloca o
turbante (…) toma o óleo (…) Leva o bezerro (…) Imola o
bezerro (…)
Toma uma parte do sangue e (…) ungirás as pontas do altar,
derramando
o resto do sangue ao pé do altar. Toma toda a gordura, (…) a
membrana
gordurosa do fígado, os dois rins (…) e queima-os no altar. Queima
fora
do acampamento a carne do bezerro juntamente com a pele e os intestinos.
É
um sacrifício pelo pecado. Toma depois um dos carneiros (…) Queima assim
todo o
carneiro, fazendo subir o fumo dele sobre o altar. É um holocausto
a Javé, é um
perfume de suave odor, uma oferta queimada em honra de Javé.”
(Ex 29,1-18)
- E a fértil
imaginação do autor continua, sempre requintando pormenores!
Mas… basta! Estes
e outros requintes que aqui se omitem degradam tanto
a imagem de Javé que nos
recusamos linearmente a aceitar tais escritos como
verdadeiros e muito menos
como relatos proferidos por Javé. Este autor
descrevia certamente tradições
ancestrais que homens dedicados ao Templo
- que sempre os houve, que mais fácil
era passar o dia sem fazer nada, vivendo
na opulência, comendo e bebendo à
custa do povo, lendo e pregando aquilo
que lhes convinha dizer a esse mesmo
povo, para que este, no “santo” temor
de Deus, não faltasse com as suas dádivas
generosas: “ Aceitareis a oferta de
todos os que generosamente a oferecerem.”
(Ex 25,1) - escreveram, inventaram,
aperfeiçoaram de modo a servir o melhor
possível os seus intentos, tudo em
nome ou pela boca de Javé… Como se invocava
tantas vezes o Santo Nome de
Deus em vão, mandando às malvas o segundo
mandamento! Como, já naquele
tempo, a religião era modo de vida para muitos!
Quanto mais cerimónias,
melhor! Quanto mais ritos, melhor! Quanto mais aparato
de imolações e de
sangue a correr e a aspergir o altar e suas redondezas,
melhor! Era a epopeia
dos ritos! A teofania em espectáculo, espectáculo de
imolações, sangue,
“perfume” da carne que se ia queimando…
-
Realmente, essa de Javé se deliciar com o perfume de suave odor da carne queimada
do boi e do carneiro, requintadamente distinguindo as entranhas de outras
partes,
é o cúmulo! O cúmulo do ridículo! O cúmulo do nonsense! Como não viu o
autor,
dito inspirado, que tais pérfidas maquinações rituais apresentavam à
posteridade
um Deus mesquinho e doentio, um Deus impossível? Mais: como se pode
apresentar
tal livro como sagrado e de inspiração divina, não permitindo os “iluminados”
de hoje
profunda crítica e… repúdio?
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