À procura da VERDADE no livro do Êxodo - 11
- O mais
ignóbil deste texto é colocar na boca de Javé a obrigatoriedade
do tributo para
o culto, com ameaça: “Quando fizeres o recenseamento (…),
cada um pagará a Javé
um resgate pela sua própria pessoa, para que
não haja entre eles nenhuma
praga.” (Ex 30,12) Ora, perante tal ameaça de
Javé, quem não pagaria logo ali
tudo quanto lhe pedissem?! E, cúmulo
da hipocrisia ou perversidade, favorecendo
os ricos: “Nem o rico pagará mais,
nem o pobre pagará menos (…)” (Ex 30,15) Não
bastariam estas sentenças para
desacreditar toda a Bíblia e não mais tê-la como
História sagrada e muito menos
como Livro dos Livros ou Livro da Salvação ou…
Livro da VERDADE?
- Terminando
as normas da aliança, causa espanto a defesa violenta do sábado:
“Quem
trabalhar no dia de sábado, é réu da morte. Os filhos de Israel observarão
o
sábado (…) porque em seis dias Javé fez o céu e a terra, mas no sétimo dia,
Ele
parou para respirar.” (Ex 31,15-17) - Não se faz a coisa por menos: mata-se
quem trabalhar ao sábado! É… divino!
- “A glória
de Javé poisou sobre o monte Sinai e a nuvem cobriu-o durante seis
dias. Moisés
entrou pelo meio da nuvem e subiu à montanha. E Moisés ficou na
montanha quarenta
dias e quarenta noites.” (Ex 24,16-18) “Quando Javé acabou
de falar com Moisés
no monte Sinai, entregou-lhe as duas tábuas da aliança:
eram tábuas de pedra
escritas pelo dedo de Deus.” (Ex 31,18) “Javé disse a
Moisés: Vai, desce, porque o povo que tiraste do
Egipto perverteu-se (…) Fizeram
para si um bezerro de metal fundido e
adoraram-no, oferecendo-lhe sacrifícios. (…)
E Javé continuou: Vejo que este povo é de cabeça dura (…) a
minha ira vai
acender-se contra eles até os destruir. (…) Então Moisés
suplicou a Javé (…): Javé,
porque é que a
tua ira se acende contra o teu povo que tiraste do Egipto com
grande poder e
mão forte? Os Egípcios haveriam de dizer: «Ele tirou-os com
má intenção,
para os matar entre as montanhas e exterminá-los da face da
Terra!» Desiste do incêndio da tua ira e volta
atrás com o castigo que
pretendias impor ao teu povo. Lembra-Te (…) que juraste
por Ti mesmo (…).
Então Javé arrependeu-se do castigo com o qual havia
ameaçado o seu povo.”
(Ex 32,7-14)
- Cristo
também irá passar quarenta dias no deserto. É simbólico o número
quarenta? Que
simbolismo? Depois, que pedras as escolhidas por Deus para
escrever? Ali
arrancadas à montanha ou vindas do céu? E que dedo de Deus
escreveu? E com que voz falou a Moisés? Ou é
também tudo simbólico? Ou -
desaforo dos desaforos para com esta Bíblia dita
sagrada, mas legítimo
perguntar/afirmar - não houve nem Deus, nem sarça
ardente, nem tábuas de
pedra, nem dedo de Deus, mas apenas Moisés que encenou
tudo aquilo para
dar força àquelas leis e fazê-las cumprir àquele “povo de
cabeça dura”!...
- “Povo de
cabeça dura”! Porque escolheu Deus tal povo para enviar do Céu à
humanidade a
sua mensagem de vida eterna? Não haveria “coisa” melhor?
É que, bastou Moisés
faltar-lhes quarenta dias para logo desconfiarem dele e
de Javé e começarem a
adorar um… toiro! Não se lembrariam do milagre
do mar a abrir-se para eles
passarem e logo a fechar-se para que os egípcios
perecessem? Do milagre do
maná? Do milagre da água jorrando da rocha?
- E… mais
uma vez a ira divina a acender-se e - atitude radical! – a ameaçar destruir
o
povo que já Lhe dera tanto “trabalho” em milagres e… profetas! É caricato!
Humanoide!
Insensato! – Mas mais caricato, humanoide, insensato é Javé a
reconsiderar e… a
arrepender-se! Só um Javé figurado e nunca realmente um
Deus, o Deus único e
verdadeiro teria tal comportamento! Nunca!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário