À procura
da Verdade nas Cartas de Paulo – 421/?
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Ena, tanta palavra sem sentido! Tanta afirmação que tanto pode ser como não ser! Melhor:
que não é com toda a certeza. Pura fantasia do autor que se sentiria inspirado
pelo divino.
E novamente o Filho com poderes que não se
entendem…
E porquê comparar o Filho de Deus aos…
anjos que, se existissem, não seriam senão meras criaturas, habitantes dos
reinos celestiais?
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Também, displicentemente, chama “crianças de leite” a quem não percebe tais coisas
(Hb 5,13)… Ora, nós não somos crianças de leite e não percebemos tais coisas, por
serem fora da razão e da lógica das coisas que conhecemos pela Ciência. Por isso,
ele é que age com infantilidade ao afirmar coisas que não prova.
Argumenta
ora com as Escrituras, não poucas vezes com duvidosas interpretações, ora com a
sua auto-suficiência arrogante… E mesmo que quiséssemos ser simpáticos e
aceitantes de suas afirmações, não sabemos como o faríamos pois as deduções e
raciocínios são totalmente ou quase totalmente falazes, por falta de provas ou
de assentamento em realidades concretas e certezas absolutas… Realmente,
gostaríamos de saber quantos hebreus teriam compreendido-aceitado tais palavras ex-cátedra!… Mas… vamos ao deslindar de
alguns conceitos mais… mais paradigmáticos, apenas esses, para não nos
alongarmos, maçadoramente…
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O apelo ao medo ou ao temor de Deus - entenda-se castigo eterno! - é constante:
“Como poderemos nós escapar ao castigo?” (Hb 2,3) “Irmãos, tende cuidado para
que não haja entre vós nenhum Homem de coração perverso.” (Hb 3,12) “Resta
apenas uma terrível espera do julgamento e o ardor de um fogo para devorar os
rebeldes.” (Hb 10,27) “Vós podereis então imaginar o castigo…” (Hb 10,29) “É
terrível cair nas mãos do Deus vivo.” (Hb 10,31)
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É! Que poderemos dizer de… tal concepção da vida? Vida terrena ou eterna?
E... de tal Deus vivo?… Aliás, que poderemos
dizer de uma religião baseada no medo e no temor de Deus e do seu castigo? Só
nos lembra dizer que é uma religião anti-vida. É que viemos à Vida não para
sofrer mas para usufruir de todas as belezas e prazeres que a Vida ofertou aos
seres que nela tomam parte. Infelizmente, aos inventores das religiões
fugiu-lhes a fantasia para o outro lado, lado que também existe: o sofrimento… Mas
que são perversos ao apregoarem o sofrimento como meio de salvação, não temos dúvida.
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“Jesus, vemo-Lo agora coroado de glória e honra, por causa da morte que sofreu.
Pela graça de Deus, Ele experimentou a morte em favor de todos. Deus queria
conduzir para a glória um grande número de filhos. Por isso, pareceu-Lhe
conveniente levar à consumação, por meio do sofrimento, o Iniciador da salvação
de todos eles. (…) Pela sua própria morte, Jesus pôde destruir o poder do diabo
que reina por meio da morte.” (Hb 2,9-14)
Perceberam? - poderia o autor perguntar aos
que o “ouviam”. Quantos responderiam que “Sim!”, sinceramente? – Cremos que
nenhum. Pelo contrário: colocar-lhe-iam um sem-número de perguntas. Tudo o que
ele acaba de dizer é pura demagogia alicerçada em preconceitos de pecado e da
existência – obviamente falsa! – do Diabo.
E quem entenderá o sofrimento de Jesus
Cristo? Quem? Já o dissemos: a existir Deus, e sendo Jesus Cristo o seu Amado
Filho, não há razão nenhuma, nem humana nem muito menos divina para O fazer
sofrer… e de tal modo! E repetimos: dizer que o sofrimento redime e salva é uma
perversa e aberrante tolice!
O Homem, se fosse inteligente, satisfeitas que fossem as suas necessidades básicas, passaria a vida a admirar a beleza e o mistério da VIDA e dos seres vivos que origina. Já viram a quantidade de informação que há num microscópico espermatozóide, por exemplo?
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